Depois da era Cristã, os romanos já consumiam as amêndoas adoçadas com o mel e já era costume consumir este delicioso doce em casamentos.
As amêndoas com açúcar surgiram com as freiras e eram oferecidas em lindas cestas e mosaicos.
De origem árabe, o marzipã surgiu pela primeira vez na Europa durante o século XIII. Consistia de um pequeno doce confeccionado com amêndoas, água de rosas e açúcar.
A receita mais antiga de marzipã foi encontrada na primeira obra de receitas renascentistas de Platina de Cremona, escritor humanista que viveu durante muito tempo na corte papal em 1450. Nela, o autor descreve algumas receitas rústicas, entre elas um doce chamado "Caliscionis".
O "Caliscionis" era uma espécie de raviole grosso (frito ou assado), feito com massa folhada e recheado com marzipã. Mais tarde, este mesmo doce passou a ser confeccionado em Nápoles sob o nome de "Calzone", em uma versão salgada e em "Aix-en-Provence", na França, só que neste caso, tratava-se de uma massa mais dura cortada em pequenos losangos e recheada com amêndoas, flor de laranjeira e açúcar (muito parecida com a versão original árabe do marzipã).
Muito parecido com o "Caliscionis", também, era o "Sosamelis", uma massa folhada feita com ovos, farinha, açúcar, água de rosas e muita canela, criada por Cristoforo de Messisbugo, "escultor", nomeação atribuída a sua importância como mestre na cozinha renascentista, da corte de Platino Carlos V, em 1533.
Segundo um manuscrito escrito em 1530, em Lubecca, no ano de 1407, o marzipã era produzido em grande quantidades, mas, ao contrário do método clássico de confecção, o "Marzipã de Kónigsberg", como era conhecido, era primeiramente modelado, chamuscado e, somente depois, coberto por um glacê feito com água de rosas e frutas cristalizadas.
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