terça-feira, 3 de novembro de 2009

Banana seria combustível na África


Em uma tentativa de ajudar comunidades pobres em desenvolvimento, pesquisadores do Reino Unido decidem reaproveitar os restos da bananeira.

Na Universidade de Nottingham, cientistas desenvolveram um método que utiliza cascas, tronco e folhas das plantas para criar briquetes (blocos de material orgânico combustível) que substituiriam a lenha em países realmente pobres.

O exemplo estudado foi Ruanda, na África, onde são cultivadas cerca de dois milhões de toneladas de banana todos os anos. A fruta é apenas uma porcentagem do que a planta produz e todas as outras partes acabam sendo jogadas fora – já que a bananeira só dá cachos uma única vez.

O método criado de reaproveitamento utiliza poucas ferramentas: primeiro, as casca e folhas da banana são amassadas em um moedor manual e formam uma polpa. Essa pasta é misturada com serragem para criar um material moldável. Em Ruanda, por exemplo, os pesquisadores sugerem que a serragem seja substituída pelos troncos secos da bananeira.

Essa massa é comprimida em briquetes e assada em um forno a 105 graus – novamente, no caso estudado da África, eles seriam simplesmente deixados ao Sol para secar. Os pesquisadores disponibilizaram um vídeo da fabricação das briquetes.

Isso resultaria em blocos de um combustível bom o bastante para preparar alimentos, já que queima a uma temperatura constante.

A idéia é que essa “lenha orgânica” seja usada para aquecimento de residências e preparo de alimentos em comunidades pobres. O método, realmente, não impede que sejam emitidos gases da queima do material – portanto, não pode ser considerado limpo.

Apesar disso, os locais a que se destina estão bastante longe da realidade de painéis solares, gás encanado ou energia eólica. Levando isso em conta, pelo menos reaproveitar os restos da banana impede que novas áreas sejam desmatadas.

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