terça-feira, 5 de junho de 2012

Sobre o preconceito contra gordos


Muito se fala de preconceito, de como a sociedade é injusta, do quanto a busca pelo “corpo perfeito” acaba por gerar repulsa ou mesmo ódio contra os que são mais bem fornidos de gordura corporal, aqueles que preconceituosamente a sociedade tenta rotular com um eufemismo bisonho: “portador de sobrepeso”.

Para começo de conversa, o gordo é o cara que seria o último a arranjar uma namorada (ou um namorado). Todo mundo só quer saber de homens jovens, com barriga de tanquinho, brancos mas queimados de sol (se a pele for toda escura, sem marca de sunga, já era), peitorais definidos, bíceps desenvolvidos e pinto grande.

Mas essa não é a única manifestação do preconceito contra os gordos: ninguém nunca quer sentar ao seu lado no ônibus (o que, confesso, até considero uma vantagem, na maior parte das vezes); ninguém quer ficar perto dele na fila do serve-serve (desde que ouvi este aportuguesamento de “self service” nunca mais consegui deixar de usá-lo); seus colegas de trabalho não querem ir almoçar “com a baleia”; não se encontram roupas prontas, pois a indústria acha que só os magérrimos têm dinheiro para se vestir.

Além disso, as pessoas não respeitam, sequer cogitam, a possibilidade de o gordo ser feliz assim. De cada cinco palavras que dizem, quatro são “você tem que emagrecer” e outras cobranças do tipo. Acham que todo gordo é cardíaco e que vai perder as duas pernas numa trombose.

E, claro, dificilmente um gordo ganha carona. As pessoas têm medo que levando um gordo de carona, a suspensão do lado direito vai precisar de reforço.

E para gordo também é difícil arranjar emprego, pois as empresas não querem correr o risco de ter de reforçar algumas cadeiras para que suportem o peso de um funcionário fora do padrão. Não importa muito a competência, pois a obesidade pesa mais — sem trocadilhos.

A questão central, na verdade, é que preconceito todo mundo sofre. Resta a cada um saber lidar com isso, e saber que é o único responsável pelo seu próprio corpo. Quem está com excesso de peso normalmente sabe o que fazer para emagrecer, mas precisa escolher fazer isso. Se não o fizer, precisa ter noção de que — ainda assim — está fazendo uma escolha.

Fonte: http://www.emagrecersaude.info

2 comentários:

  1. Existe em todos os lugares preconceitos contra os fora de padrões esteticos. Não somente aos gordos, mas são os que mais sofrem. Quanto mais existe preconceito, mais os desanima a mudar a qualidade de vida. Porque mexe com a estima.

    Bjs

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    1. Pois é Simone,

      existem pessoas que acham que falando mal da pessoa, ela vai mudar suas atitudes, fazer algo.
      Mas, se esquecem que cada um é cada um...
      A obesidade nem sempre é gerada por falta de atividade física ou comer em demasia...
      Beijos

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