Ronaldo Rogério de Freitas Mourão
ASTRÔNOMO
No dia 16 de julho de 1969, às 13h32min (horário da Costa Leste americana), no Centro Kennedy, em Cabo Canaveral, na Flórida, o foguete Saturno 5, com seus três estágios e o veículo Apollo 11, um monstruoso foguete de 110 metros de altura e uma massa de 2.900 toneladas, se elevou majestosamente, queimando cinco toneladas de querosene e dez de oxigênio por segundo nos cinco motores do primeiro estágio. Na cabine Apollo 11, encontrava-se a tripulação composta de Neil A. Armstrong (39 anos), comandante da missão, Edwin Aldrin (39 anos), piloto do módulo lunar, e Michael Collins (39 anos). Os dois primeiros andaram pela superfície enquanto o terceiro permaneceu na cabine satelitizada ao redor da Lua.
Órbita
Às 13h44m, as 136 toneladas do terceiro estágio e do veículo Apollo entraram em órbita a 180 quilômetros altitude. A permanência nesta órbita de espera não foi longa; às 15h16m, o motor do terceiro estágio se iluminou, lançando-o em direção à Lua, segundo uma órbita elíptica. Durante os treze minutos seguintes, os astronautas ocuparam-se em manobras ensaiadas anteriormente. Seu objetivo era colocar o veículo Apollo orientado para a Lua.
A nave Columbia, ou seja, o conjunto formado pelo módulo de comando (MC) e o módulo de serviço (MS) se separaram do terceiro estágio do foguete no qual ainda permaneceu o módulo lunar (ML). Em seguida, o Columbia afastou-se cerca de 30 metros, efetuando uma rotação de 180 graus de modo que o adaptador de vértice da cabine (MC) fosse orientado para o módulo lunar (ML) ao qual se acoplou.
Uma vez concluído o acoplamento do módulo de serviço e do módulo de comando de um lado e do módulo lunar de outro lado, este conjunto se separou do terceiro estágio. Esta última parte do foguete Saturno entrou em órbita ao redor do Sol, ou seja, transformou-se num novo satélite solar. Assim constituído, o veículo Apollo 11 continuou sua viagem em direção à Lua, num vôo não propulsionado, ou seja, desacelerado pela atração terrestre. As correções de sua órbita foram realizadas com auxílio do motor do módulo de serviço.
Em 19 de julho, às 3h10m, a Apollo 11 passou com uma velocidade de 910 m/s pelo ponto neutro de atração. Desse momento em diante, o veículo Apollo, submetido à atração gravitacional lunar, começou a cair em direção à Lua em voo acelerado.
Foram ativados os motores do módulo de serviço (MS) do veículo Apollo para se obter a sua satelitização ao redor da Lua. No domingo, 20 de julho, quatro dias depois da decolagem, os astronautas se prepararam para a alunissagem. Enquanto Armstrong e Aldrin acomodaram-se no Eagle (módulo lunar), Collins permaneceu no Columbia (módulo de comando e módulo de serviço) ao redor da Lua. às 17h47m, estes dois veículos começaram a se afastar um do outro. O Eagle (águia) começou a descer em direção à Lua, segundo uma órbita elíptica, com auxílio do motor de descida do módulo lunar.
Às 20h05m, o módulo lunar abandonou esta órbita e iniciou a sua descida em direção à superfície lunar, sob comando automático. Ao atingir uma altitude de 150 metros do solo lunar, Armstrong assumiu o controle manual para evitar que a espaçonave viesse a pousar em uma cratera.
Com atraso de 40 segundos, após ter esgotado quase todo o combustível do motor de descida, o Eagle tocou o solo lunar, às 20h17m43s, no Mar da Tranquilidade. Estava concluída a primeira viagem de ida do homem à Lua. Sua duração total desde a decolagem levou 102 horas e 46 minutos.
Após a alunissagem, o repouso dos astronautas, previsto para 4 horas, não foi respeitado, pois, impaciente, Armstrong desejou sair da cabine o mais cedo possível. Depois de vestir sua vestimenta lunar pressurizada e climatizada, que pesava 84 quilos terrestres, mas somente 14 quilos lunares, a cabine foi despressurizada para que Armstrong abrisse a porta, e iniciasse a descida dos nove degraus da escada que o separava da superfície lunar.
Às 2h56m de 21 de julho de 1969, Armstrong colocou o seu pé esquerdo no solo lunar dizendo: "É um pequeno passo para um homem, mas um salto de gigante para a humanidade". Logo em seguida, Aldrin deixou a cabine do Eagle. Depois de uns primeiros passos sobre a superfície lunar, iniciou-se o programa científico previsto, que compreendia algumas cerimônias: descobrir a placa comemorativa no pé do módulo lunar e fincar a bandeira americana no solo.
Logo depois dos primeiros passos, uma ordem de Houston solicitou que apanhassem algumas amostras, para o caso de uma partida inesperada. Nas duas horas e dez minutos que permaneceram no solo lunar, Armstrong e Aldrin instalaram uma antena de comunicação, uma câmera de televisão, um sismógrafo para estudo dos abalos lunares, um painel de alumínio para estudo da radiação solar e um refletor de raios laser que permitiu ao Observatório de Lick determinar, duas semanas mais tarde, a distância do nosso satélite em 365.273,349 quilômetros.
Neste período, colheram 23 quilos de amostras do solo lunar. Às 5h12m, a escotilha do módulo lunar foi fechada, após terem de jogar fora, sobre o solo da Lua, tudo aquilo que não fosse indispensável.
Após um repouso pouco confortável, segundo os astronautas, os motores foram ativados, às 17h54m, no dia 21 de julho, quando começaram a viagem de retorno, deixando, na Lua, a parte inferior do módulo lunar. A parte superior subiu rapidamente aproximando-se do Columbia, com o qual se acoplou às 21h35m, quando, então se reencontraram com Collins. Às 2h05m, os astronautas abandonaram a parte superior do módulo lunar que entrou em órbita ao redor da Lua.
Reentrada
Às 4h57m, a Columbia escapou do campo de atração lunar. Na quinta feira, 24 de julho, às 16h20m, o veículo largou o módulo de serviço que, com uma velocidade de 11 km/s, entrou na atmosfera terrestre, num corredor de 65 km de altura. Um pouco mais acima deste corredor seria a perda da cabine no espaço e, um pouco mais abaixo, a queima, por atrito com a atmosfera. Tudo correu bem. Inverteram a cabine para que o protetor térmico ficasse na parte da frente e assim a protegesse quando da reentrada na atmosfera. Graças à frenagem intensa da atmosfera chegou à estratosfera com uma velocidade que permitiu a utilização dos dois paraquedas auxiliares e, em seguida, de três outros paraquedas maiores. A queda ocorreu no Oceano Pacífico, a 14 quilômetros do porta-aviões Hornet, em 24 de julho, às 16h50m.
Após sua chegada, os três astronautas foram envolvidos em vestimentas de isolamento biológico e embarcados em um rebocador do qual foram transportados por via aérea até Houston, onde foram colocados em quarentena durante 30 dias.
ASTRÔNOMO
No dia 16 de julho de 1969, às 13h32min (horário da Costa Leste americana), no Centro Kennedy, em Cabo Canaveral, na Flórida, o foguete Saturno 5, com seus três estágios e o veículo Apollo 11, um monstruoso foguete de 110 metros de altura e uma massa de 2.900 toneladas, se elevou majestosamente, queimando cinco toneladas de querosene e dez de oxigênio por segundo nos cinco motores do primeiro estágio. Na cabine Apollo 11, encontrava-se a tripulação composta de Neil A. Armstrong (39 anos), comandante da missão, Edwin Aldrin (39 anos), piloto do módulo lunar, e Michael Collins (39 anos). Os dois primeiros andaram pela superfície enquanto o terceiro permaneceu na cabine satelitizada ao redor da Lua.
Órbita
Às 13h44m, as 136 toneladas do terceiro estágio e do veículo Apollo entraram em órbita a 180 quilômetros altitude. A permanência nesta órbita de espera não foi longa; às 15h16m, o motor do terceiro estágio se iluminou, lançando-o em direção à Lua, segundo uma órbita elíptica. Durante os treze minutos seguintes, os astronautas ocuparam-se em manobras ensaiadas anteriormente. Seu objetivo era colocar o veículo Apollo orientado para a Lua.
A nave Columbia, ou seja, o conjunto formado pelo módulo de comando (MC) e o módulo de serviço (MS) se separaram do terceiro estágio do foguete no qual ainda permaneceu o módulo lunar (ML). Em seguida, o Columbia afastou-se cerca de 30 metros, efetuando uma rotação de 180 graus de modo que o adaptador de vértice da cabine (MC) fosse orientado para o módulo lunar (ML) ao qual se acoplou.
Uma vez concluído o acoplamento do módulo de serviço e do módulo de comando de um lado e do módulo lunar de outro lado, este conjunto se separou do terceiro estágio. Esta última parte do foguete Saturno entrou em órbita ao redor do Sol, ou seja, transformou-se num novo satélite solar. Assim constituído, o veículo Apollo 11 continuou sua viagem em direção à Lua, num vôo não propulsionado, ou seja, desacelerado pela atração terrestre. As correções de sua órbita foram realizadas com auxílio do motor do módulo de serviço.
Em 19 de julho, às 3h10m, a Apollo 11 passou com uma velocidade de 910 m/s pelo ponto neutro de atração. Desse momento em diante, o veículo Apollo, submetido à atração gravitacional lunar, começou a cair em direção à Lua em voo acelerado.
Foram ativados os motores do módulo de serviço (MS) do veículo Apollo para se obter a sua satelitização ao redor da Lua. No domingo, 20 de julho, quatro dias depois da decolagem, os astronautas se prepararam para a alunissagem. Enquanto Armstrong e Aldrin acomodaram-se no Eagle (módulo lunar), Collins permaneceu no Columbia (módulo de comando e módulo de serviço) ao redor da Lua. às 17h47m, estes dois veículos começaram a se afastar um do outro. O Eagle (águia) começou a descer em direção à Lua, segundo uma órbita elíptica, com auxílio do motor de descida do módulo lunar.
Às 20h05m, o módulo lunar abandonou esta órbita e iniciou a sua descida em direção à superfície lunar, sob comando automático. Ao atingir uma altitude de 150 metros do solo lunar, Armstrong assumiu o controle manual para evitar que a espaçonave viesse a pousar em uma cratera.
Com atraso de 40 segundos, após ter esgotado quase todo o combustível do motor de descida, o Eagle tocou o solo lunar, às 20h17m43s, no Mar da Tranquilidade. Estava concluída a primeira viagem de ida do homem à Lua. Sua duração total desde a decolagem levou 102 horas e 46 minutos.
Após a alunissagem, o repouso dos astronautas, previsto para 4 horas, não foi respeitado, pois, impaciente, Armstrong desejou sair da cabine o mais cedo possível. Depois de vestir sua vestimenta lunar pressurizada e climatizada, que pesava 84 quilos terrestres, mas somente 14 quilos lunares, a cabine foi despressurizada para que Armstrong abrisse a porta, e iniciasse a descida dos nove degraus da escada que o separava da superfície lunar.
Às 2h56m de 21 de julho de 1969, Armstrong colocou o seu pé esquerdo no solo lunar dizendo: "É um pequeno passo para um homem, mas um salto de gigante para a humanidade". Logo em seguida, Aldrin deixou a cabine do Eagle. Depois de uns primeiros passos sobre a superfície lunar, iniciou-se o programa científico previsto, que compreendia algumas cerimônias: descobrir a placa comemorativa no pé do módulo lunar e fincar a bandeira americana no solo.
Logo depois dos primeiros passos, uma ordem de Houston solicitou que apanhassem algumas amostras, para o caso de uma partida inesperada. Nas duas horas e dez minutos que permaneceram no solo lunar, Armstrong e Aldrin instalaram uma antena de comunicação, uma câmera de televisão, um sismógrafo para estudo dos abalos lunares, um painel de alumínio para estudo da radiação solar e um refletor de raios laser que permitiu ao Observatório de Lick determinar, duas semanas mais tarde, a distância do nosso satélite em 365.273,349 quilômetros.
Neste período, colheram 23 quilos de amostras do solo lunar. Às 5h12m, a escotilha do módulo lunar foi fechada, após terem de jogar fora, sobre o solo da Lua, tudo aquilo que não fosse indispensável.
Após um repouso pouco confortável, segundo os astronautas, os motores foram ativados, às 17h54m, no dia 21 de julho, quando começaram a viagem de retorno, deixando, na Lua, a parte inferior do módulo lunar. A parte superior subiu rapidamente aproximando-se do Columbia, com o qual se acoplou às 21h35m, quando, então se reencontraram com Collins. Às 2h05m, os astronautas abandonaram a parte superior do módulo lunar que entrou em órbita ao redor da Lua.
Reentrada
Às 4h57m, a Columbia escapou do campo de atração lunar. Na quinta feira, 24 de julho, às 16h20m, o veículo largou o módulo de serviço que, com uma velocidade de 11 km/s, entrou na atmosfera terrestre, num corredor de 65 km de altura. Um pouco mais acima deste corredor seria a perda da cabine no espaço e, um pouco mais abaixo, a queima, por atrito com a atmosfera. Tudo correu bem. Inverteram a cabine para que o protetor térmico ficasse na parte da frente e assim a protegesse quando da reentrada na atmosfera. Graças à frenagem intensa da atmosfera chegou à estratosfera com uma velocidade que permitiu a utilização dos dois paraquedas auxiliares e, em seguida, de três outros paraquedas maiores. A queda ocorreu no Oceano Pacífico, a 14 quilômetros do porta-aviões Hornet, em 24 de julho, às 16h50m.
Após sua chegada, os três astronautas foram envolvidos em vestimentas de isolamento biológico e embarcados em um rebocador do qual foram transportados por via aérea até Houston, onde foram colocados em quarentena durante 30 dias.
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