Por Lobo Pasolini (da Redação)
Para muitas das pessoas fazendo a transição do onivorismo para o veganismo, a textura da carne pode ser o que faz falta para elas na hora de comer. Foi pensando neste público, e também em veganos com vontade de diversificar um pouco seu cardápio, que o fundador da Beyond Meat (tradução livre: além da carne) está lançando o seu produto, um substituto vegano de carne de galinha.
Baseada em Maryland, nos Estados Unidos, a empresa foi fundada por Ethan Brown, que cresceu em meio ao universo de fazendas de galinhas próximo à divisa com o estado da Pensilvânia. Foi essa convivência com os animais que o fez tornar-se vegano, mas ele se diz frustrado com as opções de ‘carnes falsas’ disponíveis no mercado. Por isso ele resolveu fundar sua própria empresa.
O mercado de substitutos veganos de carne cresce a um passo modesto nos Estados Unidos (entre 3 e 5 por cento por ano), mas Brown espera que sabor e textura mais realistas possam elevar o número de consumidores, atingindo principalmente os comedores de carne. Para isso ele usa uma nova tecnologia que transforma farinha de soja e outros ingredientes veganos em um produto que imita carne de galinha.
A fábrica é o que Brown chama de uma ‘fazenda moderna’. Cheira a sopa de galinha, mas não há animais por lá, apenas o zunido de várias máquinas de aquecer e processar. Parece mais um laboratório do que uma cozinha.
“É uma das proteínas mais limpas que você pode ingerir,” Brown diz. “Você não tem que se preocupar com aditivos. É apenas um produto puro e simples que vem de plantas.”
Durante entrevista a rádio pública NPR, a jornalista que entrevistou Brown disse que no balde de Bill Milstead, um dos funcionários, havia uma mistura de pó de soja e ervilha, fibra de cenoura e trigo sem glúten. Através de um processo que empresa licenciou pela University of Missouri, a mistura é cozida, resfriada e expelida através de uma máquina feita sob medida. Bill, que já foi açougueiro, disse que prefere fazer imitação de carne de galinha porque ele agora ajuda a salvar a vida de algumas aves.
Enquanto isso Brown, no outro lado da máquina, puxa tiras de uma cor pálida que rasgam como galinha assada. O processo inteiro, do pó ao produto, leva 15 segundos. “Comparado com as seis semanas que se leva para criar uma galinha, é um processo extremamente eficiente,” ele diz. Além disso, ele requer uma fração da água, dos grãos e terra necessários para se criar galinhas.
O sabor do produto que Brown está criando já agrada profissionais como Lisa Krampf, sua vizinha que trabalha com catering. “Eu já usei com molho de churrasco, temperos de taco e fajitas. As pessoas não notam a diferença ou amam e pedem de novo.” Krampf prepara para a jornalista um de seus pratos, uma sala de imitação de galinha. Ela diz que o sabor é idêntico ao da galinha.
Em breve um público maior terá a chance de provar o produto, já que ele chega as prateleiras da Whole Foods, que oferecerá o produto no norte da Califórnia a partir do mês que vem. Beyond Meat já está construindo uma fábrica maior e pretende fazer imitações de carne moída de boi e de produtos de porco.
Visite: Beyond Meat
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