“Meu filho. Enfrente a vida corajosamente.”
“Meu pai!”
No ano de 1669, Gonemon após ser arrastado pelas montanhas de Kiso, foi preso na aldeia de Araragi (atual Nagiso-machi, Kiso-gun, Nagano-ken). Sua esposa e seu filho foram expulsos. Se a casca do pinheiro, utilizada como bota-fogo para os arcabuzes for arrancada, a árvore morre, por essa razão o Domínio Feudal de Owari que tinha a posse de Kiso havia proibido por lei tal ato, sendo que Gon’emon foi pego infringindo essa lei.
O aumento das grandes construções no início da Era Edo, tendo início com o Castelo de Nagoya, resultou no corte em massa dos ciprestes japoneses de Kiso. Urakiso, aldeia de Kashimo-mura, atual cidade de Nakatsugawa. O Sr. Tetsuro Naiki, descendente dos Yamamori do Domínio Feudal de Owari que tem sobrevivido durante 20 gerações, estava arrumando o depósito de sua casa há 25 anos atrás, quando encontrou 30.000 documentos antigos. A sua maioria ainda não foi decifrada, mas no ano passado foi descoberto que das 35.000 toras de árvores utilizadas na construção do Castelo de Nagoya, 25.000 foram cortadas dentro da área que envolve a cidade de Nakatsugawa. O Domínio Feudal de Owari após esse acontecimento, proibiu a entrada dos moradores da aldeia na floresta, para evitar o esgotamento dos recursos florestais. Graças a essa política que soube se aproveitar das leis da natureza, a floresta ganhou uma nova vida.
“Uma árvore, uma cabeça”. Dizem que o Domínio Feudal de Owari pôs em prática uma severa política para expulsar os moradores das montanhas, mas de acordo com o antigo documento da família Naiki, está escrito que naquela época, eram enviadas várias riquezas das montanhas a Nagoya, e que era muito intenso o contato entre as pessoas. O cipreste japonês, a carne do javali e do antílope japonês que eram conservados em “miso”, eram negociados juntamente com a bile de urso e a sua pele. Dizem que eram também enviados sal, itens de mercearia, além de pincéis, papel e outros produtos.
“Intercâmbio mais do que opressão”. Kiso também fazia parte do Domínio Feudal de Owari. Eles simplesmente compensavam o que faltava para um com a qualidade do outro e vice-versa.
A água de Nagoya é a mais gostosa de todo o Japão.
“Nós não podemos esquecer que essa água que brota da floresta, é sinônimo de vida para os moradores de Kiso.”
Da torneira de água, creio que podemos escutar alguma coisa vinda da gota de água de Nagoya.
Takashi Kawamura, Prefeito de Nagoya
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