Você seria capaz de recordar as frases que lhe foram ditas na infância e o influenciaram negativamente? Isto é, aquelas frases que fizeram com que você se sentisse mal, quase um zero à esquerda?
É possível que alguns de nós recordemos de uma ou outra que fizeram a nossa infelicidade infantil. E se as recordamos, ainda hoje, passada a infância e adolescência, é porque verdadeiramente nos marcaram.
Pois bem. Quantas vezes, como pais, dizemos aos filhos aquelas coisas mesmas que tanto mal nos fizeram.
A frase: Como é que você pode ser tão burro! é uma delas.
De consequências desastrosas para o autoconceito da criança, põe em dúvida, de forma muito clara, a sua capacidade.
Afinal burro está associado ao incapaz, ao que não consegue fazer as coisas direito.
Ao duvidar da habilidade do filho, os pais lhe passam a sensação de incompetência, que pode acompanhá-lo para a vida toda.
Além do que, se abraçar o conceito, a criança poderá passar a se comportar como tal. Tornar-se, de forma proposital, ainda que inconsciente, o incapaz que sugerem que ela seja.
A frase é pronunciada nos momentos mais nevrálgicos do relacionamento entre pais e filhos.
A mãe entra na sala e descobre o pequeno pendurado na janela. Ela já lhe falou, pela suas contas, mais de mil vezes, para não subir. Assustada, com medo, ela corre, puxa o pequeno para dentro e larga a frase, acrescentando:
Já não lhe falei? Você não consegue aprender?
Melhor do que tal explosão, seria tornar a explicar à criança o perigo que ela corre repetindo aquele gesto.
Se contarmos até dez, dominarmos o nosso medo, com habilidade poderemos tirar a criança do perigo e lhe dizer:
Janela não foi feita para subir.
Colocamos os limites, sem agredir. Falamos da realidade da janela e dos perigos que ela representa, sem descer à questão da capacidade do pequeno em julgar se pode ou não subir ali sem problema.
É interessante considerar que todos almejamos que nossos filhos progridam e somos nós mesmos os que lhes colocamos obstáculos, criando-lhes situações plenamente dispensáveis.
* * *
Educar é tarefa que requer esforço desde que nós mesmos ainda estamos um pouco longe de sermos educados.
Comecemos por nos educar a fim de que a educação dos nossos filhos se dê em clima de segurança, amor e respeito.
Lembremos que a missão de pais é um dever muito grande, que implica, mais do que pensamos, nossa responsabilidade para o futuro.
E verifiquemos que Deus deu à criança uma organização débil e delicada, para facilitar a tarefa dos pais, tornando-a mais acessível a todas as impressões.
Redação do Momento Espírita.
Em 04.06.2010.
É possível que alguns de nós recordemos de uma ou outra que fizeram a nossa infelicidade infantil. E se as recordamos, ainda hoje, passada a infância e adolescência, é porque verdadeiramente nos marcaram.
Pois bem. Quantas vezes, como pais, dizemos aos filhos aquelas coisas mesmas que tanto mal nos fizeram.
A frase: Como é que você pode ser tão burro! é uma delas.
De consequências desastrosas para o autoconceito da criança, põe em dúvida, de forma muito clara, a sua capacidade.
Afinal burro está associado ao incapaz, ao que não consegue fazer as coisas direito.
Ao duvidar da habilidade do filho, os pais lhe passam a sensação de incompetência, que pode acompanhá-lo para a vida toda.
Além do que, se abraçar o conceito, a criança poderá passar a se comportar como tal. Tornar-se, de forma proposital, ainda que inconsciente, o incapaz que sugerem que ela seja.
A frase é pronunciada nos momentos mais nevrálgicos do relacionamento entre pais e filhos.
A mãe entra na sala e descobre o pequeno pendurado na janela. Ela já lhe falou, pela suas contas, mais de mil vezes, para não subir. Assustada, com medo, ela corre, puxa o pequeno para dentro e larga a frase, acrescentando:
Já não lhe falei? Você não consegue aprender?
Melhor do que tal explosão, seria tornar a explicar à criança o perigo que ela corre repetindo aquele gesto.
Se contarmos até dez, dominarmos o nosso medo, com habilidade poderemos tirar a criança do perigo e lhe dizer:
Janela não foi feita para subir.
Colocamos os limites, sem agredir. Falamos da realidade da janela e dos perigos que ela representa, sem descer à questão da capacidade do pequeno em julgar se pode ou não subir ali sem problema.
É interessante considerar que todos almejamos que nossos filhos progridam e somos nós mesmos os que lhes colocamos obstáculos, criando-lhes situações plenamente dispensáveis.
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Educar é tarefa que requer esforço desde que nós mesmos ainda estamos um pouco longe de sermos educados.
Comecemos por nos educar a fim de que a educação dos nossos filhos se dê em clima de segurança, amor e respeito.
Lembremos que a missão de pais é um dever muito grande, que implica, mais do que pensamos, nossa responsabilidade para o futuro.
E verifiquemos que Deus deu à criança uma organização débil e delicada, para facilitar a tarefa dos pais, tornando-a mais acessível a todas as impressões.
Redação do Momento Espírita.
Em 04.06.2010.
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