quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Nuvens que passam


O dia amanhecera ensolarado. Nos quintais, a criançada se divertia, correndo, rindo esse riso solto de quem sonha venturas.
De repente, o vento se fez forte, açoitando a copa das árvores, arrancando-lhes folhas da cabeleira verde e espessa, jogando-as à distância.
Parecia que, de repente, a natureza houvesse enlouquecido e, desgrenhada, uivasse pelas ruas e praças, obrigando os transeuntes a procurarem abrigo.
O céu se cobriu de nuvens escuras, prenunciadoras de chuvas e o dia se fez noite, em plena manhã.
Depressa se fecharam janelas, se recolheram pertences.
Dos céus jorraram águas abundantes, fustigadas pela ventania, que as arremessava, com força inclemente, contra as casas, os muros, as grandes árvores.
Foram somente alguns minutos. Depois, os relâmpagos se apagaram e a chuva parou.
Uma grande quietude invadiu a natureza. A ramagem verde sacudiu as últimas gotas d´agua, o vento bocejou cansado, recolhendo-se.
Algumas horas passadas e o sol voltou a sorrir raios de calor e luz.
Quem olhasse para o céu iluminado, dificilmente acreditaria que há pouco a borrasca se fizera violenta.

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Assim também é na vida.
Os momentos de lutas e de bonança se alternam.
Quando o sofrimento chega, em forma de enfermidade, solidão, desemprego, morte dos afetos mais chegados, tamanha é a dor, que deixa em frangalhos o coração.
Acreditas que não haverá mais esperança, nem amanhã, nem alegrias. Nunca mais.
Tudo é sombrio. As horas, os dias, os meses se arrastam pesados. A impressão que tens é que nada, jamais, porá fim ao fustigar das dores.
Contudo, tudo passa como a chuva rápida do verão, logo substituída pelos raios do sol.
E transcorrido algum tempo, ao lembrares daquele período de dores, dirás a ti mesmo: Meu Deus, nem acredito que passei por tudo aquilo. Até parece um sonho distante.
Porque tudo passa na vida, porque tudo é transitório, passageiro, não percas a esperança.
O que hoje é, amanhã poderá ter feição diferente, deixar de ser.
Acima de tudo, recorda que o amor de Deus te sustenta a vida e não há, no Universo, força maior do que a presença de Deus atuando favoravelmente.
Dessa forma, quando a inclemência das dores te fustigarem a alma, recolhe-te à meditação e ouvirás o pulsar do Cosmo.
No silêncio identificarás as vozes da Imortalidade te falando aos ouvidos da alma, dizendo-te da vitória que haverás de alcançar.
Refugiando-te na oração, dialogarás com Deus, com a intimidade do filho ao pai ou ao coração de mãe.
Não entregues a batalha a meio. Prossegue. Embora as nuvens carregadas de dissabores que possam te envolver, lembra que logo mais, amanhã, outro dia, em algum momento, o sol voltará a brilhar.
Sol em tua alma, em tua vida. Pensa nisso e aguarda um tanto mais, antes de te entregares à desesperança.
Deus tem certeza do teu triunfo e da conquista plena de ti mesmo.

Confia nEle.

Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 20, ed. FEP.
Em 27.1.2016.

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Hoje a postagem é dedicada a minha amiga Neuza.
Está passando por um momento difícil e venho através desta postagem, demonstrar um pouco de apoio e amizade.
Força amiga!

 

 

sábado, 23 de janeiro de 2016

Muito humilde


A pessoa que trabalha lá em casa é muito, muito humilde.
Você já deve ter ouvido esta frase, com certeza. E com a mesma certeza sabe que quem assim fala está se referindo a alguém com poucos recursos amoedados. Ou intelectuais. Ou ambos.
De um modo geral, associamos pobreza, analfabetismo, ignorância à humildade.
Contudo, foram humildes Jesus de Nazaré, Francisco de Assis, Francisco Cândido Xavier.
E esses não se enquadram nos itens destacados. Jesus era humilde, no entanto, a ninguém ocorre imaginar que Ele fosse um iletrado.
Profundo conhecedor da alma humana, o que Lhe confere, de imediato, alta condição psicológica, era igualmente conhecedor da História de Israel, da cultura do mundo em que vivia, das escrituras.
Provam isso suas falas, seus pronunciamentos, reportando-se à Lei antiga, aos profetas, ao tempo político que se vivia então.
Ademais, era poeta, utilizando-se sabiamente de figuras de linguagem, adequando-as ao ensino que desejava oferecer e às pessoas para as quais falava.
Ninguém foi tão grande quanto Ele. E era humilde. Ele mesmo o disse: Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.
Francisco Cândido Xavier não dispunha de recursos financeiros, nem diplomas.
Mas ninguém ousaria dizê-lo ignorante. Basta recordar-lhe a sabedoria nas entrevistas que concedeu a jornalistas, repórteres, cientistas que desejaram estudar-lhe as qualidades mediúnicas.
Sabia portar-se em público, utilizando-se de vocabulário adequado, demonstrando a ilustração do seu intelecto.
Francisco de Assis nasceu em berço rico e abraçou a pobreza, por opção do ensino que desejou ministrar, em plena Idade Média.
Era humilde e conhecedor do Evangelho. Foi ainda compositor. Dizia-se o cantor do Grande Rei, Deus.
No ideal de divulgar o Evangelho de Jesus em sua essência mais pura, agregou jovens ricos, homens cultos, no mesmo ideal e os liderou.
Falava ao povo simples, falava a magistrados e às autoridades eclesiásticas.
Conta-se que, certa vez, em retornando de Roma a Assis, deteve-se na cidade de Ímola. Por questão de respeito hierárquico, apresentou-se ao bispo e expressou o desejo de pregar na igreja local.
Eu prego a meu povo e isso é o bastante! – Foi a resposta do bispo.
Francisco se retirou e voltou uma hora depois, fazendo o mesmo pedido.
Ante o espanto do bispo, pela insistência, respondeu:
Meu senhor, se um pai expulsa o filho por uma porta, ele deve voltar por outra!
O raciocínio coerente lhe valeu o direito de tomar lugar no púlpito do prelado para a pregação.

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Humildade é virtude que brilha nos corações dos homens de bem.
Homens de intelecto mas que a ninguém desprezam.
Homens de posses, que a todos acolhem.
Homens que sabem reivindicar seus direitos, nunca sendo omissos.
Homens de bem. Humildes.
Repensemos nossos conceitos.

Redação do Momento Espírita, com relato de fato colhido no cap. Onze (1213-1218), do livro Francisco de Assis, o santo relutante, de Donald Spoto, ed. Objetiva.
Em 18.1.2016.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Dias de solidão



Tem dias em que a gente se sente como quem partiu ou morreu. Quando o poeta da música popular escreveu esses versos, explicitava na canção o sentimento que muitas vezes se apodera de nossa alma.
São aqueles dias onde a alma se perde na própria solidão, encontrando o eco do vazio que ressoa intenso em sua intimidade.
São esses dias em que a alma parece querer fazer um recesso das coisas da vida, das preocupações, responsabilidades e compromissos, para simplesmente ficar vazia.
Não há quem não tenha esses dias de escuridão dentro de si. Fruto algumas vezes de experiências emocionais frustrantes, onde a amargura e o dissabor nos relacionamentos substituem as alegrias de bem-aventuranças anteriores.
Outras vezes são os problemas econômicos ou as circunstâncias sociais que nos provocam dissabores e colocam sombras na alma.
A incompreensão no seio familiar, a inveja no círculo de amizades, a competição e rivalidade desmedida entre companheiros de trabalho provocam distonias de grande porte em algumas pessoas.
Nada mais natural esses dissabores. Jesus, sabiamente, nos advertiu dizendo que no mundo só encontraríamos aflições.
Tendo em vista a condição moral de nosso planeta, as aflições e dificuldades são questões naturais e ainda necessárias para a experiência evolutiva de cada um de nós.
Dessa forma, é ilusório imaginarmos que estaríamos isentos desses embates ou acreditarmo-nos inatacáveis pela perversidade, despeito ou inferioridade alheia.
Assim, nesses momentos faz-se necessário enfrentar a realidade, sem deixar-se levar pelo desânimo ou infelicidade.
Se são dias difíceis os que estejamos passando, que sejam retos nosso proceder e nossas ações. Permanecer fiel aos compromissos e aos valores nobres é nosso dever perante a vida.
Os embates que surjam não devem ser justificativas para o desânimo, a queixa e o abandono da correta conduta ou ainda, o atalho para dias de depressão e infelicidade.
Aquele que não consegue vencer a noite escura da alma, dificilmente conseguirá saudar a madrugada de luz que chega após a sombra, que parece momentaneamente vencedora.
Somente ao insistirmos, ao enfrentarmos, ao nos propormos a bem agir frente a esses momentos, teremos as recompensas conferidas àquele que se propõe enfrentar-se para crescer.
 
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Se os dias que lhe surgem são desafiadores, lembre-se de que mesmo Jesus enfrentou a noite escura da alma, em alguns momentos, porém, sempre em perfeita identificação com Deus, a fim de espalhar a claridade sublime do Seu amor entre aqueles que não O entendiam.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 7, do livro Atitudes renovadas, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 20.1.2016.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Caminhos



São muitos os caminhos... Caminhos tranquilos, plenos de flores, transitados sem problemas nem esforço.
Caminhos tortuosos, difíceis, cheios de pedregulhos, de aspereza e dificuldades.
Caminhos fáceis que conduzem a abismos profundos, como gargantas abertas no verde da selva.
Caminhos desconhecidos, que conduzem a alturas imensuráveis, margeando a montanha.
Caminhos de lama, após a chuva torrencial. Caminhos áridos, na terra castigada pelo sol ardente.
Caminhos ásperos, cheios de ervas daninhas e espinheiros. Caminhos curtos. Caminhos longos.
Em verdade, todos os caminhos têm algo em comum: o de permitirem ao viajante chegar a algum lugar.
Assim, o mais importante não é escolhê-lo por sua beleza, facilidade ou comprimento. O mais importante é saber onde se pretende chegar.
Na Terra, todos andamos por várias vias: as da comodidade, dos prazeres, das facilidades. São os caminhos curtos, fáceis e que conduzem o ser às bocas escancaradas dos abismos das paixões.
Existem aqueles que, de forma egoísta, preferem caminhar solitários e se perturbam após exaustiva marcha.
Os maus seguem trilhas suspeitas e se perdem em sombras.
Os que se afeiçoam ao bem seguem os caminhos da esperança e se iluminam. São vias de dificuldades, de tormentos e de dissabores. Caminhos espinhosos e difíceis, mas que dão acesso a portos de paz.
São eles que permitem ao homem alcançar as paragens superiores do bem que nunca morre e do amor que sempre dura.
Os servidores da caridade escolhem roteiros de ação constante pelo bem ao próximo e alcançam lugares de ventura.
A opção é individual e cada um a realiza de acordo com os sonhos e ideais acalentados na alma e os valores que carregue em sua intimidade.
Alcançar a felicidade breve e fugaz ou conquistar a alegria perene é decisão pessoal.
Na diversidade de tantos rumos, os homens se perturbam ou se tornam livres.
Contudo, não há ninguém que siga pelos caminhos de Jesus e que não deixe de alcançar o fim que almeja: a felicidade integral.
Hoje como ontem, Jesus, o Mestre Incomparável, prossegue convidando o Seu rebanho, desejando atrair todos para Si.
O Seu convite perene é para que nos acerquemos dEle usufruindo de paz, alcançando a esperança e trabalhando sempre.

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Ante a falta de tempo de que tanto reclamamos, face aos inúmeros quefazeres do dia a dia, é necessário parar para revisar e repensar Jesus.
Retornar aos seus caminhos e percorrê-los com ternura é tarefa inadiável ao ser humano.
Assim procedendo, com certeza haveremos de experimentar o calor da Sua presença e a presença do Seu amor.
Ninguém há que possa prescindir de Jesus, escolher outros caminhos e ser feliz.

Redação do Momento Espírita, com base no Prefácio, do livro Pelos caminhos de Jesus, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 14.1.2016.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Horóscopo Chinês – 2016 é o Ano do Macaco de Fogo



O ano novo chinês em 2016 começa a partir de 08 de fevereiro de 2016 e vai até 27 de janeiro de 2017.

2016 é o ano do Macaco, o animal mais auspicioso do horóscopo chinês. Este ano pertence ao elemento Fogo, portanto, é o ano do Macaco de Fogo. A cor da sorte para 2016, segundo o horóscopo chinês, é o vermelho.

O macaco é o nono signo na astrologia chinesa. Está associado a características como ambição, atividade, esperteza, malícia e aventura. Já o Macaco de Fogo soma a estas qualidades charme, agressividade, ímpeto, ambição, autocrítica e facilidade de reconhecer e acatar conselhos e ensinamentos que levarão ao sucesso. Se você trabalhar sua resistência e paciência, 2016 pode ser um ano em que você se sentirá disposto e cheio de energia para batalhar pelo que quer.

O Macaco é um símbolo de ambição e este tema estará presente no ano de 2016. As pessoas serão impulsionadas por fortes motivações financeiras e poderão se lançar mais ferozmente em busca de seus objetivos. Em 2016 o espírito de luta estará pairando no ar… A combinação com o elemento fogo traz vitalidade e inovação para os negócios, assim como para os relacionamentos pessoais.

É um ano que pode trazer muito sucesso para seus empreendimentos e facilidade para resolução de antigos problemas. Mas, cuidado! Se você iniciar um novo projeto este ano, certifique-se de que está se associando aos parceiros corretos. O Macaco é impulsivo e pode se deixar levar pelas aparências. Lembre-se também que grandes iniciativas trazem grandes riscos. Esteja certo das suas atitudes e procure não agir precipitadamente, o que o Macaco de Fogo às vezes nos leva a fazer.

No trabalho, desde que você haja com prudência, foco e se cerque das pessoas certas, 2016 é um excelente ano para se conseguir reconhecimento e, consequentemente, ascensão.

Nos relacionamentos, o ano do Macaco de Fogo é um tempo em que os casais costumam questionar suas relações. Os que conseguem superar a crise geralmente tomam o caminho de quebrar a rotina. É que o Macaco não é chegado a hábitos… Sua energia é de movimento e de quebra de paradigmas. Pode ser que a sua curiosidade pelo novo seja despertada. Procure ponderar bem se o movimento de ir atrás de novos relacionamentos abrindo mão do que já existe é legítimo ou se você apenas está se deixando levar pela inquietação que o Macaco de Fogo costuma trazer.

2016 será também o tempo perfeito para reconsiderar a organização de sua vida social. Tente se desconectar daqueles amigos mais amargos e ciumentos, que costumam te deixar pra baixo. 2016 pode ser um ano de alegria e movimento, para isso, basta que você faça os movimentos certos, com prudência, mas com muito otimismo e confiança, e isso o Macaco nos traz de sobra!

Fonte: Zastros