Os cães têm sete tipos sanguíneos principais, que compõem o chamado Sistema DEA (sigla em inglês para Dog Eritrocyte Antigen, ou "Antígeno Eritrocitário Canino"). São eles: DEA 1, dividido nos subtipos DEA 1.1, 1.2 e 1.3, DEA 3, DEA 4, DEA 5 e DEA 7. O sistema DEA foi catalogado apenas nos anos 70, mas os primeiros estudos sobre tipagem sanguínea tiveram início em 1910 e se intensificaram na segunda metade do século passado. Esses são os tipos mais comuns, mas novos continuam sendo descobertos, como um chamado DAL, encontrado em dálmatas. Cães de uma mesma raça podem ter tipos sanguíneos diferentes, assim como cães de raças diferentes podem ter o mesmo tipo. Segundo a veterinária Luciana de Almeida Lacerda, do Laboratório de Análises Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a freqüência dos tipos varia conforme a população e a região geográfica em que vivem os bichos. O sangue dos totós é tão complexo que, ao contrário de nós, humanos, um só cão pode apresentar mais de um tipo, ou seja, uma combinação deles. Mas os veterinários ainda não descobriram um tipo sanguíneo receptor universal, compatível com qualquer outro sangue existente. "Já os cães com sangue do tipo exclusivamente DEA 4 são doadores universais", diz a veterinária Vanessa Esteves, também da UFRGS.
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