Maria Stuart (em inglês: Mary, Queen of Scots; em gaélico escocês: Mairi Ire) (Castelo de Fotheringhay, 8 de dezembro de 1542 — Palácio de Linlithgow, 8 de fevereiro de 1587) tornou-se rainha da Escócia com uma semana de idade, após a morte do seu pai, Jaime V da Escócia da Casa de Stuart. Foi educada em França — a mãe era uma Guise — e com dezesseis anos casou-se com o Delfim de França, futuro Francisco II de França, que morreria dois anos mais tarde. Foi uma das mais famosas rainhas do século XVI.
Os soberanos Jaime V da Escócia e Maria de Guise foram os pais de Maria Stuart. Desta forma, Maria Stuart descendia dos reis ingleses por parte de seu pai, filho de Margaret Tudor, filha do rei inglês Henrique VII; ao passo que por via materna, descendia da casa ducal da Lorena.
Com a morte do rei escocês e com a decisão do parlamento anulando uma futura aliança entre Maria Stuart e o príncipe Eduardo de Gales, veio uma guerra entre a Inglaterra e a Escócia.
Mandada a bordo de um vaso de guerra da esquadra de Villegaignon, a nobre e jovem escocesa chegou às terras da Gália a 13 de agosto de 1548, onde desembarcou no porto de Roscoff. Educada na corte francesa de Henrique II, e desejada para futura esposa do príncipe Francisco, teve uma bela instrução, tendo como mestre Buchnan, Ronsard, Loraine e outros. Enquanto isso, sua mãe, Maria de Guise (também chamada Maria de Lorena) atuou como regente em seu nome, na Escócia.
Os nobres franceses tinham por ela verdadeira afeição, pois o seu cabelo louro e ondulado, os olhos de um cinzento claro, a sua esbelta estatura e seu andar elegante extasiava qualquer cavalheiro.
No dia 24 de abril de 1558, realizou-se na catedral de "Notre Dame" o casamento do príncipe Francisco com Maria Stuart, fazendo com que assim a aliança entre a França e a Escócia fosse sempre assegurada.
Morrendo Henrique II, subiu ao trono da França o herdeiro Francisco, esposo da rainha escocesa. Em consequência de enfermidades, Francisco II morreu, deixando sua jovem esposa viúva, que imediatamente resolveu rever sua pátria natal.
Maria Stuart deixou o solo francês, em 14 de agosto de 1561. E quando já ao longe, a soberana viu desaparecendo os contornos do litoral francês, disse com lágrimas nos olhos a seguinte frase de gratidão: "Adeus França, adeus, França, penso que nunca mais vos hei de ver".
Chegando à Escócia, desejosa por acalmar as revoluções religiosas, nomeou para primeiro-ministro, seu irmão natural Jayme Stuart com o título de conde de Murray, e logo depois se casou com Henrique Stuart, Lorde Darnley, filho do Duque de Lennox, dando-lhe o título de Rei Consorte da Escócia.
Depois de trair sua própria esposa e rainha, Danrley morreu vítima de uma explosão, a qual muitos acreditaram ter sido tramada pela própria rainha e o seu alegado amante, James o Conde de Bothwell. Maria então desposou Bothwell, um mercenário que chefiava a guarda real.
Batendo-se de frente com o revolucionário Murray, o Conde de Bothwell perdeu a batalha. Temendo cair prisioneira dos revoltosos, a rainha Maria pediu abrigo à sua prima Isabel, rainha da Inglaterra.
Depois de encarcerada no Castelo de Chartley, Maria Stuart teve de comparecer a um julgamento em Fotheringhay, arranjado por Francis Walsingham, secretário de Isabel, acusada de conspiração e alta traição contra a vida de Isabel.
Apesar dos veementes apelos e protestos da França e Espanha, a sentença para a morte de Maria foi assinada.
E, na manhã de 8 de fevereiro de 1587, Maria Stuart, apoiada ao braço de seu médico francês, Bourgoing, subiu ao patíbulo, onde o gume do machado manejado pela mão férrea de um carrasco desceu sobre o seu pescoço, pondo fim à sua existência.
A vida repleta de aventuras e tragédias dessa rainha inspirou várias representações artísticas, entre as quais podemos destacar a peça Maria Stuart (1800), de Friedrich Schiller, e o filme Mary, Queen of Scots (1971), de Charles Jarrott.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/
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