quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Amor é igual e cego em todo cérebro, diz estudo


Não existem diferenças entre homens e mulheres, homossexuais e heterossexuais, quando se fala em comportamento amoroso.

Quer dizer: não existem diferenças quando se fala em comportamento do cérebro. Nossa massa encefálica parece reagir da mesma maneira diante da pessoa amada, independente do sexo ou opção sexual do indivíduo.

A conclusão é de um estudo da University College London, liderado pelos professores Semir Zeki e John Romaya, do Wellcome Laboratory of Neurobiology. A pesquisa, publicada na Plos One , ainda revela que, diante da pessoa amada, uma parte do nosso cérebro se “desliga” – ajudando a comprovar a tese de que o amor é realmente cego.

No estudo, 24 indivíduos foram selecionados para ter seus cérebros analisados por ressonância magnética enquanto admiravam fotos de seus parceiros e de amigos do mesmo sexo que seus parceiros, mas por quem eles não tivessem nenhum interesse romântico.

O grupo tinha idade entre 19 e 47 anos e os indivíduos estavam envolvidos em relacionamentos que variavam de quatro meses a 23 anos. Metade dos voluntários eram mulheres (6 homossexuais e 6 heterossexuais) e metade, homens (6 homossexuais e 6 heterossexuais) . Todos afirmaram ser apaixonados e estarem envolvidos em uma relação sexual com seu parceiro.

O estudo revelou um padrão muito similar de atividade cerebral entre todos os indivíduos dos diferentes grupos. Esse padrão envolvia a ativação de áreas específicas do órgão, como aquelas ricas em atividade de neurotransmissores dopaminérgicos (ligados à dopamina, substância que causa sensação de felicidade).

Curiosamente, os resultados revelaram que havia também uma desativação de grandes partes do córtex quando os amantes- homossexuais, heterossexuais, homens ou mulheres- viam fotos de seus parceiros. As partes desativadas envolviam áreas do córtex temporal, parietal e frontal, e incluíam regiões consideradas críticas para o julgamento. Segundo os pesquisadores, isso pode indicar porque nós tendemos a ser menos críticos com quem amamos – e reforça ainda mais a ideia de que, independente de sexo ou sexualidade, o amor é mesmo cego.

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