sábado, 29 de janeiro de 2011

Répteis: aprenda a cuidar de um pet exótico





Os animais de estimação já conquistaram um lugar especial nas famílias de muitos brasileiros. Não é à toa o sucesso de serviços e produtos cada vez mais exclusivos para eles. Mas há quem prefira ter um bichinho diferente, como os répteis, por exemplo. Ao mesmo tempo, a falta de informação pode acabar levando o dono a não tratar o pet adequadamente, ou pior, cometer até mesmo um crime ambiental.


Segundo a bióloga Michele Katayama, responsável pelos animais exóticos do pet shop AniMaLL Pet Story, localizado no Morumbi, em São Paulo, as principais vantagens dos répteis é que eles não precisam de trato diário e não precisam ser vacinados. “Quando nascidos e criados em cativeiro os répteis são muito dóceis pois já estão habituados com humanos, por outro lado, necessitam de espaço e respeito”.

A especialista explica que o dono deve se informar sobre a espécie escolhida, já que eles tendem a crescer muito em alguns casos. “Cada espécie têm suas particularidades, é preciso compreender que a domesticação deles é muito recente”. Dentre os principais problemas apontados pela bióloga, o estresse e a agressividade são os mais comuns em répteis que são manejados de forma indevida ou vivem em espaços inadequados.

A especialista explica que uma jiboia, por exemplo, pode alcançar facilmente os quatro metros, o que exige muito espaço. O mesmo vale para um cágado d’agua, que nasce com cerca de 4 cm, mas que pode crescer até os 45 cm. “O dono deve ter em mente os mesmos cuidados que ele teria com um cão ou gato filhote. Os répteis também se assustam com barulho e precisam de manejo delicado”.

Outro cuidado que deve ser tomado antes mesmo da compra é ter em mente que algumas espécies não podem ser comercilizadas. É proibido por lei ter animais da fauna brasileira, como explica o Art. 1º. da Lei nº 5.197, de 3 de janeiro de 1967. “Os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são propriedades do Estado, sendo proibida a sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha”.

As únicas espécies liberadas para a comercialização são: Jiboia, Jabuti, Tigre d’agua, Iguana Verde, Cágado de barbixa e Teiú. A bióloga ressalta ainda que o dono deve pesquisar um criador credenciado pelo Ibama, que por lei, é obrigado a entregar o animal microchipado, com um guia de cuidados da espécie e com nota fiscal. Todo esse cuidado é necessário para garantir a saúde do animal.

Para finalizar a bióloga explica que mesmo saudáveis, alguns répteis podem transmitir doenças, como a salmonelose, para os humanos caso alguns cuidados de higiene não sejam tomados. “É importante que o cativeiro do pet esteja sempre limpo e que o dono lave as mãos sempre que manipular o bicho, assim ele garante relacionamento saudável para ambos”.

Fonte: PetMag

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