segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Plantas que curam: AGUAPÉ DE BARAÇO Eichhornia azurea


Descrição : Planta da família das Pontederiaceae, também conhecida como aguapé de baraço, aguapé de canudo, aguapé de cordão, baroneza, camalote, colhereira, dama do lago, jacinto d'água, lírio d’água, murere, mureré de flor roxa, mureré orelha de veado, mureru, mureru orelha de veado, mureru de flor roxa, muriru, murure, murumuru, orelha de veado, rainha dos lagos, pareci. É uma planta perene e aquática, muito usada em aquários. É uma planta grande, com 60 à 70 cm de altura e folhas de até 20 centímetros de comprimento (quase 40 cm de diâmetro).

Parte utilizada: Toda a planta.

Plantio : Necessita de substrato enriquecido e iluminação intensa, não suportando sombreamento por outras plantas. A propagação é fácil, após a poda basta replantar a estaca superior, o caule rizomiforme inferior restante logo se encherá de novos brotos. Precisa de solo rico e muita luz. Não suporta sombreamento por outras plantas.

Origem : América do Sul.

Propriedades medicinais: adstringente, vesicatória.

Outros usos: Purificação de águas poluídas. Forrageira.

Contra-indicações/cuidados: Não encontrados na literatura consultada. Porém nenhuma planta deve ser consumida em excesso e nenhum tratamento deve ser feito sem orientação médica.

Efeitos colaterais: Não encontrados na literatura consultada. Porém nenhuma planta deve ser consumida em excesso e nenhum tratamento deve ser feito sem orientação médica.

Anjos de guarda


Quem cuida de seu filho quando ele não está sob seus olhos?

Você diz que, na escola, os professores são os responsáveis; que em seu lar, você tem uma babá igualmente responsável.

Enfim, você sempre acredita que alguém, quando você não estiver por perto, estará de olho nele.

Parentes, amigos, contratados à parte, há, também, uma proteção invisível que zela por seu filho.

Você pode dizer que é seu anjo de guarda, seu anjo bom. A denominação, em verdade, não importa.

O que realmente se faz de importância é esta certeza de que um ser invisível debruça sua atenção sobre seu filho, onde quer que ele esteja.

E também sobre você. Não se trata de uma teoria para consolar as mães que ficam distantes de seus filhos longas horas.

Ou para quem caminha só nas estradas do mundo. Refere-se a uma verdade que o homem desde muito tempo percebeu.

Basta que nos recordemos de gravuras antigas que mostram crianças atravessando uma ponte em mau estado, sob o olhar atento de um mensageiro celeste.

Ou que evoquemos o livro bíblico de Tobias, onde um anjo acompanha o jovem em seu longo itinerário, devolvendo-o ao pai zeloso, são e salvo.

É doce e encantador saber que cada um de nós tem seu anjo de guarda. Um ser que lhe é superior, que o ampara e aconselha.

É ele que nos sussurra aos ouvidos: Detenha o passo! Acalme-se! Espere para agir!

Ou nos incentiva: Vá em frente! Esforce-se! Estou com você!

É esse ser que nos ajuda na ascensão da montanha do bem. Um amigo sincero e dedicado, que permanece ao nosso lado por ordem de Deus.

Foi Deus quem aí o colocou. e ele permanece por amor a Deus, desempenhando o que lhe constitui bela, mas também penosa missão.

Isso porque em muitas ocasiões, ele nos aconselha, sugere e fazemos ouvidos surdos. Ele se entristece, nesses momentos, por saber que logo mais sofreremos pela nossa rebeldia.

Mas não afronta nosso livre-arbítrio. Permanece à distância, para agir adiante, outra vez, em nova tentativa.

Sua ação é sempre regulada, porque se fôssemos simplesmente teleguiados por ele não seríamos responsáveis pelos nossos atos.

Também não progrediríamos se não tivéssemos que pensar, reflexionar e tomar decisões.

O fato de não o vermos também tem um fim providencial. Não vendo quem o ampara, o homem confia em suas próprias forças.

E batalha. Executa. Combate para alcançar os objetivos que pretende.

Não importa onde estejamos: no cárcere, no hospital, nos lugares de viciação, na solidão, ele sempre estará presente.

Esse anjo silencioso e amigo nos acompanha desde o nascimento até a morte. E, muitas vezes, na vida espiritual.

E mesmo através de muitas existências corpóreas, que mais não são do que fases curtíssimas da vida do Espírito.

* * *

Você pode ter se transviado no mundo. Quem sabe, perdido o rumo dos próprios passos.

Pense, no entanto, que um missionário do bem e da verdade, que é responsável por você, pela sua guarda, permanece vigilante.

Se você quiser, abra os ouvidos da alma e escute-o, retomando as trilhas luminosas.

Ninguém, nunca, está totalmente perdido neste imenso universo de almas e de homens.

Pense nisso!


Redação do Momento Espírita, com base nos itens 492, 495 e 501 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.
Disponível no cd Momento Espírita, v. 12 e no livro Momento Espírita, v. 6, ed. Fep.
Em 04.10.2011.

31 de outubro - Mitologia celta: Dia de Samhain


Samhaim (em irlandês Samhain, gaélico escocês Samhuinn, manês Sauin e em gaulês Samonios) era o festival em que se comemora a passagem do ano dos celtas. Marca o fim do ano velho e o começo do ano novo. O Samhain inicia o inverno, uma das duas estações do ano dos celtas. O início da outra estação, o verão, é celebrado no festival de Beltane. Este festival, Samhain, é chamado de Samonios na Gália. Segundo alguns autores, grande parte da tradição do Halloween, do Dia de Todos-os-Santos e do Dia dos fiéis defuntos pode ser associada ao Samhaim. O Samhaim era a época em que acreditava-se que as almas dos mortos retornavam a suas casas para visitar os familiares, para buscar alimento e se aquecerem no fogo da lareira. Alguns autores acham que não existe nenhuma evidência que relacione o Samahin com o culto dos mortos e que esta crença se popularizou no século XIX. Segundo o relato das antigas sagas o Samhain era a época em que as tribos pagavam tributo se tivessem sido conquistadas por outro povo. Era também a época em que o Sídhe deixava antever o outro mundo. O fé-fiada, o nevoeiro mágico que deixava as pessoas invisiveis, dispersava no Samhain e os elfos podiam ser vistos pelos humanos. A fronteira entre o Outro Mundo e o mundo real desaparecia. Uma das datas do calendário lunar celta de Coligny pode ser associada ao Samhain. No 17º dia do mês lunar Samon, a referência *trinox Samoni sindiu é interpretada como a data da celebração do Samhain ou do solstício de Verão entre os Gauleses.

Etimologia

A palavra Samhain significa fim de verão e deriva de duas palavras "samh",verão, e "fuin", fim. O mês de Novembro é chamado em Irlandês de "Mí na Samhain".


Samhain atualmente

Hoje ainda é comemorado e sobreviveu à cristianização através do halloween, ou dia das bruxas, onde as crianças pedindo doces representam os sidhs que passavam do outro mundo para este nesta noite.

Os praticantes de diversas religiões inclusive neopagãs celebram-no, como por exemplo o Druidismo. Ele é celebrado no dia 31 de Outubro no hemisfério norte e 30 de abril no hemisfério sul. Essa diferença existe porque as estações são invertidas de um hemisfério para o outro.

Esta era a celebração de "ano novo" dos Celtas e ainda hoje se encontra grupos que celebram e assim o consideram, como o fim do ano.

Esta ligado ao culto aos Ancestrais, tão importante na espiritualidade Celta, e aqui os mortos queridos, podem bailar conosco e dividir nossa ceia sagrada, pois é nesta noite que as cortinas do Outro Mundo estão abertas.

Os Celtas não acreditavam em demónios, mas determinadas entidades magicas eram consideradas hostis para os humanos, seus animais e colheitas. Deste modo muitas pessoas pregavam partidas aos seus vizinhos, como trocar os gados por figuras humanoides, para assustar, ao qual se tornou muito famosa a Jack o'Lantern ou a famosa abóbora iluminada de Halloween.

Países lusófonos


Portugal e na Galiza

O Samhain (o nome tradicional na Galiza e em Portugal é o de MAGUSTO) é uma festa associada ao ciclo anual do sol que faz parte do Património Imaterial Galego-Português. A recuperação da tradição do Samhain/Magusto envolve várias escolas que promovem actividades que por sua vez são inseridas na promoção da candidatura a Património Imaterial. Repare-se que em alguns lugares da província galega de Ourense, o Samhain/Magusto é celebrado em 11 de Novembro, data que segundo o atual calendário gregorianos se corresponde com o velho 1 de Novembro do calendário juliano, data do céltico Samónios de épocas antigas e medievais. Diversas aldeias na Galiza começaram a recuperar as celebrações apoiadas pela recolha de testemunhos e documentos sobre as antigas tradições locais.

Brasil

Muitos grupos de neopaganismo e Druidismo ainda celebram este Festival, e no Brasil não é diferente. Sendo dentro de casa ou em matas fechadas, a 1 de maio pode-se notar a aura de Samhain rodando a noite, convidando para a fogueira.

Aqui as celebrações ainda são discretas e reservadas aos pequenos grupos, nada público, mas isso pode mudar.

Existe um grupo que por respeito à sua língua mãe (o português), traduz o nome do Festival de Samhain para "Noite dos Antepassados", o que é bastante aceitável e comum.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Suricato se diverte com abóbora de Halloween


Um suricato passou a manhã brincando com um "Jack-o-Lantern", as famosas abóboras estilizadas de Halloween.

O animal, que vive no zoológico de Hanover, na Alemanha, entrou na abóbora e acabou fazendo diversas poses esquisitas.

Vários desses enfeites foram distribuídos nas jaulas do zoo.

Fonte: http://f5.folha.uol.com.br

Inundações na Tailândia afetam mais de 400 empresas japonesas


Mais de 400 empresas japonesas foram afetadas pelas inundações na Tailândia. Todas as montadoras, como Toyota, Honda e Nissan, estão com a produção local parada. Considerada a pior chuva em 50 anos, o temporal deixou até agora mais de 300 mortos em 30 províncias do centro e norte do país.


Fonte: http://www.ipcdigital.com

domingo, 30 de outubro de 2011

As chuvas dos olhos


Chove.

Na fonte das águas, chove.

Na fronte das lágrimas do pretérito calado.

Lavando a chuva dos olhos cansados.

Chovendo nos mares, nos mares amados.



Há quanto tempo você não chora?

Há quanto tempo seus olhos não são inundados por lágrimas, por estas pequenas gotas que parecem nascer em nosso coração? Há quanto tempo?

Assim como o fenômeno natural da precipitação atmosférica, a chuva, realiza o trabalho de purificar a terra, a água e o ar, também nossas lágrimas têm tal função.

A de limpar nosso íntimo, a de externar nossas emoções, sejam elas de alegria ou de pesar.

Precisamos aprender a expressar nossos sentimentos.

Nossa cultura possui conceitos arraigados, como o de que homem não chora, ou que é feio chorar, que surgem em nossas vidas desde quando crianças, na educação familiar, e acabam por internalizarem-se em nossa alma, continuando a apresentar manifestações na vida adulta.

Sejamos homens ou mulheres na Terra, saibamos que todos rumamos para a busca da sensibilidade, do autodescobrimento e da expressão de nossos sentimentos.

Tudo que deixarmos guardado virá à tona, cedo ou tarde.

Se forem bons os sentimentos contidos, estaremos perdendo uma oportunidade valiosa de trazê-los ao mundo, melhorando nossas relações com o próximo e conosco mesmo.

Se forem sentimentos desequilibrados, estaremos perdendo a chance de encará-los, de analisá-los, e de tomar providências para que possam ser erradicados de nosso interior.

As barreiras que nos impedem de nos emocionar, de chorar são, muitas vezes, as mesmas que nos fazem pessoas fechadas e retraídas.

Barreiras que carecemos romper para que nossos dias possam ser mais leves, mais limpos, como a atmosfera que recebe a água da chuva e nela encontra sua purificação.

As chuvas dos olhos fazem um bem muito grande.

Desabafar, colocar para fora o que angustia nosso íntimo ou o que lhe dá alegria é um exercício precioso. Um hábito salutar.

Dizer a alguém o quanto o amamos, quando este sentimento surgir em nosso coração - mesmo sem um motivo especial -, será sempre uma forma de fortalecimento de laços.

De construção de uma união mais feliz e, principalmente, um recurso para elevarmos nossa autoestima, nosso autoamor.

* * *

Deus nos concedeu a chuva para regar os campos, para tornar mais puro o ar.

Também nos presenteou com as lágrimas para que as nossas paisagens íntimas pudessem ser regadas e para que os ares do Espírito encontrassem a pureza.
Redação do Momento Espírita.
Disponível no cd Momento Espírita, v. 12, ed. Fep.
Em 05.10.2011.

Bichos de estimação motivam fumantes a cortar o vício





Conclusão de pesquisadores saiu em revista especializada. Fumo passivo está ligado a várias doenças de animais de estimação.


Se eles não param de fumar para salvar a si próprios, que tal fazê-lo pelo bom e velho Totó?

Uma nova pesquisa sugere que donos de animais de estimação que não pensam em parar de fumar podem se tornar motivados a isso quando informados de que seus animais podem ser afetados ao inalar a fumaça passivamente.

“Os donos de animais de estimação nos Estados Unidos são muito devotados a seus bichos,” escreveram os pesquisadores, comandados por Sharon Milberger do Sistema de Saúde Henry Ford, em Michigan. O estudo aparece na publicação americana “Tobacco Control”.

A fumaça passiva foi associada a uma variedade de problemas em animais de estimação, incluindo linfomas em gatos e câncer nasal ou pulmonar em cachorros, dizem os pesquisadores. Também se descobriu que pássaros de gaiola sofrem de efeitos daninhos.

Para o estudo, eles conduziram uma pesquisa online por seis meses que obteve respostas de 3.293 donos de animais de estimação, principalmente em Michigan. A pesquisa foi divulgada, entre outros lugares, em petshops e na Sociedade Humanitária de Michigan. No total, segundo a pesquisa, 27% dos respondentes tinham pelo menos um fumante na residência.

Entre os que fumavam, 28% disseram que saber que estavam colocando seus animais em risco os faria tentar parar, e quase 19% não permitiriam cigarros em casa. Quarenta por cento expressaram interesse em informações sobre cigarros e como parar de fumar.

As descobertas significam que defensores antitabaco deveriam tentar atingir fumantes em clínicas veterinárias, petshops e locais similares.

“Esta nova fonte de motivação poderia ser particularmente forte para fumantes que moram sozinhos na companhia de seus animais,” diz o estudo.

Fonte: G1

sábado, 29 de outubro de 2011

Criam um vidro especial para melhorar a qualidade das telas


Recentemente, a Nippon Electric Glass no Japão revelou a sua mais recente invenção: um painel de vidro praticamente invisível, ou seja, quase não reflete luz e, portanto, parece não existir nada no lugar dela. A comparação que vemos na foto acima mostra a diferença.

Mas como eles conseguiram? O que eles fizeram foi colocar uma fina camada de película anti-reflexo em ambos os lados e que tem apenas alguns nanômetros de espessura, tornando o 0,5% da luz que atinge o vidro, enquanto que em um material convencionais, o percentual é de 8%.

Sim, a diferença é enorme e assim é mostrado no vídeo abaixo, por isso muitos já estão pensando sobre a utilidade desta tecnologia, que poderia ser usado para monitores e telas de computador, que (em teoria) deve resultar em imagens nítidas e sem brilho, deixando no passado o dilema sobre a possibilidade de comprar um notebook com tela brilhante ou fosca.

Fonte: FayerWayer

29 de outubro de 1936 - Nascia Akiko Kojima, ex-modelo japonesa.





Akiko Kojima (Tóquio, 29 de outubro de 1936) é uma rainha da beleza japonesa, eleita Miss Universo 1959, em Long Beach, Califórnia, Estados Unidos, em 24 de julho daquele ano. Foi a primeira asiática a vencer o concurso.


Uma modelo de 22 anos no Japão, que no ano anterior não pôde participar do Miss Japão por ter sofrido um acidente automobilístico e ficado um mês no hospital, Akiko derrotou participantes de 34 países, incluindo as misses Brasil e Estados Unidos, selecionadas entre as Top 5. Uma das favoritas asiáticas para o título, ela era considerada a mais elegante, uma modelo perfeita para a década de 50.

Akiko venceu o concurso, apesar de não ter as medidas ideais, como suas predecessoras, porém sua elegância natural fez com que fosse considerada como alguém que flutuava na passarela, garantindo-lhe a vitória.


Ao voltar para casa, em meio a um furacão que atrasou a viagem por doze horas, ela se viu diante de uma polêmica nacional por causa das declarações de um cirurgião plástico japonês que afirmava ter feito uma operação aumentando seu busto com injeções, o que Akiko negou e pediu uma acareação com o médico, o que nunca ocorreu.

Depois de seu ano de reinado, ela voltou definitivamente ao Japão e casou-se com um ator japonês. Apenas em 2007, 48 anos após sua conquista, outra japonesa, Riyo Mori, seria novamente coroada como Miss Universo.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Oração atendida


Será que Deus atende mesmo a todas as orações? Jesus nos afirmou que tudo o que pedíssemos ao Pai em Seu nome, Ele nos concederia.

Mesmo assim, a debilidade da nossa fé, vez ou outra, faz com que nos perguntemos: Será que atende?

Afinal, quantos de nós já fizemos rogativas ao Criador, que jamais foram atendidas?

Será preciso algum detalhe que nos possibilite ser atendidos por Deus?

Os mais revoltados, ante seus problemas não solucionados pela Divindade, chegam a admitir a parcialidade Divina que atende a uns e não atende a outros.

Contudo, não é assim. Ocorre que, inúmeras vezes, não nos apercebemos que Deus nos responde, embora nem sempre da forma que desejamos.

Mas, com certeza, sempre é o melhor que o Pai dispõe.

Recordamo-nos de um soldado americano, ferido durante a Guerra Civil. Após o ferimento, seguiram-se meses e meses de sofrimentos. A sua dor atingiu o auge quando ele se deu conta de que havia se tornado um deficiente físico.

No entanto, a transformação radical em sua vida lhe abriu novos horizontes que ele sintetizou em uma oração.

Oração que talvez se constitua em uma das mais belas páginas escritas por um deficiente físico.

Conforme a tradução livre, do original inglês, diz ele:

Pedi a Deus que me desse forças, para tudo conseguir...

Fui feito fraco para aprender a obedecer.

Pedi a Deus a saúde para realizar coisas grandiosas...

Fui feito doente para realizar coisas difíceis.

Pedi a Deus por riquezas, para comprar felicidade...

Fui feito pobre, para vender sabedoria.

Pedi a Deus que me concedesse poder, para que os homens necessitassem de mim...

Fui feito insignificante, para sentir a necessidade de Deus ...

Pedi a Deus por tudo isso, para poder gozar a vida...

E Deus me deu a vida para poder avaliar seu gozo.

Não recebi nada do que pedi, mas obtive tudo aquilo que esperava ganhar.

A despeito dos meus erros, as preces que não fiz foram atendidas.

E, dentre todos os homens, eu me considero o mais ricamente abençoado.

* * *

O entendimento do soldado ferido que se tornou um paralítico anônimo nos dá a tônica de como Deus ouve nossas preces e as atende, sempre de acordo com o que seja melhor para nós.

Afinal, muitas vezes passamos a valorizar as pequeninas e preciosas coisas da vida, quando elas nos são retiradas.

* * *

O ano de 1981 foi o primeiro Ano Internacional da Pessoa Deficiente.

Ser deficiente não significa ser doente.

É simplesmente ser diferente. Diferente dos padrões considerados como normais.


Redação do Momento Espírita, com base no cap. 1, pt. 1 e cap. 5, pt. 2 do livro As aves feridas na Terra voam, de Nancy Puhlmann di Girolamo, ed. Inst. Beneficente Nosso Lar, SP.
Disponível no cd Momento Espírita, v. 2, ed. Fep.
Em 06.10.2011.

Ter um animal de estimação eleva a autoestima





Psicólogos das universidades de Miami e de St. Louis, nos Estados Unidos, descobriram que os animais de estimação trazem benefícios reais ao bem-estar dos donos. A pesquisa foi feita em duas etapas, nas quais os especialistas analisaram 368 donos de pets e um grupo de controle, com pessoas sem qualquer tipo de bicho de estimação.


Ao final da análise, foi concluído que todas as 368 pessoas que possuíam um animal de estimação, principalmente cachorros ou gatos, eram menos solitárias, tinham uma autoestima mais elevada, eram mais extrovertidas e se aproximavam das pessoas com mais facilidade.

Já existe uma série de estudos que confirmam a teoria de que cães e gatos tornam as pessoas mais saudáveis, mas esse foi o primeiro a analisar com profundidade como a relação com animais interferia diretamente na vida dos humanos.

O estudo, publicado nesta semana no Journal Personality and Social Psychology, concluiu que ter um animal é uma importante ferramenta de suporte social com benefícios físicos e psicológicos aos donos.

Adotar um animal faz bem ao corpo e à alma
Se você não tem animais de estimação, está na hora de adotar um. Já está provado que a companhia de um bicho pode trazer inúmeros benefícios. Outro estudo, realizado pelo Departamento de Psicologia Experimental da USP, mostrou que o convívio com um pet fortalece o sistema imunológico de crianças e adultos, diminui os níveis de estresse e incidência de doenças comuns, como resfriados, por exemplo.

“Os animais nos ensinam a cuidar do próximo, ter responsabilidade, dar sem esperar nada em troca, e mostram o que é o amor incondicional. Muitas vezes não conseguimos esse tipo de relação com outros seres humanos, pois os laços podem ser recheados de interesse. Com os bichos podemos aprender a nos relacionar melhor e colocar isso em pratica com outras pessoas”, afirma a psicóloga Cecília Zylberstajn.

As vantagens não param por aí. “Pesquisas mostram que pessoas que têm cães, por exemplo, apresentam menos problemas de saúde. A causa disso é um estilo de vida menos sedentário. Ao levar o animal para caminhar, a pessoa se exercita diariamente e tem maior bem-estar”, complementa Cecília.

A veterinária Vanessa Requejo, da CãoMinhando, diz que ao acariciar e se divertir com o bicho, um adulto libera endorfina, que ajuda a aliviar o estresse. Já os passeios e caminhadas dão condicionamento físico.

O convívio com animais pode fazer toda a diferença na infância. A veterinária explica que se há o contato desde cedo, a criança dificilmente será alérgica aos pelos e à saliva dos bichos, será mais ativa, aprenderá sobre responsabilidade e ficará mais madura ao saber sobre doenças e morte de seus pets.

Já os idosos sentem-se mais úteis com a responsabilidade de cuidar de um animal de estimação. “Um idoso se sente mais vivo na companhia dos bichos. O fato de terem animais faz com que a solidão não seja um fardo”, conclui Vanessa Requejo.

Só quem tem um amigo de estimação sabe o que é chegar em casa e ser bem recebido mesmo tendo passado o dia inteiro fora. Os olhos pidões são irresistíveis e um sorriso é arrancado a cada abanada de rabo. Quem tem um pet não sabe o que é estar sozinho.

Tratar bicho como gente pode fazer mal
Quem quer manter uma relação saudável com seu pet precisa saber que ele é exatamente isso. Um bicho. Vivemos em um mundo individualista e a psicóloga Cecília Zylberstajn afirma que ter animais virou um grito de socorro contra a solidão. Tratar um bicho como gente pode fazer muito mal aos pets e aos donos. “Animais precisam ser tratados como animais, com respeito, carinho e amor. Eles precisam de exercício, disciplina e cuidados, não de roupas caras, manicure, joias e acessórios. Estas são necessidades do dono, não do animal”.

Muitos donos transferem suas necessidades aos animais. “Eles criam em seus bichos uma espécie de alter-ego, ou seja, uma segunda personalidade. Falam dos bichos de estimação como se fossem delas mesmas”, explica a psicóloga. Ou seja, fica estabelecida uma relação nada saudável. Por isso, é preciso aprender a resistir à tentação de tratá-los como filhos.

Fonte: Minha Vida
Link: http://www.minhavida.com.br/conteudo/13529-Ter-um-animal-de-estimacao-eleva-a-autoestima.htm
Imagem: Ilustração/Divulgação

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

28 de outubro de 1964 - Nascia Zélia Duncan


Zélia Cristina Duncan Gonçalves Moreira (Niterói, 28 de outubro de 1964) é uma cantora e compositora brasileira.

Carreira

1981-1989: Sala Funarte a Zélia Cristina no Caos

Aos 16 anos, em 1981, Zélia enviou uma fita para a Sala Funarte de Brasília, que na época realizava concursos. Foi selecionada em primeiro lugar e apresentou lá o seu primeiro show. Abriu com a canção "Fazenda" de Milton Nascimento e após a apresentação bem sucedida várias portas se abriram para ela: abriu um show de Luis Melodia, no Teatro Nacional de Brasília, começou a se apresentar constatemente e ainda foi selecionada para representar Brasília no projeto Pixinguinha, viajando por sete cidades. Aos 22 anos (1987) voltou a Niterói, morando com sua avó Zélia. Na época trabalhava no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ) e fazia de tudo um pouco: foi locutora da rádio Fluminense FM onde usava a outra parte do seu nome: Cristina Moreira. Foi backing vocal de José Augusto e de Bebeto. Cursou Teatro na CAL (Casa das Artes das Laranjeiras) e também nessa época fez seu primeiro show no Rio de Janeiro.


No final de 1989, conheceu a diretora de teatro Ticiana Studart, que trouxe de Nova York ideias para um show arrojado e irreverente. A linha de pensamento foi: “produzir é um caos, os espaços são um caos, a violência é um caos, o isolamento cultural é um caos,” e logo veio um nome apropriado para o show: “Zélia Cristina no caos.” Como a própria Zélia descreveu:

“Embora ainda correndo à margem da grande mídia, sem críticos ou chamadas na TV, o resultado foi muito recompensador. Da Laura Alvim fomos para o Mistura Fina, ambos com lotações esgotadas, e tive a visita de alguém do Estúdio Eldorado, que me convidou para, enfim, gravar um disco.”

1990-1993: Outra Luz, Emirados Árabes e Songbook


Após o convite da Eldorado, Zélia gravou o disco “Outra Luz”, contudo não ficou completamente satisfeita com o resultado, considerando que o álbum não se parecia com ela. Com "Outra Luz" teve duas indicações para o prêmio Sharp, como revelação e melhor cantora pop-rock. O show fez sucesso e Zélia cantou em várias capitais.

Em outubro de 1991 foi convidada para passar três meses nos Emirados Árabes cantando no hotel Meridien. Após o choque inicial, aceitou e os três meses viraram cinco. Esse período foi muito importante, uma vez que, além da música oriental, ela entrou em contato com a música de artistas que a influenciaram muito nos trabalhos posteriores: Joni Mitchell, Joan Armatrading, Sam Cooke, Ry Cooder e Peter Gabriel. Foi também um período criativo, Zélia passou a compor muito. (“O Meu Lugar”, por exemplo). Voltou para o Brasil em 1992 amadurecida pela experiência em Abu Dhabi, disposta para retomar seu trabalho, desta vez com material autoral e sonoridade acústica.

Foi numa longa temporada no Torre de Babel que tudo começou a mudar. Guto Graça Mello foi assistir ao show e a levou para gravar sem compromissos. Depois disso foi convidada por Almir Chediak para participar do Songbook de Dorival Caymmi cantando “Sábado em Copacabana”. Almir apresentou Zélia à Beth Araújo, da WEA nesse dia, que a convidou a entrar para o selo da gravadora.

1994-1995: Zélia Duncan, Catedral e o estouro


Após entrar para a WEA, Beto Boaventura, presidente da gravadora, sugeriu que Zélia alterasse o nome artístico de Zélia Cristina para Zélia Duncan (o sobrenome Duncan, origina-se da família materna – sobrenome de solteira da mãe - não estava originalmente em seu nome, sendo assim também uma homenagem à avó, chamada Zélia Duncan). O álbum homônimo foi lançado em 1994. A parceria com Christiaan Oyens se mostra muito presente tocando a bateria, bandolim (o que caracterizou a parceria de ambos) e violão. Há nesse disco canções muito marcantes da carreira, como “Lá Vou Eu (Rita Lee)”, “Nos Lençóis Desse Reggae”, “Não Vá Ainda” e “Sentidos”. O sucesso de “Catedral” não foi premeditado. Zélia nem ao menos a incluiu no primeiro disco promocional – no qual coloca-se a “música de trabalho” – que contava com quatro canções. Seis meses após o lançamento, Catedral entrou para a trilha sonora da novela “A Próxima Vítima” da Rede Globo como tema dos personagens Irene e Diego, protagonistas da trama e tornou-se um grande sucesso, o primeiro da carreira. A canção é uma regravação traduzida do original da cantora Tanita Tikaram, intitulado "Cathedral song", do álbum "Ancient Heart". O reconhecimento pela crítica também não tardou a aparecer. A revista americana “Billboard” incluiu “Zélia Duncan” na lista dos dez melhores álbuns latinos de 1994 e já no segundo semestre de 1995 Zélia recebeu o “Disco de Ouro”, pela venda das primeiras 100 mil cópias.

Já com o estouro de “Catedral” nas rádios em 1995, fez uma série de shows e temporadas levando a música para todo o país, interpretando todas as canções do CD, entre outras relevantes desse período e que já estavam presentes no repertório: Rita Lee, Alice Ruiz e Itamar Assumpção. Participou da primeira grande festa de aniversário da Rádio JB Fm no antigo Metropolitan (atualmente Citibank Hall, Rio de Janeiro) onde Maria Bethânia apresentava o espetáculo com novas cantoras da época; além de Zélia estavam presentes Cássia Eller e Adriana Calcanhotto. Na época do encerramento da turnê de divulgação do álbum “Zélia Duncan”, em agosto, no Parque do Ibirapuera (São Paulo), o disco já havia atingido a marca de 160 mil cópias vendidas.

1996-1997: Intimidade


Zélia passou agosto e setembro de 1996 no estúdio "Nas Nuvens" trabalhando no álbum “Intimidade”, que foi produzido por Liminha (com co-produção de Christiaan Oyens). É um disco bastante autoral, onde Zélia apresenta oito parcerias com Christiaan: Enquanto durmo, Intimidade, Bom pra você, Experimenta (C.Oyens – Fernando Vidal – Zélia Duncan), Não tem volta, Me gusta, A diferença e Assim que eu gosto. Outras três parcerias com Lucina: Minha fé, Coração na boca e Primeiro susto. A única canção do disco que não é de autoria de Zélia é “Vou tirar você do dicionário” (Alice Ruiz – Itamar Assumpção). A arte da capa é de Brígida Baltar.

O reconhecimento do disco não tardou: antes do lançamento, “Enquanto Durmo” foi incluída na trilha sonora da novela “Salsa & Merengue”. Só no primeiro mês, “Intimidade” vendeu 80 mil cópias e Zélia ainda foi premiada como Melhor Cantora pela APCA. Em 1997 Zélia excursionou pelo Brasil com o show “Intimidade” e se apresentou também em Portugal e na Espanha, além de uma série de 12 shows pelo Japão em setembro. Nos Estados Unidos participou do Festival de Música Brasileira. Em agosto cantou no Canecão pela primeira vez. O show contou com a participação de Itamar Assumpção.

1998-2000: Acesso


1998 foi o ano em que Zélia começou a trabalhar no sucessor de “Intimidade”. Em junho/julho de 1998 nos estúdios A/R o disco foi gravado, com produção de Christiaan Oyens. Foi mixado por Eric Sarafin e masterizado por Dave Collins no estúdio A&M em Los Angeles – Califórnia. O álbum trás onze faixas sendo oito delas parcerias com Christiaan: Verbos sujeitos, Haja, Sexo, Imorais, Toda Vez, O Lado Bom, As Vezes Nunca e Por Hoje É Só. Há uma parceria com Lucina: Depois do Perigo. Código de acesso de Itamar Assumpção abre o disco e “Quase sem Querer” (Negrete – Dado Villa Lobos – Renato Russo) é cantada por Zélia em versão acústica. O disco foi lançado em outubro e Zélia seguiu em turnê de divulgação com ele do fim de 1998 até 2000.

2001-2003: Sortimento e Sortimento Vivo


"Sortimento não é só o lance de ser sortido, também significa provisão, mantimento, o que você acumula para viver. Estou tentando mostrar um pouco do que está acumulado em mim e tentando abrir para outras coisas. A unidade deste disco espero que seja eu cantando ali, mas não me preocupei com isso nos arranjos, na escolha do repertório. Eu quis fazer mesmo um negócio descabelado.”

Entre janeiro e fevereiro de 2001, Zélia gravou “Sortimento” nos estúdios Voices em São Paulo e Fubá Studios e Mega no Rio de Janeiro e em abril o disco já estava nas lojas. Foi seu primeiro disco lançado pela Universal Music e além disso Zélia estava completando 20 anos de carreira. A gravação foi dirigida por Beto Vilares (Alma, Chicken de Frango, Eu Me Acerto, Sortimento, Desconforto, Beleza Fácil, Flores e Na Hora da Sede) e Christiaan Oyens (Alma, Me Revelar, Todos os Dias e Hóspede do Tempo.). Em sua heterogeneidade, o disco passeia tranquilamente do samba ao folk com leveza e tranquilidade. Em “Desconforto” (parceria com Rita Lee) há uma crítica à situação do país na época e ao então presidente, Fernando Henrique Cardoso.

Sortimento teve duas indicações ao Grammy Latino. A turnê, que chegou até Portugal em maio/junho de 2002 para shows no Coliseo do Porto e de Lisboa, começou em maio de 2001 e Zélia fez mais de 90 apresentações até a gravação do que viria a ser o seu primeiro registro ao vivo: "Sortimento Vivo". A produção foi dirigida por Ézio Filho. Registro dos shows no Sesc Vila Mariana (SP) nos dias 25 e 26 de junho de 2002, Flavio Senna ficou responsável pela gravação e mixagem. A direção é de Oscar Rodrigues Alves (a direção original do show é de Marcerlo Saback). O CD/DVD trouxe a então inédita Gringo Guaraná, parceria de Zélia com Rodrigo Maranhão (parceiro dela também em Chicken de Frango).

Após o lançamento em outubro de e continuação da turnê, agora de divulgação também do “Ao Vivo”, Zélia participou ainda dos shows de comemoração do Reveillon 2002/2003 em Copacabana numa programação de shows em três palcos espalhados pela orla com artistas como Jorge Ben Jor, Cláudio Zoli, Fernanda Abreu e O Rappa.

Numa temporada da quinta-feira, 5 de junho a domingo, 7 de junho de 2003 no SESC Pompéia, em São Paulo, Zélia encerrou a turnê do CD “Sortimento Vivo”.

2004: Eu Me Transformo Em Outras


"Zélia entra, definitivamente, para o panteão das maiores cantoras brasileiras de todos os tempos com este disco maravillhoso e meio retro-transgressor, se bem me entendem. Ela se transforma em todas aquelas iguanas caleidoscópias já citadas, mas continuando ela mesma em essência, forma e risco." (Hermínio Bello de Carvalho)

“Eu Me Transformo Em Outras” foi gravado de 8 a 13 de janeiro de 2004, Companhia dos Técnicos (Rio de Janeiro) e traz direção musical e produção de Bia Paes Leme, Hamilton de Holanda no bandolim 10 cordas, Marco Pereira no violão 8 cordas, Marcio Bahia na bateria e percussão e Gabriel Grossi na gaita. Foi lançado pelo selo “Duncan Discos” com distribuição da Universal Music. Zélia descreve o projeto:

“No repertório, minha memória recente e remota, o desejo de homenagear vozes e autores que me fizeram tomar a decisão de também dedicar minha vida à música. Minha Eliseth Cardoso, Araci de Almeida, Silvia Telles, Ná Ozetti, Herivelto Martins, Nelson Gonçalves, Wilson Batista, Hermínio Bello de Carvalho, Tom Zé, Itamar Assumpção, Tom e Vinicius, Haroldo Barbosa, Ella Fitzgerald, Luis Tatit, Cartola, Lula Queiroga, Jacob, Wisnik, Claudionor Cruz, Pedro Caetano...”

Em agosto, Zélia ganhou o Prêmio Rival BR de Música de melhor cantora, na terceira edição do evento. No mesmo mês, no dia 20, o show teve sua estréia no Canecão, RJ. Em 2009, cinco anos após o lançamento, “Eu Me Transformo Em Outras” trouxe para Zélia o Disco de Ouro referente a venda de 60 mil cópias.

2005: Pré Pós Tudo Bossa Band


O disco “Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band” foi gravado em março e abril de 2005. A produção ficou com Christiaan Oyens, Bia Paes Leme e Beto Villares. Foi lançado pela Universal Music. O disco explora o famoso ecletismo de Zélia, tanto quanto ao estilo, como quanto às parcerias. Abre o álbum a faixa-título, parceria com Lenine. O repertório passa pela balada "Benditas", parceria com Mart'nália. Zélia inicialmente planejava um samba quando enviou a letra para a parceira musicar. O inverso aconteceu ao enviar a letra de "Quisera Eu" a Lulu Santos, recebendo de volta um alegre samba. Em "Inclemência" Zélia adicionou letra a uma canção de Guerra Peixe. Gravou quatro parcerias de Itamar Assumpção: Vi Não Vivi (Christiaan Oyens), Tudo ou Nada e Milágrimas (Alice Ruiz) e Dor Elegante (Paulo Leminski). Também em 2005 foi convidada por Simone para participar da gravação de seu dvd Ao Vivo cantando “Não Vá Ainda” e “A Idade do Céu”.

2006-2007: Os Mutantes


Em 2006, além de continuar com a turnê de divulgação do álbum “Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band”, Zélia passou a se apresentar com Os Mutantes na reunião do grupo. O histórico show no Barbican Theater, em Londres foi registrado em CD e DVD. Zélia foi bem recebida pelos fãs do grupo e elogiada pela crítica. Sobre a entrada de Zélia na banda, Sérgio Dias disse:

“A gente se conhece há pouco tempo, mas foi como se fossem 50 encarnações juntas”, contou Sérgio. “Quando sugeri a Zélia para cantar com a gente, todo mundo comentou que a voz dela é muito diferente, é grave, mas eu disse que botava fé. No fim, quando ela veio tocar, foi maravilhoso.” Zélia, de seu lado, comentou a emoção, mas deixou claro que não quer comparações com Rita Lee: “Não sou uma substituta, isso seria ridículo e perigoso para mim. Me sinto uma representante”. Contou também que, logo depois do primeiro ensaio, ligou para Rita. “Ela tinha de ser a primeira a saber e é de quem realmente me importa a opinião. Eu lhe disse o quanto aquilo foi forte para mim, justamente por sentir tanto a presença dela, e Rita abençoou geral e só comentários positivos foram feitos. Os Mutantes me chamaram, Rita Lee abençoou. Quem não aceitar, que atire a primeira pedra! Da qual eu vou desviar, claro.”

Em 2007 Zélia lançou o DVD ao Vivo de Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band e no segundo semestre anunciou sua saída d’Os Mutantes num comunicado oficial. Além disso “Carne e Osso” (sua parceria com Paulinho Moska) não apenas entrou para a trilha sonora da novela da Rede Globo “Sete Pecados”, como era a música de abertura. No mesmo ano o show virou DVD, pelo selo Duncan Discos.

2007-2008: Amigo É Casa


Zélia também estava se apresentando com Simone, shows que culminariam na gravação nesse mesmo ano do CD/DVD ao vivo intitulado “Amigo é Casa”, (lançado no ano seguinte pela Biscoito Fino) que trazia uma série de canções importantes nas trajetórias de ambas, mas que nunca tinham sido cantadas por elas antes. O show é marcado pela forte parceria das duas que ficam juntas no palco na maior parte do tempo dividindo versos e holofotes com suavidade e sutileza. A turnê, além de percorrer todo o Brasil, passou também por Portugal e foi um sucesso de público e crítica.

Em 2008 Zélia encerrou a bem sucedida turnê do álbum “Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band” no SESC Pinheiros em São Paulo. Nessa época já trabalhava no repertório do álbum “Pelo Sabor do Gesto” (2009).

2009-2010: Pelo Sabor do Gesto


"Pelo Sabor do Gesto" foi lançado pela gravadora Universal Music com produção musical de John Ulhoa e Beto Villares. Chegou às lojas em junho do mesmo ano. As aquarelas e design da capa do disco são obras de Brígida Baltar. As fotos têm como cenário Santa Tereza, e são da autoria de Emmanuelle Bernard. Luiza Marcier assina o figurino, de ambos, CD e show.

A parte do disco dirigida por John Ulhoa foi gravada no estúdio localizado na própria case de John e Fernanda Takai (casados, integram a banda Pato Fu), 128 Japs em Janeiro de 2009. Fernanda participa cantando em “Boas Razões”. Na versão original de Alex Beaupain, (parte da trilha sonora do filme Les Chansons d’Amour) a canção é a primeira parte de um diálogo entre Ismael (Louis Garrel) e Julie (Ludivine Sagnier). Nessa parte Ismael fala sobre como se sente e a participação de Ludivine se limita a alguns comentários e respostas curtas. No filme a música emenda em “Inventaire” onde a situação se inverte e é a vez de Julie expressar o que sente. Zélia, em sua versão converte o diálogo em monólogo-poesia e Fernanda canta alguns versos, fazendo a canção soar como uma bela homenagem à obra original. Beto Villares produziu as faixas "Todos os Verbos", "Sinto Encanto", "Esporte Fino Confortável", "Os Dentes Brancos do Mundo", "Se Eu Fosse", "Se Um Dia Me Quiseres" e "Duas Namoradas". A gravação foi em março de 2009 no estúdio Estúdio Ambulante (mixagem de Evaldo Luna).


O show estreou em Julho no Teatro Municipal de Niterói (direção de Ana Beatriz Nogueira, figurino de Luiza Marcier, cenário de Analu Prestes e Luiz Martins). A banda que acompanha Zélia é formada por Ézio Filho (direção musical e contrabaixo), Webster Santos (guitarra, violão e bandolim), Léo Brandão (teclado e acordeon) e Jadna Zimmermann (percussão e bateria). No repertório todas as canções do disco, "Intimidade e Flores", canções que Zélia não cantava ao vivo já há algum tempo. Uma homenagem a Roberto Carlos com a brincalhona “I Love You”, "Cedotardar", de Tom Zé, e Luiz Tatit também se mostra presente com “Felicidade”.

"Pelo Sabor do Gesto" foi indicado a melhor álbum de MPB no Grammy Latino de 2009. Em dezembro, Zélia cantou na Sala Funarte Sidney Miller (Rio de Janeiro) e recordou do primeiro show da carreira na Sala Funarte de Brasília. Em 2010 prosseguiu na turnê de divulgação do álbum pelo país e cantou no Quênia, no festival Sawa Sawa e em Toronto, Canadá, em outubro na semana do “Brazil Film Fest”. Em agosto foi premiada “Melhor Cantora” no XXI Prêmio da Música Brasileira, no Teatro Municipal (Rio de Janeiro).

2011

Posse de Dilma Rousseff

Cantou na festa da posse da primeira presidenta do Brasil, Dilma Rousseff na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no dia 1 de Janeiro de 2011. Elba Ramalho, Fernanda Takai, Mart'nália e Gaby Amarantos também se apresentaram. Cada uma cantou cinco canções e se reuniram para cantar mais uma música ao final do show "Cinco Ritmos do Brasil".
Uma das escolhas de Zélia para o repertório do show foi sua parceria com Rita Lee, "Pagu":

“Incluí no repertório Pagu, que compus com Rita Lee, que fala de outra grande mulher brasileira, a poeta Patrícia Galvão, nome de destaque do Movimento Modernista de 1922.”


Esportes

Basquete

Com dez anos de idade, interessou-se pelo basquetebol, uma paixão que cultivou até os dezesseis anos. Nessa época, Zélia e seu inseparável violão animavam as viagens com o time. Integrou a seleção feminina de Brasília. A opção definitiva pela música veio quando a data de um campeonato coincidiu com a de um festival.

Corrida

Pratica regularmente, tendo em março de 2010 participado de sua primeira meia maratona em Nova York. "Correr foi se tornando uma terapia, um alívio, uma meditação...bem, dia 17/3, desembarquei em NYC, para minha primeira meia-maratona(21km)."

No dia 10 de outubro do mesmo ano completou sua primeira maratona, em Chicago. Percorreu 42,195 km em 5:10:34.


"De volta ao lar, imagens da corrida me assaltam (...) Gente, na boa, a maratona é uma coisa sensacional uma decisão que deve ser levada a sério e para alguém como eu ,um milagre!"

Discografia

1990 - Outra Luz - (Eldorado)
1994 - Zélia Duncan - (Warner Music)
1996 - Intimidade - (Warner Music)
1998 - Acesso - (Warner Music)
2001 - Sortimento - (Universal Music)
2002 - Sortimento Vivo - (Universal Music)
2004 - Eu me Transformo em Outras - (Universal Music)
2005 - Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band - (Universal Music)
2006 - Os Mutantes - Live In Barbican Theatre (Com os Mutantes) - (SonyBMG)
2008 - Amigo é casa (Ao Vivo Com Simone) - (Biscoito Fino)
2009 - Pelo Sabor do Gesto (Universal Music)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Três perguntas


Um rei se apercebeu que se soubesse a hora certa de agir, quem eram as pessoas mais necessárias e o mais importante a ser feito, nunca falharia no que fizesse.

Procurou um homem sábio para se aconselhar. Vestiu roupas simples e, antes de chegar ao destino, apeou do cavalo, deixou seus guarda-costas para trás e foi sozinho.

O sábio estava cavando o chão em frente à sua cabana. O rei chegou e falou:

Vim aqui porque preciso que me responda três perguntas:

Como posso aprender a fazer o que é certo na hora certa?

Quem são as pessoas às quais devo prestar maior atenção?

Quais os assuntos aos quais devo conceder prioridade?

O sábio não respondeu e continuou a cavar. Estava fraco e inspirava profundamente, a cada golpe.

O rei se ofereceu para cavar em seu lugar e preparou duas extensas sementeiras. Sem receber nenhuma resposta às suas perguntas, quase ao final da tarde, disse:

Vim até aqui para obter respostas. Se não pode me dar nenhuma, então me diga que vou embora.

Nisso, um homem barbado saiu correndo da floresta. Estava ferido e caiu desmaiado, gemendo baixinho.

O rei e o sábio o socorreram. Havia uma grande ferida em seu corpo. O rei a lavou e a cobriu com seu lenço e uma toalha do sábio.

O sangue continuou a jorrar. Muitas vezes o rei lavou e cobriu a ferida.

Finalmente, a hemorragia parou. O homem foi levado para a cama e adormeceu. A noite chegou. O rei sentou-se na entrada da cabana e, cansado, adormeceu.

Ao despertar pela manhã, demorou um pouco para se dar conta de onde estava. Voltou-se para dentro. O homem ferido o olhou e lhe pediu perdão.

Não tenho nada para lhe perdoar, disse o rei. Nem o conheço.

Mas eu o conheço. O senhor prendeu meu irmão e jurei acabar com sua vida. Quando soube que o senhor vinha para cá, também vim.

Esperei na floresta para matá-lo pelas costas.

Mas o senhor não voltou. Saí de minha emboscada e seus guarda-costas me viram. Foram eles que me feriram.

Fugi deles. Teria sangrado até a morte se não me tivesse socorrido.

Majestade! Se eu sobreviver, serei o mais fervoroso de seus servos.

O rei ficou satisfeito por ter conseguido a paz com seu inimigo tão facilmente. Disse que mandaria seu médico para o atender.

Levantou-se e procurou o sábio, que estava agachado, plantando nas sementeiras cavadas no dia anterior.

Então, vai responder às minhas perguntas?

Erguendo os olhos, o sábio lhe respondeu:

O senhor já tem todas as suas respostas.

E ante a indagação da real figura, explicou:

Se sua majestade não tivesse ficado condoída da minha fraqueza ontem e cavado essas sementeiras para mim, indo embora, teria sido atacado por aquele homem.

Teria assim se arrependido de não ter permanecido comigo. Por isso, a hora mais importante foi quando cavava as sementeiras.

Eu era o homem mais importante. Fazer-me o favor foi o mais importante.

Depois, quando o quase assassino chegou correndo, a hora mais importante foi quando cuidava dele. Se não tivesse cuidado da sua ferida, ele teria morrido sem estar em paz consigo.

Por isso, ele era o homem mais importante. O que foi feito por ele foi o mais importante.

Então, só existe um momento importante, o agora.

O homem mais necessário é aquele com quem você está, pois ninguém sabe se vai tornar a lidar com outro alguém.

O assunto mais importante é fazer o bem para esse com quem se está, pois esse é o grande propósito da vida.

* * *

A hora de agir é agora. O local onde você está é o mais ajustado e as pessoas que estão com você as ideais para a sua vida e o seu crescimento.

Pense nisso!


Redação do Momento Espírita, com base no cap. Três perguntas, de Léon Tolstoi, de O livro das virtudes, de William J. Bennett, v. II, ed. Nova Fronteira.
Em 07.10.2011.

Luz na escuridão


Um dia, um menino de três anos estava na oficina do pai, vendo-o fazer arreios e selas. Quando crescesse, queria ser igual ao pai.

Tentando imitá-lo, tomou um instrumento pontudo e começou a bater numa tira de couro. O instrumento escapou da pequena mão, atingindo-lhe o olho esquerdo.

Logo mais, uma infecção atingiu o olho direito e o menino ficou totalmente cego.

Com o passar do tempo, embora se esforçasse para se lembrar, as imagens foram gradualmente desaparecendo e ele não se lembrava mais das cores.

Aprendeu a ajudar o pai na oficina, trazendo ferramentas e peças de couro. Ia para a escola e todos se admiravam da sua memória.

Em verdade, ele não estava feliz com seus estudos. Queria ler livros. Escrever cartas, como os seus colegas.

Um dia, ouviu falar de uma escola para cegos. Aos dez anos, Louis chegou a Paris, levado pelo pai e se matriculou no Instituto Nacional para crianças cegas.

Ali havia livros com letras grandes em relevo. Os estudantes sentiam, pelo tato, as formas das letras e aprendiam as palavras e frases.

Logo o jovem Louis descobriu que era um método limitado. As letras eram muito grandes. Uma história curta enchia muitas páginas.

O processo de leitura era muito demorado. A impressão de tais volumes era muito cara. Em pouco tempo o menino tinha lido tudo que havia na biblioteca.

Queria mais. Como adorava música, tornou-se estudante de piano e violoncelo.

O amor à música aguçou seu desejo pela leitura. Queria ler também notas musicais.

Passava noites acordado, pensando em como resolver o problema.

Ouviu falar de um capitão do exército que tinha desenvolvido um método para ler mensagens no escuro.


A escrita noturna consistia em conjuntos de pontos e traços em relevo no papel. Os soldados podiam, correndo os dedos sobre os códigos, ler sem precisar de luz.

Ora, se os soldados podiam, os cegos também podiam, pensou o garoto.

Procurou o Capitão Barbier que lhe mostrou como funcionava o método. Fez uma série de furinhos numa folha de papel, com um furador muito semelhante ao que cegara o pequeno.

Noite após noite e dia após dia, Louis trabalhou no sistema de Barbier, fazendo adaptações e aperfeiçoando-o.

Suportou muita resistência. Os donos do Instituto tinham gasto uma fortuna na impressão dos livros com as letras em relevo. Não queriam que tudo fosse por água abaixo.

Com persistência, Louis Braille foi mostrando seu método. Os meninos do Instituto se interessavam.

À noite, às escondidas, iam ao seu quarto, para aprender. Finalmente, aos vinte anos de idade, Louis chegou a um alfabeto legível com combinações variadas de um a seis pontos.

O método Braille estava pronto.

O sistema permitia também ler e escrever música.

A ideia acabou por encontrar aceitação. Semanas antes de morrer, no leito do hospital, Louis disse a um amigo:

Tenho certeza de que minha missão na Terra terminou.

Dois dias depois de completar quarenta e três anos, Louis Braille faleceu.

Nos anos seguintes à sua morte, o método se espalhou por vários países.

Finalmente, foi aceito como o método oficial de leitura e escrita para aqueles que não enxergam.

Assim, os livros puderam fazer parte da vida dos cegos. Tudo graças a um menino imerso em trevas, que dedicou sua vida a fazer luz para enriquecer a sua e a vida de todos os que se encontram privados da visão física.

* * *

Há quem use suas limitações como desculpa para não agir nem produzir.

No entanto, como tudo deve nos trazer aprendizado, a sabedoria está, justamente, em superar as piores condições e realizar o melhor para si e para os outros.


Redação do Momento Espírita, com base no cap. O menino que trouxe luz ao mundo da escuridão, de O livro das virtudes, de Willian J. Bennett, v. II, ed. Nova Fronteira.
Em 10.10.2011.

Dicas de relaxamento para seu pet


Cada vez mais tem se tornado comum o tratamento de aromaterapia com os animais. Indicado para tratar de desequilíbrios por meio da inalação ou aplicação externa de óleos essenciais, o método tem sido uma alternativa para os donos de pets que desejam que seu animal de estimação tenha bem-estar e relaxamento. Além disso, é uma forma natural de cuidar dos animais, sem causar nenhum dano a sua saúde.

Pensando nisso, a Pet Society, empresa conceituada no mercado por trazer sempre produtos inovadores para a saúde e bem-estar animal, trouxe o Stress Away®, spray de uso externo que através da utilização de puros óleos essenciais do capim-limão, lavanda e camomila diminui a resposta do animal ao estresse ambiental, proporcionando relaxamento. É uma opção eficaz para tratamentos de controle da ansiedade, estresse, irritabilidade e hiperatividade.

Além disso, os já existentes Cristais de Banho da Pet Society, compostos por óleos essenciais extraídos de diferentes partes de plantas aromáticas que contém força vital conferem propriedades relaxantes e energizantes, dependendo da necessidade do pet. São utilizados em banhos de imersão em ofurôs ou em banheiras com água aquecida a aproximadamente 37°C – 39°C.
Fonte: www.guiacampos.com

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Superando a dor


No dia 28 de julho de 1976, a cidade industrial de Tangshan foi completamente arrasada por um terremoto apavorante. Trezentos mil mortos.

O fato ficou famoso como símbolo do colapso total das comunicações da China naquela época.

A preocupação das autoridades era com a crise pela morte de Mao Tsé-Tung e duas outras importantes personalidades.

A notícia do terremoto acabou chegando ao governo através da imprensa estrangeira.

Muitas mulheres ficaram sem marido e viram seus filhos desaparecer em abismos profundos.

Chen foi uma delas. Naquela manhã de julho, antes de clarear, ela foi despertada por um som estranho.

Era uma espécie de ronco surdo e um assobio, como se um trem estivesse se espatifando contra as paredes da casa.

Quando ia gritar, metade do quarto cedeu e a cama onde estava deitado o marido, foi tragada por um buraco enorme.

O quarto das crianças, que ficava do outro lado da casa, como um cenário de um palco apareceu à sua frente.

O filho mais velho estava de olhos arregalados e boca aberta. A menina chorava e gritava, estendendo os braços para a mãe.

O filhinho pequeno continuava dormindo calmamente.

A cena à sua frente sumiu de repente como se uma cortina tivesse caído.

Chen acreditou que estava tendo um pesadelo e se beliscou. Não acordou. Então, espetou a perna com uma tesoura.

Sentindo a dor e vendo o sangue, entendeu que não era um sonho.

Gritou como louca. Ninguém ouviu. De todos os lados vinham sons de paredes desmoronando e de móveis quebrando.

Ela ficou ali, com a perna ensanguentada, olhando para o buraco enorme que tinha sido a outra metade da sua casa.

Seu marido e suas lindas crianças tinham desaparecido diante dos seus olhos.

Sentiu vontade de chorar, mas não tinha lágrimas. Simplesmente não queria continuar vivendo.

Vinte anos depois, contando esta história a uma jornalista, Chen confessa que quase todo dia, ao amanhecer, ouve um trem roncando e apitando, junto com os gritos dos seus filhos.

Os pesadelos a machucam, mas ela diz que os suporta porque neles estão também as vozes dos seus filhos.

E quem pensa que Chen vive somente a lamentar e a chorar a perda dos seus amores, engana-se.

Ela, junto a outras mães que perderam seus filhos no terremoto de 1976, fundaram um orfanato, com o dinheiro da indenização que receberam.

É um orfanato sem funcionários. Alguns o chamam de uma família sem homens.

Vivem ali algumas mães e dezenas de crianças. Cada mãe ocupa um aposento grande com cinco ou seis crianças.

Os aposentos do orfanato foram decorados com uma infinidade de cores, de acordo com o gosto das crianças. Cada quarto com seu estilo de decoração.

Bem diferente dos orfanatos tradicionais da China.

Ao ser questionada como se sente hoje, naquele voluntariado, confessa Chen:

Muito melhor. Especialmente à noite. Fico olhando enquanto as crianças dormem. Sento ao lado delas, seguro suas mãos contra o meu rosto. Beijo-as e agradeço a elas por me manterem viva.

É um ciclo de amor. Dos velhos para os jovens e de volta para os velhos.

* * *

Por vezes, quando a dor nos visita, nos enclausuramos nela, acreditando que a nossa é a dor maior do mundo.

O exemplo de Chen nos dá a dimensão da dor e nos ensina como lidar com ela: atender o próximo que também sofre.

Afinal, sempre que olharmos para trás encontraremos criaturas mais intensamente feridas do que nós mesmos. E no atendimento às suas feridas, encontraremos o alívio que buscamos.

Tudo porque o toque delicado do amor é o curativo perfeito para as próprias chagas abertas no coração.


Redação do Momento Espírita com base no cap. As mães que sofreram um terremoto, do livro As boas mulheres da China, de autoria de Xinran, ed. Companhia das letras.
Em 11.10.2011.