quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A Idade da Esfinge

Dados sobre a Esfinge:

A Esfinge não foi construida com blocos quadrados, como as pirâmides e templos os quais guarda, mas esculpida na rocha bruta. Seus escultores lhe deram a cabeça de um homem (alguns dizem ser de uma mulher) e um corpo de um leão. Tem 65 pés (20 metros) de altura e 241 pés (73.5 metros) de comprimento. Apresenta uma das mais fantásticas expressões faciais, como se representasse uma centena de Mona Lisas e seus olhos, virados para leste, contemplam fixamente o horizonte distante, o equinócio, alguma coisa não pertencente a este mundo mas além dele, no firmamento. Alguma coisa, que talvez, esteja refletida ou "congelada" na essência e na idade da Esfinge.

Antes desta nova descoberta (abaixo), era sugerido que a Esfinge havia sido construída há aproximadamente 4500 anos atrás, ou seja, em 2500 a.C.


A Descoberta:

Um dia, enquanto lia o livro Sacred Science (Paris, 1961) do autor e matemático francês Schwaller de Lubicz, no Egito, a resposta para o que Lubicz chamava a atenção em seu livro veio à cabeça de John Anthony West. Schwaller apontava o que parecia ser erosão provocada pela água, no corpo da Esfinge. Pegando uma fotografia de perto da Esfinge, West percebeu que o padrão de desgaste da Esfinge não era horizontal como visto em outros monumentos de Giza, mas vertical. O desgaste horizontal é resultado pela exposição prolongada a ventos fortes e tempestades de areia. Com certeza houve várias tempestades assim nesta árida região do Saara. Surgem então as perguntas: Poderia a água ser responsável pelo desgaste vertical na Esfinge? Água de onde?

West sabia que a maioria dos Egiptólogos acreditava que a Esfinge havia sido construída na mesma época em que viveu o faraó Khafre (2555 à 2532 a.C) - a pirâmide de Khafre é a situada do lado esquerdo da Esfinge. Ele também sabia que esta crença estava tão firme e difundida, que se faria necessária uma escavadeira intelectual para pôr este conceito abaixo.


Em primeiro lugar, West perguntou a si mesmo se existia alguma prova concreta que fosse, que ligasse Khafre à Esfinge. A resposta foi não, e a razão foi simples. Não há inscrições - nem uma sequer - nem esculpida em uma parede ou em uma estela (coluna destinada a conter uma inscrição) ou escrito nos amontoados de papiros que identificasse Khafre (ou qualquer outra pessoa) com a construção da Esfinge e dos templos em sua proximidade. Certamente, um monumento com sua magnitude, tendo sido esculpido em rocha bruta, teria sido celebrado, mas não há nem a mais ligeira menção a este monumento.

Poderia então ser a Esfinge muito mais antiga que o reinado de Khafre, como West já o suspeitava? Poderia esta hipótese explicar, por exemplo, o estranho desgaste vertical na estátua?

A Confirmação:

Em 1991 o Dr. Robert Schoch, geólogo e professor da Universidade de Boston, junto com John A. West e um time de cientistas e arqueólogos, decidiu examinar as novas descobertas. Após meses de estudos, Schoch chegou a conclusão de que realmente, conforme havia dito West, os padrões de desgaste haviam sido formados por intensas chuvas - chuvas torrenciais. Mas porque não haviam marcas como estas nos outros monumentos? Com certeza não haveria de ter chovido somente na Esfinge e em seus templos.

"Isso é impossível!", bradaram os egiptólogos. - "Não é impossível", disse Schoch. "se levarmos em conta que a Esfinge pode ter sido construída quando tais chuvas eram comuns nesta região.

- Por que a relutância da comunidade científica em aceitar tais fatos? Simplesmente por quê a história deverá ser reescrita e os cientistas deverão ter que reconsiderar as origens do homem como um todo. Bem, que seja. Assim funciona o progresso. De todo modo, isto já foi feito muitas vezes antes. Poderia ser feito novamente.

Provar que a Esfinge é muito anterior a pirâmide de Khafre é uma coisa. A questão é quanto tempo mais antiga, exatamente? Como a ciência pode determinar a verdadeira idade de um monumento de pedra?

A Astronomia Se Junta ao Debate:

(Tradução e adaptação do texto de Robert Bauval, publicado na revista AA&ES, agosto 1996)

Em 1989 eu publiquei um artigo no Oxford Journal, Discussões sobre Egiptologia (vol.13), no qual eu demonstrei que as 3 Grandes Pirâmides e suas relativas posições para o Nilo criavam no solo um tipo de holograma em 3-D das três estrelas do cinturão de Órion (3 Marias) e suas relativas posições com a Via Láctea. Para dar apoio a esta controvérsia, eu trouxe à luz o eixo inclinado da Grande Pirâmide o qual, situado no meridiano sul, "aponta" para este grupo de estrelas. Trouxe também as evidências escritas dos Textos da Pirâmide que identificavam o destino da vida após a morte dos faraós com Órion. Mais tarde, no meu livro O Mistério de Órion (Heinemann-Mandarin) eu também demonstrei que o melhor encaixe para os padrões das Pirâmides de Giza/Nilo com o padrão do cinturão de Órion/Via Láctea ocorreu mais precisamente em 10.500 a.C..

Os antigos egípcios, por exemplo, se referiam constantemente a uma distante era dourada a qual eles chamavam ZEP TEPI, "A PRIMEIRA ERA" de Osíris. Osíris era Órion, e a Grande Pirâmide tem um eixo bem no meridiano sul da Terra, direcionado para Órion. Para mim, esta silenciosa linguagem astro-arquitetural parecia estar nos dizendo: ‘aqui, no céu, estava Osíris, quando estas pirâmides foram construídas, e agora também, que suas origens estão enraizadas na "Primeira Era"’.



Mas "Primeira Era" de que? Como poderiam as estrelas da constelação de Órion ter uma "Primeira Era"?

Bem, elas podem e tem, levando-se em conta que você possa ler através da "linguagem" alegórica dos antigos via a arquitetura simbólica e os Textos da Pirâmide relacionados. Alegoria, em outras palavras, é a "chave" de que os astrônomos que construiram o complexo de Giza usaram. Quando as estrelas de Órion são observadas no meridiano, na maneira precisa que os antigos astrônomos egípcios fizeram por muitos séculos, não há como deixar de notar que estas estrelas atravessavam o meridiano sul em diferentes altitudes em diferentes épocas. Isto, é claro, devido ao fenômeno de Precessão (veja O Mistério de Órion, apêndices 1 e 2). Em resumo, pode ser considerado que as estrelas de Órion tenham um "início" ou "começo" no nadir, ou ponto de partida do seu ciclo de precessão. Simples cálculos mostram que isto ocorreu em 10.500 a.C.. Poderiam os antigos astrônomos da "Era das Pirâmides" ter usado sua muito inteligente "linguagem silenciosa" combinada com a Precessão para congelar a "Primeira Era" de Osíris - algo como os arquitetos das catedrais góticas congelaram em seus trabalhos alegóricos na "Época de Cristo"?

No livro do cientista Graham Hancock, Fingerprints of the Gods (Heinemann-Mandarin), é mostrado que a data da "Primeira Era", 10.500 a.C., também significava o início da Era de Leão. Isto foi quando a constelação de leão teria crescido em forma de espiral (na alvorada, antes do Sol) no dia do equinócio da primavera. Este evento trouxe o leão celestial para descansar exatamente no leste, em perfeito alinhamento com a Esfinge. A Esfinge, em outras palavras, foi feita para olhar para sua própria imagem no horizonte - e conseqüentemente na sua própria "era". Hancock observou que 10.500 a.C. não era uma data aleatória. Ela significava precisamente outro começo, o começo definido no solo com os padrões e alinhamentos das pirâmides próximas a Esfinge.


Isto prova então que não só as pirâmides, mas também a Esfinge está nos atraindo para a mesma data de 10.500 a.C.. Estaríamos lidando com uma coincidência - ainda que espantosa - ou seria tudo isso parte de um projeto feito pelos antigos?

Haveriam evidências de uma presença contínua aqui em Giza, através das eras, de alguns grandes "astrônomos" que poderiam ser responsáveis para ver este projeto realizado?

Se existem, quem seriam eles? De onde vieram? Porque em Giza? Graham e eu gastamos os 2 últimos anos pesquisando este fascinante acontecimento. Nós acreditamos que o que nós descobrimos irá mudar para sempre a percepção do que era e ainda é Giza. Os resultados completos de nossa investigação está descrito em nosso novo livro, Keeper of Genesis.


O Enigma da Esfinge:

Todos concordam que a Esfinge é sem dúvidas, uma relíquia de outro tempo - de uma cultura que possuia um conhecimento, de longe, muito maior que o nosso.

Há uma tradição ou teoria que a Esfinge é um grande e complexo hieróglifo, ou um livro em pedra que contém a totalidade do conhecimento antigo e se revela à pessoa que puder decifrar esta estranha cifra que está encarnado nas formas, correlações e medidas das diferentes partes da Esfinge. Este é o famoso "ENIGMA DA ESFINGE" que dos tempos mais antigos tantas almas tentaram resolver.

Bibliografia:

Traduzido e adaptado dos textos de Bassam El Shammaa e Robert Bauval.

Fonte: http://www.acasicos.com.br/

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