Existem fatos e fatos. E premonições, também. E foi isso que o escritor brasileiro Monteiro Lobato, ainda em 1926, ao escrever um romance onde previa a eleição de um presidente negro nos Estados Unidos. Se no III Milênio foi uma suprresa, imagine isso na década de 20, onde o racismo era inquestionável. (Ainda hoje é, também). Por isso, Lobato foi acusado de racismo, com acusações sem fundamentos, ao "ridicularizar" a raça negra, ao eleger um homem de cor para presidente do já mais importante país.
O título do livro é "O presidente negro e o choque das raças" -, inicialmente na forma de folhetim, nas páginas do jornal carioca "A Manhã". O subtítulo era "Romance americano do ano de 2228", ou seja, o autor errou em 220 anos, mas só a idéia de uma América ter um presidente negro já bastaria então para classificar a obra no gênero ficção científica. A obra foi relançada recentemente pela editora Globo).
À época, Lobato também escreveu: "Desde já asseguro uma coisa: será novela única no gênero. Ninguém lhe dará nenhuma importância no momento, 1926, julgando-a pura obra de imaginação fantasista. Mas um dia a humanidade se assanhará diante das previsões do escritor, e os cientistas quebrarão a cabeça no estudo de um caso, único no mundo, de profecia integral e rigorosa até os mínimos detalhes".
Premonitoriamente o autor também previu "um futuro onde os jornais não são lidos no seu formato tradicional em papel, mas em monitores luminosos existentes em cada casa. E onde um tipo de radiotransmissão de dados possibilitam realizar tarefas sem a necessidade de se deslocar para o trabalho. Em contrapartida, a sociedade branca: engendra um plano diabólico, a estrelização dos indivíduos de raça negra, camuflada num processo de... alisamento de cabeços". Isso muitoantes da invenção da chapinha, o alisamento japonês,etc. E, mais estranho ainda, ano passado, de forma muito sutil, alguns produtores de cosméticos foram obrigados a mudar a composição de suas fórmulas, que continham componentes que prejudicavam as mulheres que desejavam engravidar.
Nada estranho, quando nos anos 70, no Brasil, muitas indústrias de medicamento, dos EUA, distribuíram medicação grátis nas favelas do Rio, São Paulo e sobretudo Bahia, que causava estirilização (diminuir a pobreza, alegaram algumas autoridades!) e até mesmo câncer. Como também hoje em dia fazem na África (e no Brasil, ainda?).
Mas além de ter premonição, Lobato também tinha um 'quê' de racista, defendendo a superioridade da raça branca (embora ele mesmo, descendente de negro) defendendo a eugenia de Gustave Le Bon: uma sociedade sem deficientes, ordeira, onde o branco dominava; e pior ainda, defendia a escravidão em meados do século XIX, quando não fazia mais que dar voz ao pensamento dominante de seu tempo.
Na época Lobato era funcionário brasileiro em serviço nos EUA, lá escreveu este romance em apenas 3 semanas, para ganhar "sacos de dólares", mas não conseguiu editor por longo tempo. E numa carta a Godofredo Rangeu, lamentoso: "Meu romance não encontra editor. Acham-no ofensivo à dignidade americana. Errei vindo cá tão cedo. Devia ter vindo no tempo em que eles linchavam os negros".
Ou seja, hoje, o Lobato que seria linchado em praça pública por seu racismo e servilismo aos EUA!
O título do livro é "O presidente negro e o choque das raças" -, inicialmente na forma de folhetim, nas páginas do jornal carioca "A Manhã". O subtítulo era "Romance americano do ano de 2228", ou seja, o autor errou em 220 anos, mas só a idéia de uma América ter um presidente negro já bastaria então para classificar a obra no gênero ficção científica. A obra foi relançada recentemente pela editora Globo).
À época, Lobato também escreveu: "Desde já asseguro uma coisa: será novela única no gênero. Ninguém lhe dará nenhuma importância no momento, 1926, julgando-a pura obra de imaginação fantasista. Mas um dia a humanidade se assanhará diante das previsões do escritor, e os cientistas quebrarão a cabeça no estudo de um caso, único no mundo, de profecia integral e rigorosa até os mínimos detalhes".
Premonitoriamente o autor também previu "um futuro onde os jornais não são lidos no seu formato tradicional em papel, mas em monitores luminosos existentes em cada casa. E onde um tipo de radiotransmissão de dados possibilitam realizar tarefas sem a necessidade de se deslocar para o trabalho. Em contrapartida, a sociedade branca: engendra um plano diabólico, a estrelização dos indivíduos de raça negra, camuflada num processo de... alisamento de cabeços". Isso muitoantes da invenção da chapinha, o alisamento japonês,etc. E, mais estranho ainda, ano passado, de forma muito sutil, alguns produtores de cosméticos foram obrigados a mudar a composição de suas fórmulas, que continham componentes que prejudicavam as mulheres que desejavam engravidar.
Nada estranho, quando nos anos 70, no Brasil, muitas indústrias de medicamento, dos EUA, distribuíram medicação grátis nas favelas do Rio, São Paulo e sobretudo Bahia, que causava estirilização (diminuir a pobreza, alegaram algumas autoridades!) e até mesmo câncer. Como também hoje em dia fazem na África (e no Brasil, ainda?).
Mas além de ter premonição, Lobato também tinha um 'quê' de racista, defendendo a superioridade da raça branca (embora ele mesmo, descendente de negro) defendendo a eugenia de Gustave Le Bon: uma sociedade sem deficientes, ordeira, onde o branco dominava; e pior ainda, defendia a escravidão em meados do século XIX, quando não fazia mais que dar voz ao pensamento dominante de seu tempo.
Na época Lobato era funcionário brasileiro em serviço nos EUA, lá escreveu este romance em apenas 3 semanas, para ganhar "sacos de dólares", mas não conseguiu editor por longo tempo. E numa carta a Godofredo Rangeu, lamentoso: "Meu romance não encontra editor. Acham-no ofensivo à dignidade americana. Errei vindo cá tão cedo. Devia ter vindo no tempo em que eles linchavam os negros".
Ou seja, hoje, o Lobato que seria linchado em praça pública por seu racismo e servilismo aos EUA!
Nenhum comentário:
Postar um comentário