Se você notou uma mancha branca nos olhos de seu bichinho, fique atento: ele pode estar com catarata.
Ao contrário do que se pensa, essa doença, que deixa a lente do olho esbranquiçada e chega a comprometer a visão, não é restrita aos idosos. Ela pode atingir animais de espécie e idades variadas. “A catarata pode ocorrer devido a vários fatores, como aumento das proteínas insolúveis, estresse osmótico, disfunções do metabolismo nutricional, mudanças na concentração de oxigênio, inflamações intra-oculares, medicamentos, traumas, diabetes, exposição a toxinas e herança genética”, explica a veterinária Carla Diele.
Principais causas
Segundo o veterinário do Breeds Pet Shop, Thiago Salvador, a principal causa da catarata em cães deve-se à hereditariedade. “No entanto, ela também pode estar associada a doenças sistêmicas, como a diabete e a hipercupremia”, afirma.
No caso dos felinos, a causa mais comum está relacionada aos traumas e inflamações. “Diferentemente do cão, no qual o fator hereditário está entre as causas mais importantes, nos gatos, a catarata traumática é observada com maior frequência”, conta Carla.
Tratamento
Não existe nenhuma forma de prevenção ou redução da catarata. O único tratamento eficaz para essa doença é a cirurgia. “Segundo o Colégio Americano de Oftalmologia Veterinária [ACVO], não existem substâncias disponíveis capazes de tratar a catarata com algum efeito. Muitos colegas utilizam uma gama variada de drogas [bendalina, cinerária marítima, etc.], mas todas desprovidas de uma ação terapêutica razoável”, diz Thiago.
É importante ressaltar que, além de não tratar a doença com eficácia, esse tipo de remédio pode ainda comprometer o procedimento cirúrgico. “Todos os fármacos utilizados até o momento com o intuito de reduzir ou prevenir a catarata não obtiveram sucesso, pelo contrário, apenas retardam ou diminuem as chances de uma cirurgia bem-sucedida”, completa Carla.
Atualmente, a cirurgia mais moderna utiliza a técnica de facoemulsificação, que destrói o cristalino por meio de vibrações ultra-sônicas. “Após a cirurgia, o cão afácico [sem cristalino] enxerga bem de longe e pouquíssimo de perto, mas recupera sua visão funcional”, diz Thiago.
Tipos de catarata
• Congênitas – atingem os animais desde a vida fetal
• Induzidas – por drogas como naftaleno, disofenol, cetoconazol, entre outras
• Deficiências dietéticas – normalmente ocorre com filhotes alimentados com leite
• Traumas – ocorre por lesões causadas no cristalino em brigas entre animais, atropelamentos, maus-tratos, etc.
• Senis – acomete os animais idosos
• Inflamações – provocadas por uveítes (inflamação na íris)
Fonte: http://www.nippobrasil.com.br
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