terça-feira, 26 de abril de 2011

A nutrição em cães idosos


Já observou quantos cães “grisalhos” encontramos em cada passeio? O número de cães idosos vem aumentando significativamente. Estima-se que 35% destes animais têm mais de sete anos, refletindo os avanços na medicina veterinária. Os progressos científicos e tecnológicos para a prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças, bem como na nutrição animal, permitem um maior controle das doenças e aumento na qualidade e expectativa de vida dos nossos amigos.

Todo o organismo sofre o impacto da idade, passando por processo contínuo de desgaste. As alterações se tornam visíveis, no entanto, em diferentes momentos da vida do cão, mas com os devidos cuidados, muitas delas podem ser minimizadas ou retardadas.

As alterações mais comuns nos cães idosos são:

* Maior tendência à obesidade, pela diminuição do metabolismo;
* Pele e pelagem mais ressecadas, unhas frágeis, longas e espessas;
* Declínio da função renal;
* Maior dificuldade para sentir o sabor do alimento, gerando diminuição do apetite;
* Intensificação do desgaste articular, gerando dor para se movimentar e perda da qualidade de vida;
* Declínio da função do fígado, tornando o animal mais vulnerável a intoxicações de toda natureza;
* Perda de massa muscular;
* Declínio gastrointestinal, com tendência a constipação e dificuldades digestivas;
* Declínio da imunidade, com aumento e prevalência de tumores e infecções;
* Problemas bucais, com perdas dentárias, periodontites, dor ao mastigar.

Mas o que podemos fazer diante de tantas alterações? Todas estas mudanças fazem com que os animais necessitem de uma série de cuidados com a saúde, o que inclui uma nutrição específica, com uma formulação que leve em consideração todos os problemas associados a essa fase especial da vida do cão. A adesão a um programa nutricional específico tem como objetivo diminuir os efeitos da idade sobre o organismo, mantendo a saúde e o bem-estar do pet.

Em uma dieta para cães idosos é importante buscar benefícios especiais, que os alimentos de alta qualidade atualmente disponíveis no mercado podem proporcionar, tais como:

* Ótima digestibilidade: graças ao uso de ingredientes de alta qualidade e fácil aproveitamento pelo organismo, como frango, ovos, salmão, gorduras e carboidratos especiais, como o arroz e aveia. Associados a fibras e prebióticos, contribuem para um intestino saudável, com bom funcionamento e proteção.
* Sabor excepcional: o reforço de sabor deve ser feito de modo natural e saudável, através do uso de proteínas e gorduras especiais.
* Controle calórico: um menor nível de gordura e a adição de fibras garantem redução calórica e saciedade ao animal, auxiliando no controle do peso e combate à obesidade. É fundamental ressaltar que o controle do peso é o primeiro passo para a prevenção de outros problemas, como doenças articulares, diabetes e problemas cardíacos.
* Prevenção aos demais problemas do envelhecimento: suporte ao sistema imunológico (através do enriquecimento da alimentação com nutrientes antioxidantes em níveis adequados), suporte articular (os nutracêuticos condroitina e glicosamina auxiliam na manutenção da saúde articular), proteção da função renal (através da redução dos níveis de fósforo da dieta), auxílio à função do fígado (através de ingredientes específicos, como a betaína), auxílio à saúde bucal e à mastigação do alimento (o ideal é um biscoito mais fácil de quebrar e cuidados para prevenção do tártaro) e cuidados com a pele e a pelagem (através de níveis ideais dos ômegas 6 e 3 associados a vitaminas e minerais e proteínas de altíssima qualidade).

Como o envelhecimento é um processo biológico de alterações progressivas ao longo da vida do animal, todos os cuidados preventivos devem ser tomados o mais cedo possível. Nutrir bem é um ato de carinho que se inicia na infância e deve se estender por toda a vida do pet, para uma convivência longa e feliz.

Fonte: PetMag

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