É impressionante a capacidade do ser humano de conseguir “estragar” um cão no passar do tempo. A maioria dos cães já nasce equilibrada e o convívio em grupo apenas mantém a estabilidade de todos os animais. Assim, eles podem viver o resto de seus dias realizados e de modo estável. As mães educam seus filhotes conforme os filhotes vão crescendo – quem nunca viu uma mãe pegando o filhote pela pele do pescoço e o afastando porque ele estava incomodando muito? Os adultos se corrigem o tempo todo, mostrando o que é permitido ou não naquele grupo. Enfim, buscar pelo equilíbrio é algo natural para os cães - o cão que continua instável é expulso do grupo para garantir a sobrevivência da matilha.
Com a domesticação, o ser humano retira os cães de seu ambiente naturalmente equilibrado e os leva para dentro de casa, fazendo de tudo para garantir a felicidade plena dos animais – dá muita atenção, carinho, comida, brinquedos e roupinhas – ou seja, tudo o que ele acredita que os cães precisam. Porém, essas necessidades são vista a partir do ponto de vista humano, e não do animal – as pessoas acreditam que os cães precisam das mesmas coisas que elas pra viverem plenamente realizados. E isso é o maior erro que o dono de um cão pode cometer – humanizar as necessidades do animal.
Humanizar um cão é a chave para “estragar” o animal. Eles se adaptam à forma como os tratamos e acabam desenvolvendo problemas de comportamento. Por vezes, as pessoas criam esses problemas quando os cães ainda são filhotes, mas quando crescem, o que era engraçadinho vira um problemão. Ver um filhote latindo para os cães adultos pode ser divertido no começo, pois o comportamento humanizado acaba dizendo que ele é corajoso e metido; porém, quando o cão cresce e fica realmente agressivo com outros animais, muitos acham agora o cão está com problema. As pessoas não enxergam que o verdadeiro problema são elas mesmas.
Em sua maioria, os problemas comportamentais dos cães são reflexos da criação dada pelos donos. Agressividade não é algo natural entre os cães – e pasmem, nem entre os lobos. De forma geral, só ocorre porque não cumprimos com as reais necessidades dos cães e deixamos acumular energia, o que gera frustração. A agressividade por dominância é a mesma coisa – não é culpa do animal, mas do dono que nunca demonstrou liderança firme e coerente durante a vida do cão – outra necessidade do animal. A agressividade por medo geralmente ocorre porque os donos dão afeto no momento que o cão está instável – quando deveriam oferecer segurança, firmeza e tranquilidade.
E assim também ocorre para todas as demais questões comportamentais caninas, que surgem devido a uma falha na criação do dono. Agitação excessiva ocorre porque os cães não são exercitados diariamente, e não porque são cães felizes (humanizados). Ansiedade por separação ocorre porque o cão fica agitado na ausência do dono – isso ocorre porque ele passa o dia trancado em uma área limitada sem ter como extravasar sua energia. As obsessões são resultados de energia acumulada - os cães têm fixação por algo como forma de liberar o excesso de energia. Todos esses problemas ocorrem porque os donos humanizam o comportamento dos cães – acham que eles são agitados porque são felizes ou têm obsessões porque é característica dele mesmo – e suas necessidades básicas – ao invés de oferecer exercícios, liderança e regras, oferecem carinho, comida, brinquedos e roupinhas.
Fonte: PetMag
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Em um ponto sou obrigado a concordar: as pessoas costumam achar "lindo" atitudes que seus pequenos tomam quando pequenos e depois de grandes ficam "desesperadas" porque não conseguem "mudá-las".
Outra coisa que vejo são aquelas pessoas que deixam seus pet's as dominarem e depois não sabem como mudar a situação...
Não sou ninguém para julgar, apenas estou comentando algo que vejo...
Não acho que sou um exemplo, sem o melhor pai de cachorro do mundo, mas aqui em casa lembro-me que foi bem difícil dominar o gênio dos pequeninos. A Belinha foi a mais difícil.
Mas, é preciso... rs
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