Cega de amor: Pauline foi condenada por não conseguir aceitar a eutanásia de Dexter
Crédito: Cavendish Press
Pauline Spoor, de 71 anos de idade, foi condenada pela corte de Manchester, Inglaterra, sob a acusação de crueldade com animais. O crime cometido pela idosa foi não acatar à ordem do RSPCA, entidade que defende os direitos e bem-estar dos animais, que solicitou o sacrifício de seu labrador de 18 anos.
Perturbada com a possibilidade da perda de seu melhor amigo, Pauline recusou-se a sacrificar o animal e agora deve usar a tornozeleira eletrônica e prestar três meses de serviços comunitários, além de pagar uma multa de cerca de 600 reais.
O companheiro de Pauline é Dexter, um labrador chocolate que sofria de inúmeros problemas e tinha sérias dificuldades de locomoção.
O RSPCA conseguiu autorização da justiça para ir à casa de Pauline e verificou as condições em que o animal vivia. A entidade concluiu que o estado de saúde de Dexter era lamentável e mantê-lo vivo seria um sofrimento desnecessário para tanto para o cão quanto para Pauline.
Dexter foi encontrado em estágio avançado de artrite e conjuntivite e foi sacrificado no dia seguinte à visita da RSPCA à casa de Pauline. O cachorro mal conseguia se mover.
A divorciada Pauline admite que o animal estava em péssimas condições de saúde e concorda com a crueldade praticada. Ela se disse “cega de amor” por Dexter.
Cavendish Press
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Agora, a rotina da idosa deverá seguir algumas regras, como a permanência em casa das 21h às 6h da manhã até que a pena seja cumprida.
Pauline contou que Dexter foi resgatado e viveu ao seu lado por 11 anos depois disso, virando um verdadeiro membro da família. “Sei que fiz errado de não sacrificá-lo, mas sinto-me humilhada por ter de usar a tornozeleira como se fosse uma criminosa comum. A medida passa dos limites”, reclama ela.
Tornozeleira eletrônica de Pauline
Crédito: Cavendish Press
“Sou culpada por ter me tornado cega de tanto amor e por isso ter me negado a ver a situação real em que Dexter vivia”, acrescenta Pauline. “Nunca feri nenhum animal em toda a minha vida. É muito doloroso ser acusada de negligenciar meu cão. Não fui capaz de me desfazer de parte de mim. Ele era um cachorro realmente fantástico”, conta Pauline emocionada.
Pauline reclama ainda de ter sido sentenciada com à mesma pena de um pai que ameaçou seu próprio filho com um machado, colocando-a em igualdade com criminosos violentos.
“O maior problema é que tenho 71 anos e sou uma avó que só sai para passear com os cachorros. Não sou uma viciada em álcool que foge para ir a boates todo fim de semana e arruma briga. Não deveria ser tratada dessa forma”, diz.
A advogada de Pauline, Angela Fitzpatrick diz que ela não tinha intenção de causar mal ao cão. “Sua falta de consciência e experiência não poderia ser considerada um crime”, comenta.
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Fonte: PetMag
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