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terça-feira, 21 de março de 2017

Vitoriosos


Mamãe, seu filho poderá falar e dizer que a ama!
Seu filho poderá ir para a escola. E trabalhar.
Seu filho poderá ser feliz. Como eu sou.
Sim, haverá dificuldades pelo caminho. Mas qual mãe não as tem, não é verdade? 

Estas são algumas afirmações que compõem belo trabalho televisivo que homenageia o Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado a 21 de março.
A data foi proposta pela Down Syndrome International porque esta data se escreve como vinte e um, barra, três ou três, traço, vinte e um, o que faz alusão à trissomia do vinte e um, que assinala a síndrome.
A primeira comemoração da data foi em 2006.
Em tempos em que a vida parece carecer de importância, em que qualquer resquício do que consideramos anomalia, incapacidade, passa a ser motivo para se desistir da vida, a mensagem é profundamente significativa.
Lembra-nos dos tantos que nascem, na Terra, assinalados pela Síndrome de Down e que superam as próprias dificuldades, triunfando.
As suas vidas são um atestado da força de vontade do espírito sobre a matéria. E de como o amor pode superar barreiras que parecem intransponíveis.
Eles são determinados, persistentes, carinhosos, grandes profissionais e muito competentes! E por trás de toda essa luta e garra, há com certeza uma mãe ou uma família amorosa e incentivadora.
São eles que fazem a grande diferença para essas criaturas especiais.
Como Débora Araújo Seabra de Moura, moradora de Natal, Rio Grande do Norte.
Estudou na rede regular de ensino e foi a primeira pessoa, portadora da Síndrome, a se formar no magistério, em nível médio, no Brasil, em 2005.
Fez estágio na Universidade Estadual de Campinas. Trabalha como professora assistente em um colégio particular tradicional de sua cidade.
Débora diz que, por vezes as crianças lhe perguntam: Tia, por que você fala desse jeito?
Sem crise, ela responde: “Minha fala é esta. Cada um fala de forma diferente.” Aproveita e explica que é portadora da Síndrome de Down e eles entendem.
Em 2013, Débora lançou um livro com fábulas infantis que têm a inclusão como pano de fundo.
A experiência de Pablo Pineda, ator e pedagogo é algo igualmente notável. Foi o primeiro portador da Síndrome de Down a obter um diploma universitário na Europa.
Tornou-se celebridade depois de atuar no filme Yo, también, de 2009, que narra a história de um agente social que se apaixona por uma colega de trabalho.
É um dos rostos mais conhecidos, na Espanha, de uma geração de jovens com Síndrome de Down que vem rompendo limitações pessoais, profissionais e acadêmicas.
Segundo ele, não existem pessoas não capacitadas, mas sim pessoas com capacidades distintas.
Para ele, a sociedade deve evoluir a um estágio de maior pluralidade, em que os portadores de Síndrome de Down não sejam tratados como crianças e possam desenvolver suas capacidades e independência desde cedo.

* * *

É de nos questionarmos: não são essas criaturas que nos ensinam, com sua vontade férrea que a vida vale a pena ser vivida, com o que nos ofereça?
Que não devemos desistir de nossos sonhos? Que podemos triunfar, se persistirmos?
Miremo-nos neles. Imitemo-los na vontade, na perseverança, na disposição de vencer.

Redação do Momento Espírita, com dados colhidos em
Em 6.6.2016.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Heroína


Heroína – substantivo. Feminino de herói. Quer dizer: pessoa extraordinária por seus feitos guerreiros, seu valor ou sua magnanimidade.
O Brasil tem suas heroínas. Algumas que se destacaram por sua coragem de perseguir seus próprios sonhos, vencendo num mundo de homens.
Guerreiras outras, como a catarinense Anita Garibaldi, que viveu no século XIX. Durante a Revolução Farroupilha, no então Estado de São Pedro do Rio Grande do Sul, ela se uniu a Giuseppe Garibaldi, que a introduziu na revolução.
Lutou no Brasil. Depois, lutou pela unificação e libertação da Itália, morrendo antes de completar trinta anos.

 Anita Garibaldi

Ou como Maria Quitéria Medeiros que, nas lutas pela Independência do nosso país, tomou o uniforme de soldado e se alistou com nome masculino.
Quando, dias depois, foi encontrada pelo pai, o oficial não permitiu que ela fosse por ele levada de volta para casa.
Ela era um soldado de valor e um exemplo de bravura. Chegou a ser promovida a alferes.
Quando finalmente, foi dispensada, recebeu uma carta de recomendação do próprio Imperador, a fim de que não viesse a sofrer qualquer sanção por parte do pai.
Mulheres. Heroínas. Como Zilda Arns, promotora da paz. Médica pediatra e sanitarista, fundadora da Pastoral da criança e da pessoa idosa.
Uma ideia geradora movia sua ação, copiada da prática de Jesus: multiplicar.
Não pães e peixes, como Ele fez, mas multiplicar o saber, a solidariedade e os esforços.
Multiplicar o saber, repassando às pessoas simples os rudimentos de higiene, o cuidado pela água, a alimentação adequada.
Multiplicar a solidariedade que, para ser universal, deve alcançar as pessoas que vivem nos rincões onde ninguém vai. Tentar salvar a criança desnutrida, quase agonizante.
Multiplicar esforços, envolvendo políticas públicas, ONGs, grupos de base, empresas. Enfim, todos os que colocam a vida e o amor acima do lucro e da vantagem.

 Maria Quitéria Medeiros

Mas, antes de tudo, multiplicar a boa-vontade generosa.
E a grande promotora disso tudo foi Zilda Arns. Morreu longe do seu país, que tanto serviu.
Morreu amando seus irmãos, no terremoto do Haiti, no dia 13 de janeiro de 2010, em Porto Príncipe.
Fora ali para servir aos irmãos mais distantes. Jesus decidiu chamá-la para o Seu Reino.
Heroínas. Quantas mais poderíamos enumerar?
Mas desejamos lembrar as mais anônimas e esquecidas. As que dão à luz a muitos filhos.
E os sustentam. Mulheres que saem de casa quando a madrugada as cumprimenta, para enfrentar longa jornada de trabalho.
Canavieiras, faxineiras, atendentes, executivas. Mulheres de mãos calejadas. Mulheres muito alinhadas.
Esposas e mães que, depois de enfrentarem horas de serviço remunerado, ainda têm tempo para amar.
Têm tempo para serem mães, esposas, filhas, irmãs.
Mulheres que alimentam bocas famintas, que trocam fraldas, que ensinam os reais valores da vida.
Heroínas. Anônimas. Silenciosas, perseverantes.
Promotoras da paz, da vida, do progresso.
Heroínas.

Zilda Arns

Redação do Momento Espírita, com base em dados biográficos de Anita Garibaldi, Maria Quitéria e Zilda Arns.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 10, ed. FEP.
Em 23.5.2016.


quarta-feira, 11 de março de 2015

Banco de Dados Dos Imigrantes Japoneses no Brasil

Kasato Maru, o primeiro navio que levava imigrantes japoneses
 para o Brasil, em 1908

Em 2005 a associação Ashiato (pegadas, rastros), começou um trabalho incrível de fazer um Banco de Dados Digital de todos os Imigrantes Japoneses que foram para o Brasil entre os anos de 1908 à 1973, devido as comemorações do centenário da imigração japonesa em 2008.

Imaginem o trabalho que tiveram para reunir e digitalizar tudo isso...
Mas, o trabalho ficou perfeito e agora podemos descobrir em que navio e/ou ano nossos parentes viajaram para conquistar uma vida melhor no Brasil...


Para acessar o Banco de Dados dos Imigrantes Japoneses do Brasil, basta entrar no site do Museu Histórico da Imigração Japonesa (Museu Bunkyo) e acessar o banner que tem na lateral, escrito “Navios de Imigração” ou então você pode acessar o link diretamente no site Ashiato.

Digite os dados que souber sobre seu parente e depois clique no nome dele que vai aparecer outra lista com quem ele(a) viajou junto!!!

Eu em particular achei muito bom e interessante.

Espero que gostem!!!

terça-feira, 10 de março de 2015

Vamos Ajudar os Gatos de Rua do Japão!!!


Meus Amigos e Amigas,

como sabem, já adotei dois gatinhos de rua.
Hiro, o branco, eu mesmo que achei num parque aqui perto de casa.
Dengo, o pretinho, foi uma amiga, que tem uma ONG que trouxe ele aqui para casa.
Infelizmente, caso como esses são comuns em várias partes do mundo e aqui no Japão, não seria diferente.
Muitos deixam seus gatos "darem umas voltas" fora de casa, mas esquecem de castrá-los...
Na época do cio, os bichinhos acabam seguindo o instinto da Mãe Natureza... E acabam gerando mais pequeninos...
As ONGs estão cheias desses pequenos seres, que precisam de cuidados na saúde e na alimentação.
O que gera gastos permanentes...
Sim, porque como nós, eles precisam comer todos os dias... rs
Agora em abril, daqui a pouco, vão começar a nascer mais filhotes...
Eu já andei vendo algumas gatas de rua com um belo barrigão...
São novas despesas, pois os gatinhos achados nas ruas devem ser levados a uma clínica veterinária para fazerem exames, tomarem vacinas, remédios...
Tomam leite, comem ração...
Enfim, vários gastos.
Por isso gostaria de pedir a ajuda de vocês!!!
Estou juntando coisas para fazer um bazar para arrecadar dinheiro para ajudar estas ONGs.
Qualquer coisa.
Um livro, uma roupa (em bom estado né?! rs), um enfeite, um aparelho eletrônico que não estejam usando mais...
Eu mesmo estou revirando minhas coisas e já achei o suficiente para encher duas caixas grandes!!!
Quem quiser pode doar ração, leite próprio para gatos, comida em lata para gatos...
Enfim, qualquer coisa ou qualquer valor!!!
Sim, quem quiser ajudar com dinheiro, pode e agradeço!!!
Pois despesas na clínica veterinária existem e muito!!!
Quem quiser doar alguma coisa, pode trazer aqui em casa, pode mandar aqui para casa ou para uma das ONGs que quero ajudar.
É só entrar em contato comigo que passo o endereço!!!
Quem quiser ajudar com dinheiro, pode fazer a doação via Paypal que é uma das formas mais utilizadas nos dias atuais.
Tenho duas contas PayPal, uma no Brasil (para os amigos(as) Brasileiros que quiserem ajudar) e para os que estão no Japão e mundo a fora..
Quem estiver aqui no Japão, também pode depositar na minha conta do Correio.
Qualquer quantia será bem vinda!!!
E para quem puder, ajude com qualquer coisa.
Repito, um livro, uma roupa...

Para doações em Reais: clique aqui

Para doações em Yen ou Dólar: clique aqui

Depósito na conta do Correio: 


Quem me conhece, sabe que sou bem certinho, chego até a ser chato!!! rs
Por isso, podem confiar.
Meu objetivo é realmente ajudar estas ONGs, pois as despesas vão aumentar agora com os novos pequeninos.
Deem uma olhada em casa, nas suas coisas, que tenho certeza que vão achar algo para doar!!!
Comprem uma pacote de ração quando forem ao supermercado, ou algumas latinhas de ração, enfim, o que puderem!!!

Só ainda não sei exatamente o local do Bazar.
Estou pensando em fazer aqui mesmo em Nagoya depois que receber as doações!!!
Quem souber de um espaço, de alguém, enfim, seria de ótima ajuda!!!
Todos podem ajudar de toda forma.
Doando coisas, pedindo para amigos e familiares, divulgando a postagem...
Peço de coração, porque esses seres são indefesos e é nossa obrigação ajudá-los...
Para quem puder é claro!!!

"Deus outorgou aos homens a condição e proteção de nossos irmãos mais novos, os animais."

Abraxos!!!!


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Palavra “aperreado” tem origem na colonização espanola e nos ataques aos nativos utilizando cães


Espanhóis fizeram o uso de cães para massacrar índios durante o período de colonização

Escrito por Samantha Kelly
Jornalista do Portal do Dog

Como uma boa nordestina, já escutei muitas vezes e declarei outras tantas estar aperreada ou com aperreio, com o intuito de expressar um sentimento de impaciência, agonia, ansiedade ou para referir a uma situação difícil.

Apesar de seu significado atual, a palavra na verdade tem origem na colonizaçao espanhola da América do Sul em um contexto perverso, reflexo cru e real das barbaridades que os nativos sofreram e que nós, atualmente, aprendendo uma versão romantizada da história, não temos acesso.

Aperreado tem origem na palavra perro, que em espanhol significa cachorro. Aperreamiento (aperreamento em português), então, significaria literalmente ser alvo do ataque de cães. O surgimento da palavra veio da prática odiosa de atiçar cães ferozes contra os nativos, com o intuito de assustá-los ou, mais especificamente, para serem devorados vivos.

Acredita-se que os primeiros cães que chegaram da Europa vieram com Cristovão Colombo, em sua segunda viagem, no ano de 1493. Localmente, a região já contava com os cães das mais variadas cores e tamanhos, e um em particular que de tão manso, ganhou o apelido de “cão mudo”. Eram conhecidos na língua náuatle (também conhecida como asteca) pelos nomes de techichi ou itzcuintli, e já haviam sido domesticados pelos índios para serem companhia das crianças. Apesar de serem encontrados em abundância, o fato de sua carne ser consumida causou sua eventual extinção.

Cães espanhóis que entraram para a história como heróis, sendo até mesmo foco central de lendas, como Becerrillo, Leoncillo, Amadis e Bruto, fizeram parte dessa matança, que foi acentuada na Venezuela, Peru e Colômbia.

É possível nos transportarmos para o que de fato pode ter sido o massacre com os relatos de Bartolomeu de las Casas (1474-1566), um frei dominicano espanhol famoso por denunciar as brutalidades cometidas por seus compatriotas. Dentre os mais chocantes relatos, o frei afirma que os espanhóis mantinham uma espécie de açougue, no qual penduravam pedaços de índios para oferecer aos cães como alimento.

O açougue humano. Obra de Theodor de Bry.

Evidenciando a importância dos cães nessa jornada sangrenta, os trabalhos visuais de Theodor de Bry mostram em diversos episódios, claramente, os ataques caninos. De Bry nunca visitou a América do Sul e suas obras eram baseadas nos relatos dos exploradores.

Lâmina XI. Obra de Theodor de Bry.

Uma vez que o processo de colonização já estava mais estabelecido, os cães começaram a perder o protagonismo que adquiriram no começo do século, com alguns sendo oferecidos a população. Por não saber o que fazer com os cães, muitos foram soltos e se tornaram selvagens. A partir de então, por muito tempo, travou-se uma guerra contra os animais, que atacavam aldeias e comiam o gado.

A mudança veio para alguns cães, que foram reabilitados e reintroduzidos na sociedade, agora usados para a proteção, como na cidade de Lima, e para o auxílio na caça.


*Dica de Socialista Morena, baseado na pesquisa de Alfredo Bueno Jiménez, com o trabalho “Os cachorros na conquista da América – História e Iconografia” (leia aqui).

Fonte: Portal do Dog

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Depoimento de um Homem que Sacrifica Animais em São Paulo


Hoje, navegando pelo Facebook, li num perfil o texto que a seguir.
Eu realmente não sei se é um depoimento verdadeiro, um texto fictício...
O que sei é que infelizmente é realidade o fato de tantos animais serem sacrificados devido ao desleixo e irresponsabilidade da sociedade.
Eu fico perplexo muitas vezes com algumas pessoas, porque no Brasil a castração muitas vezes é gratuita, totalmente diferente de 90% dos países à fora...
Eu fico impressionado como o povo brasileiro muitas vezes reclama de tudo, sendo que tem de forma gratuita até a vacina anti-rábica...
Podemos evitar que animais sejam sacrificados desde que tenhamos o mínimo de responsabilidade a amor ao próximo!!!
Sim!!! Ao próximo ser vivo!!!
Mas, às vezes fico pensando como esperar algo bom de pessoas que matam seus semelhantes, espancam, abortam...
Enfim, às vezes desanima, mas sei, tenho Fé em Deus e na humanidade, que um dia, a Terra será um lugar diferente...
Leiam o texto:


Sei que vocês odeiam textos grandes, mas ler ou não vai da vontade de cada um. Este é um depoimento de um homem que sacrifica animais para o centro de controle de zoonoses de SP. Não tem como não ficar chocado.

"Sim, eu mato cachorros e gatos pra ganhar dinheiro. Eu trabalho no centro de controle de zoonoses em São Paulo. Eu, com 32 anos, trabalhando há 6 anos assim. Não há muito trabalho aqui, e trabalhando como funcionário público, ganho benefícios e garantias que pessoas igual a mim, apenas com o ensino médio concluído, precisam. Eu sou a pessoa que vocês falam que é horrível.

Eu sou aquele que coloca cachorros e gatos em câmaras de gás e faz eles sofrerem. Eu sou aquele que coloca os cadáveres deles em sacolas plásticas, cheirando a monóxido de carbono. Mas eu também sou aquele que odeia o meu trabalho, e odeia o que eu tenho que fazer.

Primeiro de tudo, pra todas essas pessoas que estão me julgando por aí: Por favor, não. Deus está me julgando, e eu sei que vou pro inferno. Sim, eu vou pro inferno. Não vou mentir, é ruim, frio e doentio o que eu faço. Me sinto como um Serial Killer. Se a lei obrigasse aos donos a castração e vacinação dos cachorros, a maioria desses cães e gatos não estariam aqui pra morrer. Eu sou o diabo, eu sei, mas quero que essas pessoas que me julgam, saibam que existe um outro lado de mim, fora o cara que mata cachorros com monóxido de carbono.

Geralmente, as câmaras funcionam às sextas-feiras.

Sexta é o dia que as pessoas mais gostam, geralmente. Eu odeio esse dia, e sempre desejo que o tempo pare em alguma quinta à noite. Vou contar o que eu faço um dia antes da sexta-feira.
Quinta de noite, quando mais ninguém está nas ruas, eu e um amigo vamos em algum fast food 24 horas e compramos 50 reais do hambúrguer mais barato. Eu não sou autorizado à alimentar os cachorros quinta-feira, pois além de fazer sujeira, é um desperdício, já que eles vão morrer no dia seguinte.

Então, quinta de noite, eu entro no centro de controle de zoonoses, e vou para onde os cachorros estão presos. Abro as celas/gaiolas, e deixo todos saírem.

Eu nunca fui mordido, em todos esses anos fazendo isso, e os cachorros nunca pularam em cima da comida, ou morderam uns aos outros. Meu amigo e eu abrimos cada hambúrguer, e deixamos os cachorros magros (todos eles) comerem.

Eles engolem a comida tão rápido, que é difícil acreditar que eles conseguiram sentir o gosto. Os rabos balançam rápidos e fortes. Alguns dos cachorros nem querem saber da comida; apenas viram a barriga pra cima e ficam esperando por carinho. Eles começam então a correr, pular e lamber eu e o meu amigo, então voltam pra comida, e depois voltam pra mim e meu amigo. Dá pra perceber nos olhos deles, que estão cheios de confiança e esperança em nós (presos há tanto tempo, acham que vão sair agora). Quando acaba a comida, é hora de brincar um pouco com eles. Eu e o meu amigo sentamos no chão sujo, cheio de urina, restos de comida e poeira; e deixamos os cachorros pularem na gente. Eles lambem a gente, brincam uns com os outros, e latem. Mas é aquele latido de felicidade sabe?

Eu olho nos olhos de cada cachorro, e dou um nome pra cada um. Eles não vão morrer sem um nome. Dou pra cada cachorro 5 minutos de atenção individual. Eu falo com eles, e peço desculpas pelo o que vou fazer no próximo dia. Isso deve confundir a cabeça deles. “Desculpa, eu vou te matar”. Sim, eles entendem.

Falo pra eles que logo, eles estarão em um lugar melhor, e imploro para que não me odeiem.
Falo que sei que vou pro inferno, mas que eles estarão brincando em algum lugar melhor.
Depois de uns 30 minutos, após falar com cada cachorro individualmente, coloco-os nas suas jaulas de concreto, faço um último carinho em cada um, e alguns me dão a pata. Nesse momento eu quero morrer. Eu apenas quero morrer. Fecho a porta da jaula de cada um, e peço pra eles me desculparem. Quando eu e meu amigo estamos saindo, vemos que os cachorros estão olhando pra gente, estáticos, esboçando um sorriso, creio eu. Eles vão dormir felizes, e com uma falsa sensação de segurança.

Quando saímos da sala dos cachorros, nós vamos pra sala dos gatos.

Pegamos uma caixa, e colocamos filhotes de gato, e gatas grávidas nela. Me sinto brincando de Deus, escolhendo qual vai sobreviver. Não posso tirar todos os gatos de lá, ou o meu chefe iria perceber, óbvio. Colocamos os gatos no meu carro, no banco de trás mesmo, e vamos pra uma cidade vizinha, onde os animais são mortos por injeção letal. Escolho algum bairro nobre, e deixo um ou dois gatos por vez, na esperança que alguém encontre esses gatos, e adote-os.
Quando deixo eles no chão, eles não saem correndo, como os gatos sempre fazem. Eles ficam parados, esperando que eu os coloque de volta no carro, e isso me deixa triste, já que tenho que espantar eles.
Se ninguém adotá-los, eles serão mortos por injeção letal, que não é dolorosa.

Quando termino de fazer isso, geralmente é 5 da manhã, faltando duas horas pro meu trabalho começar. Vou pra casa, tomo um banho e 4 comprimidos de Rivotril (remédio pra ansiedade). Eu não como nada, não consigo comer. É hora de colocar esses animais (e meus amigos) na câmara de gás. Coloco os meus protetores de ouvido, e quando vou pegar os cachorros, eles estão muito felizes por me ver. Meu Deus, como eu me odeio. Eles estão pensando que vamos brincar. Coloco eles em uma corrente coletiva e levo-os para a câmera de gás.

Eles sabem. Agora eles sabem. Eles conseguem sentir o cheiro do medo, eles podem sentir o cheiro da morte também. Eles começam a chorar, na mesma hora em que entram na câmara. Meu chefe fala pra colocar o máximo de animais que eu conseguir na câmara, pra economizar gás. Ele assiste. Ele sabe que eu odeio o que eu faço, e ele sabe que eu odeio ele. Eu faço o que ele manda. Ele assiste enquanto todos os cães e gatos (eles são colocados juntos) estão chorando, e depois gritando, enquanto alguns vomitam, até vir o silêncio. Esse silêncio é horrível.

Enquanto o processo acontece, eu vou pro banheiro, o mais rápido que eu posso, e fico me olhando no espelho. Tenho nojo de mim mesmo.

Eu rezo pra que nenhum tenha sobrevivido, pois ele vai ter que passar por isso de novo, caso aconteça. Coloco as luvas, abro a câmara, e sinto aquele cheiro horrível de monóxido de carbono. Pior ainda é o cheiro dos vômitos e do sangue. Coloco todos em sacolas plásticas.

“Eles estão no céu agora”, digo pra mim mesmo. Começo a limpar a sujeira, que VOCÊS fizeram. Sim, vocês. Vocês abandonaram seus cães e gatos, vocês não vacinaram eles e quando eles ficaram doentes, soltaram eles nas ruas. Vocês não castraram elas, e quando ficaram grávidas, soltaram elas nas ruas.
Vocês que pagam os impostos que mantém esse lugar. Peçam pra isso parar.

Então, não me chame de monstro. Olhe no espelho um pouco, e saiba que você também faz parte disso. Você não faz nada pra isso mudar.

Como sempre, vou tomar comprimidos pra conseguir dormir, e apagar os gritos e choros que eu sempre ouvia dos meus amigos, os cães e gatos, antes de descobrir os protetores de ouvido.
Essa é a minha vida. Não me julgue, por favor, eu faço isso o tempo inteiro."

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Crise força o retorno de 400 mil brasileiros em cinco anos





A crise econômica mundial associada a problemas específicos em alguns países, como o terremoto seguido de tsunami no Japão (em 2011), provocou o retorno de 300 mil a 400 mil brasileiros que estavam no exterior para o Brasil. Os números são do Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, e referem-se ao período de 2007 a 2012. A estimativa é que cerca de 2,5 milhões de pessoas vivem fora do país.


Os brasileiros voltaram, principalmente, do Japão, da Espanha, de Portugal, da França e dos Estados Unidos, além do Paraguai. Porém, o Itamaraty informou que os dados são baseados em estimativas, pois vários estão em situação ilegal, o que dificulta a precisão das informações.

O único país, segundo o Itamaraty, que é exceção é o Japão, pois todos os imigrantes são cadastrados pelo governo japonês. De 2007 a 2012, o número de brasileiros no país caiu de 313 mil para 193 mil. A avaliação é que a crise econômica e o terremoto seguido de tsunami no Nordeste do Japão, agravado por explosões e vazamentos nucleares, em março de 2011, tenham provocado o retorno.

De acordo com o Itamaraty, foram eliminadas ações consideradas discriminatórias em relação a brasileiros no exterior, como era o caso da Espanha até o ano passado. Negociações entre autoridades brasileiras e espanholas, segundo o ministério, acabaram com essas barreiras.

A diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, Luiza Lopes da Silva, disse hoje (27) que os problemas de impedimento fora do país, quando ocorrem, são pontuais. Em geral, segundo ela, são questões relativas à adequação de documentos. A diplomata acrescentou que a preocupação do governo é dar condições para que todos os que retornam do exterior tenham condições de se reinserir na sociedade e no mercado de trabalho.

“No momento que o imigrante volta não acaba o problema. O retorno do imigrante não é fácil porque os caminhos que ele pode percorrer [para se readaptar à vida no Brasil] não são divulgados. De uns anos para cá, estamos fazendo esforços para levar essas informações ao exterior. Estamos fazendo a divulgação desses dados”, disse Luiza Lopes.

Fonte: Alternativa Online

sexta-feira, 22 de março de 2013

O racismo no Brasil pelo olhar de quem veio de fora


“Open Arms, Closed Doors” é um filme sobre um imigrante angolano que vive na favela da Maré, no Rio de Janeiro, e compõe rap para combater o preconceito sofrido diariamente. Pedi para as diretoras, as brasileiras Fernanda Polacow e Juliana Borges, um texto sobre a experiência de produzir o documentário, que estreia, nesta segunda (18), pela rede de TV Al Jazeera.

Vale a pena assistir e compartilhá-lo nas redes sociais. O resultado acaba funcionando como um espelho do que somos, mostrando que, não raro, agimos com o mesmo preconceito utilizado contra nós por alguns cidadãos e governos do centro do mundo.

O racismo no Brasil pelo olhar de quem veio de fora, por Fernanda Polacow e Juliana Borges*

Discutir o racismo na sociedade brasileira sempre é um assunto controverso. Para início de conversa, uma parcela significativa da nossa população insiste em dizer que este é um problema que não enfrentamos. Somos miscigenados, multirraciais, coloridos. Como um país assim pode ser racista?

Foi essa a pergunta que o angolano Badharó, protagonista do documentário “Open Arms, Closed Doors” (Braços Abertos, Portas Fechadas), que dirigimos para a rede de TV Al Jazeera e que será veiculado a partir de hoje em 130 países, se fez quando chegou ao Brasil em 1997 esperando encontrar o Rio de Janeiro que ele via nas novelas.

Badharó é um dos milhares de angolanos que vieram viver no Brasil. Depois de fugir da guerra civil no seu país de origem, escolheu aqui como novo lar – um país sem conflitos, alegre, aberto aos imigrantes e cuja barreira da língua já estava ultrapassada à partida. Foi parar no Complexo da Maré, onde está localizada a maior concentração de angolanos do Rio de Janeiro.

Para quem defende que o Brasil não é um país racista, vale ouvir o que ele, um imigrante negro, tem a dizer sobre a nossa sociedade. Badharó não nasceu aqui, não carrega nossos estigmas, não foi acostumado a viver num lugar em que muitos brancos escondem a bolsa na rua quando passam ao lado de um negro. Depois de 15 anos vivendo numa comunidade carioca, ele tem conhecimento de causa suficiente para afirmar: “O Brasil é um dos países mais racistas do mundo, mas o racismo é velado”. O documentário segue a rotina deste rapper de 35 anos e mostra o dia a dia de quem sofre na pele uma cascata de preconceitos, por ser pobre, negro e imigrante.

Além de levantar o tema do nosso racismo disfarçado, o documentário propõe, também, uma outra discussão: agora que estamos nos tornando um país alvo de imigrantes, será que estamos recebendo bem esses novos moradores?

Com a ascensão do Brasil como potência econômica e o declínio da Europa, principal destino de imigração dos africanos, nos tornamos um foco para quem não apenas procura uma situação melhor de vida, mas para quem procura uma melhor educação ou mesmo um bom posto de trabalho. São muitos os estudantes africanos de língua portuguesa que desembarcam no Brasil. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, Angola foi o quarto país do mundo que mais solicitou visto de estudantes no Brasil em 2012. Com esta nova safra de imigrantes, basta saber como vamos nos comportar.

Europeus e norte-americanos encontram nossas portas escancaradas e nossos melhores sorrisos quando aportam por aqui, mesmo que estejam vindo de países falidos e em situação irregular. No entanto, um estudante angolano com visto e com dinheiro no bolso, continua sofrendo preconceito. Foi este o caso da estudante Zulmira Cardoso, baleada e morta no Bairro do Brás, em São Paulo, no ano passado. Vítima de um ato racista, a estudante virou o mote de uma musica que Badharó compôs para que o crime não fique impune. Isto porque tanto as autoridades brasileiras quanto as angolanas não deram sequência nas apurações e o crime segue impune.

A tentativa de abafar qualquer problema de relacionamento entre as duas nações pode afetar as interessantes parceiras comercias que existem entre os dois governos. Para todos os efeitos, continuamos sendo ótimos anfitriões e estamos de braços abertos para quem quer aqui entrar.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Os 10 Maiores Poemas Brasileiros - Parte 10


Não há quem não ouça uma poesia e fique imune às suas palavras. Poemas traduzem sentimentos profundos no ser humano à séculos e por isso têm a capacidade de alegrar ou entristecer alguém, dependendo do contexto onde é aplicado.

E é por isso que um grupo de escritores, críticos, jornalistas e professores resolveu escolher os 10 mais importantes e significativos poemas de autores brasileiros de todos os tempos.

Vou dividir esta lista em 10 partes, 10 postagens, em dias alternados.

Achei muito interessante esta lista.

Não apenas para nosso deleite, para homenagear estes poetistas e também homenagear amigas poetistas de blogs amigos.


A Máquina do Mundo 
(Carlos Drummond de Andrade)

E como eu palmilhasse vagamente uma estrada de Minas, pedregosa, e no fecho da tarde um sino rouco
se misturasse ao som de meus sapatos que era pausado e seco; e aves pairassem no céu de chumbo, e suas formas pretas
lentamente se fossem diluindo na escuridão maior, vinda dos montes e de meu próprio ser desenganado,
a máquina do mundo se entreabriu para quem de a romper já se esquivava e só de o ter pensado se carpia.
Abriu-se majestosa e circunspecta, sem emitir um som que fosse impuro nem um clarão maior que o tolerável pelas pupilas gastas na inspeção contínua e dolorosa do deserto, e pela mente exausta de mentar toda uma realidade que transcende a própria imagem sua debuxada no rosto do mistério, nos abismos.
Abriu-se em calma pura, e convidando quantos sentidos e intuições restavam a quem de os ter usado os já perdera
e nem desejaria recobrá-los, se em vão e para sempre repetimos os mesmos sem roteiro tristes périplos,
convidando-os a todos, em coorte, a se aplicarem sobre o pasto inédito da natureza mítica das coisas. (Trecho de A Máquina do Mundo, de Carlos Drummond de Andrade)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Os 10 Maiores Poemas Brasileiros - Parte 09


Não há quem não ouça uma poesia e fique imune às suas palavras. Poemas traduzem sentimentos profundos no ser humano à séculos e por isso têm a capacidade de alegrar ou entristecer alguém, dependendo do contexto onde é aplicado.

E é por isso que um grupo de escritores, críticos, jornalistas e professores resolveu escolher os 10 mais importantes e significativos poemas de autores brasileiros de todos os tempos.

Vou dividir esta lista em 10 partes, 10 postagens, em dias alternados.

Achei muito interessante esta lista.

Não apenas para nosso deleite, para homenagear estes poetistas e também homenagear amigas poetistas de blogs amigos.


Vou-me Embora pra Pasárgada 
(Manuel Bandeira)

Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Aqui eu não sou feliz Lá a existência é uma aventura De tal modo inconseqüente Que Joana a Louca de Espanha Rainha e falsa demente Vem a ser contraparente Da nora que nunca tive
E como farei ginástica Andarei de bicicleta Montarei em burro brabo Subirei no pau-de-sebo Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado Deito na beira do rio Mando chamar a mãe-d’água Pra me contar as histórias Que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo É outra civilização Tem um processo seguro De impedir a concepção Tem telefone automático Tem alcaloide à vontade Tem prostitutas bonitas Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste Mas triste de não ter jeito Quando de noite me der Vontade de me matar — Lá sou amigo do rei — Terei a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Os 10 Maiores Poemas Brasileiros - Parte 08


Não há quem não ouça uma poesia e fique imune às suas palavras. Poemas traduzem sentimentos profundos no ser humano à séculos e por isso têm a capacidade de alegrar ou entristecer alguém, dependendo do contexto onde é aplicado.

E é por isso que um grupo de escritores, críticos, jornalistas e professores resolveu escolher os 10 mais importantes e significativos poemas de autores brasileiros de todos os tempos.

Vou dividir esta lista em 10 partes, 10 postagens, em dias alternados.

Achei muito interessante esta lista.

Não apenas para nosso deleite, para homenagear estes poetistas e também homenagear amigas poetistas de blogs amigos.


Poema Sujo 
(Ferreira Gullar)

turvo turvo a turva mão do sopro contra o muro escuro menos menos
menos que escuro menos que mole e duro menos que fosso e muro: menos que furo escuro mais que escuro: claro como água? como pluma? claro mais que claro claro: coisa alguma e tudo (ou quase) um bicho que o universo fabrica e vem sonhando desde as entranhas azul era o gato azul era o galo azul o cavalo azul teu cu tua gengiva igual a tua bocetinha que parecia sorrir entre as folhas de banana entre os cheiros de flor e bosta de porco aberta como uma boca do corpo (não como a tua boca de palavras) como uma entrada para eu não sabia tu não sabias fazer girar a vida com seu montão de estrelas e oceano entrando-nos em ti bela bela mais que bela mas como era o nome dela? Não era Helena nem Vera nem Nara nem Gabriela nem Tereza nem Maria Seu nome seu nome era… Perdeu-se na carne fria perdeu na confusão de tanta noite e tanto dia (Trecho de Poema Sujo, de Ferreira Gullar).

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Os 10 Maiores Poemas Brasileiros - Parte 07


Não há quem não ouça uma poesia e fique imune às suas palavras. Poemas traduzem sentimentos profundos no ser humano à séculos e por isso têm a capacidade de alegrar ou entristecer alguém, dependendo do contexto onde é aplicado.

E é por isso que um grupo de escritores, críticos, jornalistas e professores resolveu escolher os 10 mais importantes e significativos poemas de autores brasileiros de todos os tempos.

Vou dividir esta lista em 10 partes, 10 postagens, em dias alternados.

Achei muito interessante esta lista.

Não apenas para nosso deleite, para homenagear estes poetistas e também homenagear amigas poetistas de blogs amigos.


Soneto da Fidelidade 
(Vinícius de Moraes)

De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento E em louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Os 10 Maiores Poemas Brasileiros - Parte 06


Não há quem não ouça uma poesia e fique imune às suas palavras. Poemas traduzem sentimentos profundos no ser humano à séculos e por isso têm a capacidade de alegrar ou entristecer alguém, dependendo do contexto onde é aplicado.

E é por isso que um grupo de escritores, críticos, jornalistas e professores resolveu escolher os 10 mais importantes e significativos poemas de autores brasileiros de todos os tempos.

Vou dividir esta lista em 10 partes, 10 postagens, em dias alternados.

Achei muito interessante esta lista.

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Via Láctea 
(Olavo Bilac)

“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto E abro as janelas, pálido de espanto…
E conversamos toda a noite, enquanto A Via Láctea, como um pálio aberto, Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: “Tresloucado amigo! Que conversas com elas? Que sentido Tem o que dizem, quando estão contigo?”
E eu vos direi: “Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e de entender estrelas.”

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Os 10 Maiores Poemas Brasileiros - Parte 05


Não há quem não ouça uma poesia e fique imune às suas palavras. Poemas traduzem sentimentos profundos no ser humano à séculos e por isso têm a capacidade de alegrar ou entristecer alguém, dependendo do contexto onde é aplicado.

E é por isso que um grupo de escritores, críticos, jornalistas e professores resolveu escolher os 10 mais importantes e significativos poemas de autores brasileiros de todos os tempos.

Vou dividir esta lista em 10 partes, 10 postagens, em dias alternados.

Achei muito interessante esta lista.

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O Cão Sem Plumas 
(João Cabral de Melo Neto)

A cidade é passada pelo rio como uma rua é passada por um cachorro; uma fruta por uma espada.
O rio ora lembrava a língua mansa de um cão ora o ventre triste de um cão, ora o outro rio de aquoso pano sujo dos olhos de um cão.
Aquele rio era como um cão sem plumas. Nada sabia da chuva azul, da fonte cor-de-rosa, da água do copo de água, da água de cântaro, dos peixes de água, da brisa na água.
Sabia dos caranguejos de lodo e ferrugem.
Sabia da lama como de uma mucosa. Devia saber dos povos. Sabia seguramente da mulher febril que habita as ostras.
Aquele rio jamais se abre aos peixes, ao brilho, à inquietação de faca que há nos peixes. Jamais se abre em peixes.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Os 10 Maiores Poemas Brasileiros - Parte 04


Não há quem não ouça uma poesia e fique imune às suas palavras. Poemas traduzem sentimentos profundos no ser humano à séculos e por isso têm a capacidade de alegrar ou entristecer alguém, dependendo do contexto onde é aplicado.

E é por isso que um grupo de escritores, críticos, jornalistas e professores resolveu escolher os 10 mais importantes e significativos poemas de autores brasileiros de todos os tempos.

Vou dividir esta lista em 10 partes, 10 postagens, em dias alternados.

Achei muito interessante esta lista.

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Canção do Exílio 
(Gonçalves Dias)

Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar — sozinho, à noite — Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu’inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Os 10 Maiores Poemas Brasileiros - Parte 03


Não há quem não ouça uma poesia e fique imune às suas palavras. Poemas traduzem sentimentos profundos no ser humano à séculos e por isso têm a capacidade de alegrar ou entristecer alguém, dependendo do contexto onde é aplicado.

E é por isso que um grupo de escritores, críticos, jornalistas e professores resolveu escolher os 10 mais importantes e significativos poemas de autores brasileiros de todos os tempos.

Vou dividir esta lista em 10 partes, 10 postagens, em dias alternados.

Achei muito interessante esta lista.

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As Cismas do Destino 
(Augusto dos Anjos)

Recife. Ponte Buarque de Macedo. Eu, indo em direção à casa do Agra, Assombrado com a minha sombra magra, Pensava no Destino, e tinha medo!
Na austera abóbada alta o fósforo alvo Das estrelas luzia… O calçamento Sáxeo, de asfalto rijo, atro e vidrento, Copiava a polidez de um crânio calvo.
Lembro-me bem. A ponte era comprida, E a minha sombra enorme enchia a ponte, Como uma pele de rinoceronte Estendida por toda a minha vida!
A noite fecundava o ovo dos vícios Animais. Do carvão da treva imensa Caía um ar danado de doença Sobre a cara geral dos edifícios!
Tal uma horda feroz de cães famintos, Atravessando uma estação deserta, Uivava dentro do eu, com a boca aberta, A matilha espantada dos instintos!
Era como se, na alma da cidade, Profundamente lúbrica e revolta, Mostrando as carnes, uma besta solta Soltasse o berro da animalidade.
E aprofundando o raciocínio obscuro, Eu vi, então, à luz de áureos reflexos, O trabalho genésico dos sexos, Fazendo à noite os homens do Futuro. (Trecho de As Cismas do Destino, de Augusto dos Anjos).

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Os 10 Maiores Poemas Brasileiros - Parte 02


Não há quem não ouça uma poesia e fique imune às suas palavras. Poemas traduzem sentimentos profundos no ser humano à séculos e por isso têm a capacidade de alegrar ou entristecer alguém, dependendo do contexto onde é aplicado.

E é por isso que um grupo de escritores, críticos, jornalistas e professores resolveu escolher os 10 mais importantes e significativos poemas de autores brasileiros de todos os tempos.

Vou dividir esta lista em 10 partes, 10 postagens, em dias alternados.

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As Pombas 
(Raimundo Correia)

Vai-se a primeira pomba despertada… Vai-se outra mais… mais outra… enfim dezenas De pombas vão-se dos pombais, apenas Raia sanguínea e fresca a madrugada.
E à tarde, quando a rígida nortada Sopra, aos pombais de novo elas, serenas, Ruflando as asas, sacudindo as penas, Voltam todas em bando e em revoada.
Também dos corações onde abotoam, Os sonhos, um por um, céleres voam, Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam, Fogem… Mas aos pombais as pombas voltam, E eles aos corações não voltam mais.


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Os 10 Maiores Poemas Brasileiros - Parte 01


Não há quem não ouça uma poesia e fique imune às suas palavras. Poemas traduzem sentimentos profundos no ser humano à séculos e por isso têm a capacidade de alegrar ou entristecer alguém, dependendo do contexto onde é aplicado.

E é por isso que um grupo de escritores, críticos, jornalistas e professores resolveu escolher os 10 mais importantes e significativos poemas de autores brasileiros de todos os tempos.

Vou dividir esta lista em 10 partes, 10 postagens, em dias alternados.

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Invenção de Orfeu
(Jorge de Lima)

1. Um barão assinalado sem brasão, sem gume e fama cumpre apenas o seu fado: amar, louvar sua dama, dia e noite navegar, que é de aquém e de além-mar a ilha que busca e amor que ama.
Nobre apenas de memórias, vai lembrando de seus dias, dias que são as histórias, histórias que são porfias de passados e futuros, naufrágios e outros apuros, descobertas e alegrias.
Alegrias descobertas ou mesmo achadas, lá vão a todas as naus alertas de vaia mastreação, mastros que apoiam caminhos a países de outros vinhos. Está é a ébria embarcação.
Barão ébrio, mas barão, de manchas condecorado; entre o mar, o céu e o chão fala sem ser escutado a peixes, homens e aves, bocas e bicos, com chaves, e ele sem chaves na mão.
2. A ilha ninguém achou porque todos o sabíamos. Mesmo nos olhos havia uma clara geografia.
Mesmo nesse fim de mar qualquer ilha se encontrava, mesmo sem mar e sem fim, mesmo sem terra e sem mim.
Mesmo sem naus e sem rumos, mesmo sem vagas e areias, há sempre um copo de mar para um homem navegar.
Nem achada e nem não vista nem descrita nem viagem, há aventuras de partidas porém nunca acontecidas.
Chegados nunca chegamos eu e a ilha movediça. Móvel terra, céu incerto, mundo jamais descoberto.
Indícios de canibais, sinais de céu e sargaços, aqui um mundo escondido geme num búzio perdido.
Rosa-de-ventos na testa, maré rasa, aljofre, pérolas, domingos de pascoelas. E esse veleiro sem velas!
Afinal: ilha de praias. Quereis outros achamentos além dessas ventanias tão tristes, tão alegrias? 

(Trecho de Invenção de Orfeu, de Jorge de Lima).

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Expressões curiosas na Língua Portuguesa


JURAR DE PÉS JUNTOS

Mãe, eu juro de pés juntos que não fui eu. A expressão surgiu através das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado pra dizer nada além da verdade. Até hoje o termo é usado pra expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.

MOTORISTA BARBEIRO

Nossa, que cara mais barbeiro! No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos, etc., e por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão "coisa de barbeiro". Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de "motorista barbeiro", ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira..

TIRAR O CAVALO DA CHUVA

Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje! No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: "pode tirar o cavalo da chuva". Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.
de maneira copiosa. A origem do dito é atribuída às qualidades de argumentador do jurista alagoano Gumercindo Bessa, advogado dos acreanos que não queriam que o Território do Acre fosse incorporado ao Estado do Amazonas.

DAR COM OS BURROS N'ÁGUA

A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado pra se referir a alguém que faz um grande esforço pra conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.

GUARDAR A SETE CHAVES

No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de joias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo "guardar a sete chaves" pra designar algo muito bem guardado..

OK

A expressão inglesa "OK" (okay), que é mundialmente conhecida pra significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa "0 killed" (nenhum morto), expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo "OK".

ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS

Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada pra designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.

PENSANDO NA MORTE DA BEZERRA

A história mais aceitável para explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte da bezerra. Após alguns meses o garoto morreu.

PARA INGLÊS VER

A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos. No entanto, todos sabiam que essas leis não seriam cumpridas, assim, essas leis eram criadas apenas "pra inglês ver". Daí surgiu o termo.

RASGAR SEDA

A expressão que é utilizada quando alguém elogia grandemente outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na peça, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão pra cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a moça percebe a intenção do rapaz e diz: "Não rasgue a seda, que se esfiapa".

O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER

Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D`Argent fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou pra história como o cego que não quis ver.

ANDA À TOA

Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está à toa é o que não tem leme nem rumo, indo pra onde o navio que o reboca determinar.

QUEM NÃO TEM CÃO, CAÇA COM GATO

Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente se dizia quem não tem cão caça como gato, ou seja, se esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.

DA PÁ VIRADA

A origem do ditado é em relação ao instrumento, a pá. Quando a pá está virada pra baixo, voltada pro solo, está inútil, abandonada decorrentemente pelo Homem vagabundo, irresponsável, parasita.

NHENHENHÉM

Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os indígenas não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer "nhen-nhen-nhen".

VAI TOMAR BANHO

Em "Casa Grande & Senzala", Gilberto Freyre analisa os hábitos de higiene dos índios versus os do colonizador português. Depois das Cruzadas, como corolário dos contatos comerciais, o europeu se contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio, além de usar folhas de árvore pra limpar os bebês e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com frequência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos portugueses, mandavam que fossem "tomar banho".

ELES QUE SÃO BRANCOS QUE SE ENTENDAM

Esta foi das primeiras punições impostas aos racistas, ainda no século XVIII. Um mulato, capitão de regimento, teve uma discussão com um de seus comandados e queixou-se a seu superior, um oficial português... O capitão reivindicava a punição do soldado que o desrespeitara. Como resposta, ouviu do português a seguinte frase: "Vocês que são pardos, que se entendam". O oficial ficou indignado e recorreu à instância superior, na pessoa de dom Luís de Vasconcelos (1742-1807), 12° vice-rei do Brasil. Ao tomar conhecimento dos fatos, dom Luís mandou prender o oficial português que estranhou a atitude do vice-rei. Mas, dom Luís se explicou: Nós somos brancos, cá nos entendemos.

A DAR COM O PAU

O substantivo "pau" figura em várias expressões brasileiras. Esta expressão teve origem nos navios negreiros. Os negros capturados preferiam morrer durante a travessia e, pra isso, deixavam de comer. Então, criou-se o "pau de comer" que era atravessado na boca dos escravos e os marinheiros jogavam sapa e angu pro estômago dos infelizes, a dar com o pau. O povo incorporou a expressão.

ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, TANTO BATE ATÉ QUE FURA

Um de seus primeiros registros literário foi feito pelo escritor latino Ovídio ( 43 a .C.-18 d.C), autor de célebres livros como "A arte de amar "e Metamorfoses", que foi exilado sem que soubesse o motivo. Escreveu o poeta: ?A água mole cava a pedra dura". É tradição das culturas dos países em que a escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo de frase pra que sua memorização seja facilitada. Foi o que fizeram com o provérbio, portugueses e brasileiros