Narra uma lenda romana do século II antes de Cristo, que uma matrona romana, de nome Cornélia, tinha dois filhos.
Certo dia, chamou os meninos que brincavam no jardim e lhes disse que, naquele dia, deveriam receber a visita de uma amiga para jantar. Ela era muito rica e viria para lhes mostrar suas jóias.
Quando a mulher chegou, ambos os irmãos arregalaram os olhos, ao ver os anéis que trazia nos dedos, os braceletes nos braços, as correntes de ouro que contornavam seu pescoço e os fios de pérolas que cintilavam nos seus cabelos.
Olharam para sua mãe, que trajava uma túnica branca, sem adereços, e na cabeça trazia somente suas tranças enroladas.
Um servo trouxe uma caixa e a colocou sobre a mesa. E, ante a surpresa dos meninos, a mulher lhes mostrou rubis vermelhos como sangue, safiras azuis como o céu, esmeraldas verdes como o mar, e diamantes que luziam ao sol.
O menorzinho sussurrou para o maior: Seria tão bom se nossa mãe pudesse ter algumas dessas pedras ou dessas jóias.
Olhando com quase piedade para Cornélia, a ilustre visitante lhe indagou:
É verdade que você não tem jóias? Será verdade que você é assim tão pobre?
Sem pestanejar, a anfitriã respondeu: De forma alguma. Tenho jóias muito mais valiosas que as suas!
Os irmãos Tibério e Caio se entreolharam. Seria possível que sua mãe possuísse jóias e eles não soubessem? Acaso teria ela um cofre secreto? Seriam suas jóias de tamanho valor que ela não as usasse, temendo ladrões?
Mas Cornélia se aproximou dos dois filhos, abraçou-os sorrindo e falou: Estas são as minhas jóias. Não são muito mais preciosas do que as suas pedrarias?
* * *
São verdadeiramente jóias preciosas os filhos que nos chegam. Alguns pedras brutas para lapidação, outros já deixando perceber o fino trabalho da ourivesaria dos tempos, da lapidação das várias vidas.
Quantos de nós nos apercebemos de tal riqueza? Quanta vez preferimos ilusões do mundo a estar com nossos pequenos?
Quantas vezes preferimos colocar-nos ante a televisão, permitindo que os anos se sucedam e nossas preciosidades cresçam sem o cuidado e o carinho de que necessitam!
E haverá algo mais precioso do que o sorriso de uma criança? De um abraço generoso? De suas carícias com as mãozinhas tépidas em nossos rostos?
Atendamos aos nossos pequenos, jóias raras que Deus nos confiou por breve tempo. Não percamos oportunidades de estar com eles, de senti-los, de amá-los.
Porque de todos os tesouros do Universo, o amor é o mais valioso e duradouro.
* * *
Cornélia era mãe de Tibério e Caio Graco, que se tornaram Estadistas em Roma.
Quando o povo romano erigia estátuas em honra dos irmãos, nunca esquecia de prestar tributo à mulher que os ensinara a ser sábios e bons.
Redação do Momento Espírita, com base em lenda romana do século II a.C.
Disponível no CD Momento Espírita nº 4 , ed. Fep.
Em 24.03.2008.
Certo dia, chamou os meninos que brincavam no jardim e lhes disse que, naquele dia, deveriam receber a visita de uma amiga para jantar. Ela era muito rica e viria para lhes mostrar suas jóias.
Quando a mulher chegou, ambos os irmãos arregalaram os olhos, ao ver os anéis que trazia nos dedos, os braceletes nos braços, as correntes de ouro que contornavam seu pescoço e os fios de pérolas que cintilavam nos seus cabelos.
Olharam para sua mãe, que trajava uma túnica branca, sem adereços, e na cabeça trazia somente suas tranças enroladas.
Um servo trouxe uma caixa e a colocou sobre a mesa. E, ante a surpresa dos meninos, a mulher lhes mostrou rubis vermelhos como sangue, safiras azuis como o céu, esmeraldas verdes como o mar, e diamantes que luziam ao sol.
O menorzinho sussurrou para o maior: Seria tão bom se nossa mãe pudesse ter algumas dessas pedras ou dessas jóias.
Olhando com quase piedade para Cornélia, a ilustre visitante lhe indagou:
É verdade que você não tem jóias? Será verdade que você é assim tão pobre?
Sem pestanejar, a anfitriã respondeu: De forma alguma. Tenho jóias muito mais valiosas que as suas!
Os irmãos Tibério e Caio se entreolharam. Seria possível que sua mãe possuísse jóias e eles não soubessem? Acaso teria ela um cofre secreto? Seriam suas jóias de tamanho valor que ela não as usasse, temendo ladrões?
Mas Cornélia se aproximou dos dois filhos, abraçou-os sorrindo e falou: Estas são as minhas jóias. Não são muito mais preciosas do que as suas pedrarias?
* * *
São verdadeiramente jóias preciosas os filhos que nos chegam. Alguns pedras brutas para lapidação, outros já deixando perceber o fino trabalho da ourivesaria dos tempos, da lapidação das várias vidas.
Quantos de nós nos apercebemos de tal riqueza? Quanta vez preferimos ilusões do mundo a estar com nossos pequenos?
Quantas vezes preferimos colocar-nos ante a televisão, permitindo que os anos se sucedam e nossas preciosidades cresçam sem o cuidado e o carinho de que necessitam!
E haverá algo mais precioso do que o sorriso de uma criança? De um abraço generoso? De suas carícias com as mãozinhas tépidas em nossos rostos?
Atendamos aos nossos pequenos, jóias raras que Deus nos confiou por breve tempo. Não percamos oportunidades de estar com eles, de senti-los, de amá-los.
Porque de todos os tesouros do Universo, o amor é o mais valioso e duradouro.
* * *
Cornélia era mãe de Tibério e Caio Graco, que se tornaram Estadistas em Roma.
Quando o povo romano erigia estátuas em honra dos irmãos, nunca esquecia de prestar tributo à mulher que os ensinara a ser sábios e bons.
Redação do Momento Espírita, com base em lenda romana do século II a.C.
Disponível no CD Momento Espírita nº 4 , ed. Fep.
Em 24.03.2008.
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