Descrição : Planta da família Menispermaceae. Abuta é o nome vulgar de várias plantas desta família. Trata-se de um arbusto trepador, de caule lenhoso e folhas longo-pecioladas, coriáceas. O Fruto composto de 36 drupas elipsóides, ou ovóides, curto-pedunculadas, contendo polpa vermelha, comestível, agradável ao paladar, envolvendo uma semente sem albúmen e de sabor amargo. É uma das plantas brasileiras que têm despertado maior atenção no mundo científico e provocado importantíssimas investigações químicas e fisiológicas, desde que pela primeira vez chegou à Europa (1688) até há pouco, levadas ao melhor termo no Museu Nacional do Rio de Janeiro.
Origem : Amazonas.
Propriedades : analgésico, antibacterial, anticonvulsivo, antiinflamatório, antileucêmico, antimalária, anti-séptico, antiespasmódico, anti-tumor, aperiente, carminativa, citotóxico, diurético, emenagogo, expectorante, febrífugo, hepatoprotetor, hipotensor, insetícvaro, piscicidal, purgativo, estimulante, estomático, tônico.
Indicações : decocção da casca, uso externo: inflamação dos olhos e analgésico dental, contusões; reumatismo; orquites crônicas;
- decocção da raiz, uso interno: cólicas menstruais, contraceptiva e na gestação atrasada, febres intermitentes, cálculos renais, diurética. Cólicas que podem aparecer durante o sobreparto, menstruação difícil e supressão dos lóquios. Eficaz contra as más digestões, acompanhadas de dores de cabeça, prisão de ventre e tonturas. Sono após as refeições. Hidropisias e nos corrimentos blenorrágicos.
- infusão das folhas: diurético, carminativo, digestão difícil, menstruações difíceis, cólicas uterinas, reumatismo, fígado;
- Raiz e casca do tronco, por decocção: tônica e afrodisíaca.
Principios Ativo : amido, abutina, metilamina, dimetilamina, pirrol, pelosina; alcalóides, ácido araquídeo, beberina, berberina, bulbocapnine, cissamine, cissampareine, corytuberine, curine, 4-methylcurine, cyclanoline, cycleanine, dicentrine, dehydrodicentrine, dimethyltetrandrinium, óleo essencial, grandirubrine, hayatine, hayatinine, insularine, isochondodendrine, isomerubrine, laudanosine, ácido linoléico, magnoflorine, menismine, norimeluteine, nem-ruffscine, nuciferine, pareirine, alcalóide pareirubrine, pareitropone, quercitol, ácido esteárico, tetrandrine.
Modo de Usar :decocção da casca para uso externo;
- decocção da raiz para cataplasma e usos internos.
- infusão das folhas, uso interno.
- decocção de 10 a 15g de raiz e cascas do tronco em litro de água. Beber quatro ou cinco xícaras ao dia.
- infusão das folhas: diurético, carminativo, digestão difícil, menstruações difíceis, cólicas uterinas, reumatismo, fígado. Raiz e casca do tronco, por decocção: tônica e afrodisíaca.
Toxicologia : a pelosina reduz os batimentos cardíacos, podendo levar à morte, hoje é sucedâneo do quinina. Em dose elevada pode provocar aborto. É planta tóxica, conforme a zona do país, entra na composição do notável veneno indígena curare, hoje muito bem reputado na farmacopeia universal". A propósito da Abutua--do-Amazonas, (Cocculos Amazonum M.) elucida o mesmo autor: "É planta tóxica; o extrato da casca do caule tem por efeito a paralisação dos vasos sanguíneos, diminuindo a tensão do sistema arterial, de modo a fazer cessar o movimento rítmico e circular do sangue (Lacerda).
Fonte: http://www.plantasquecuram.com.br/ervas/indice.html