O medo, até certo ponto, é uma reação natural perante aquilo que desconhecemos e se expressa por variadas formas no dia a dia.
Causam-nos medo a expectativa de um acontecimento desagradável, a surpresa perante uma situação difícil que não sabemos como enfrentar, ao menos no primeiro momento.
Também a expectativa por uma resposta que talvez seja negativa pode nos provocar certo receio, que pode se transformar em ansiedade controlada.
Também existem os medos de fantasmas, de tormentas, do escuro, da água ou do fogo que, quase sempre, são resultado do período infantil e que ainda não conseguimos vencer.
Mas existe um outro tipo de medo. É esse receio que se agiganta e nos leva a um estado de grande ansiedade, por acontecimentos pequenos ou até de simples expectativas.
Tal estado gera taquicardias, calafrios ou suores abundantes. Tudo demonstrando um desequilíbrio psicológico.
O medo desfigura a realidade. Coisas insignificantes se agigantam e se avolumam, fazendo-nos ver muitas situações distorcidas.
No Rio de Janeiro, uma senhora muito rica precisou, certo dia, ir ao costureiro provar um vestido novo para uma festa. Seu carro estava na oficina. Ela telefonou ao marido e lhe disse:
Bem, estou saindo agora. São três horas da tarde. Vou chamar um táxi porque acho mais seguro. Deverei estar de volta em torno das seis horas. Se eu não estiver de volta até esse horário, por favor, me procure.
Ela vivia atemorizada pela violência. Temia ser assaltada, sequestrada, maltratada. Por isso, tinha todos esses cuidados.
Chamou o táxi, foi até o ateliê de alta costura, provou a roupa, conversou com amigas e retornou para casa em outro táxi.
Quando saltou do carro em frente à sua casa e deu alguns passos na direção do portão, percebeu que um homem a observava de forma estranha.
Seu coração começou a bater violentamente. Ela olhou para trás. O táxi já desaparecera na esquina. Deu mais uns passos e o indivíduo a seguiu.
Ela começou a sentir pavor. Deu meia volta, apressou o passo na direção da rua. Alguém, com certeza, haveria de vê-la e socorrê-la, salvá-la daquele homem que deveria ser um assaltante, um ladrão.
Percebeu que ele continuava atrás dela. Começou a correr. O homem também correu e gritou:
Ei, sua boba, onde é que você vai? Sou eu, seu marido!
* * *
A mais excelente terapia contra o medo e a ansiedade é a confiança em Deus, que criou a vida com objetivos elevados.
Reflexionemos com calma a respeito do medo e busquemos as suas causas, passando-as pelo crivo da razão.
Sejam, porém, de que ordem forem as causas do medo, exercitemo-nos mentalmente, nos processos para a sua eliminação.
Oremos a Deus, entregando-nos a Ele, em atitude dinâmica e nos disponhamos a enfrentar qualquer situação com pensamento otimista.
Guardemos a certeza de que Deus vela e guarda as nossas vidas.
Redação do Momento Espírita, com base em relato de
Divaldo Pereira Franco, em palestra pública no cenáculo da
Federação Espírita Brasileira, em Brasília, no dia 11 de
novembro de 2000; no cap. 11 do ivro Momentos de felicidade
e no cap. 14 do livro Momentos de iluminação, pelo Espírito
Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed
Leal.
Em 5.7.2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário