Ruy Barbosa foi um dos homens mais brilhantes de seu tempo.
Como jurista, político, diplomata, escritor e orador, deixou sua contribuição ao povo brasileiro de uma forma toda especial.
Um dos intelectuais mais sábios de seu tempo, foi um dos organizadores da República e coautor da Constituição da Primeira República juntamente com Prudente de Morais.
Ruy Barbosa trabalhou na defesa do Federalismo e do Abolicionismo e na promoção dos direitos e garantias individuais.
Em especial, sua noção a respeito de Pátria e de patriotismo é verdadeiro tesouro que temos na literatura brasileira. E que merece ser melhor estudado.
Eis um breve extrato de texto seu a respeito do tema:
A Pátria não é ninguém: são todos. E cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação.
A Pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo: é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade.
Os que servem são os que não invejam, os que não infamam, os que não conspiram, os que não sublevam, os que não desalentam, os que não emudecem, os que não se acobardam, mas resistem, mas ensinam, mas esforçam, mas pacificam, mas discutem, mas praticam a justiça, a admiração, o entusiasmo.
Porque todos os sentimentos grandes são benignos, e residem originariamente no amor.
No próprio patriotismo armado, o mais difícil da vocação, e a sua dignidade, não está no matar, mas no morrer.
A guerra, legitimamente, não pode ser o extermínio, nem a ambição: é simplesmente a defesa. Além desses limites, seria um flagelo bárbaro, que o patriotismo repudia.
* * *
Será que estamos servindo nossa Pátria?
Será que não estamos nos perdendo, por vezes, na pura e maldosa difamação do país?
Em muitas situações, trazemos o vício da maledicência também para as questões envolvendo o desenvolvimento de nosso Brasil.
Fala-se mal por falar mal e pronto. Critica-se, acidamente, sem apresentar soluções, como se o país fosse um caso perdido da história humana na Terra.
Os que servem são os que não difamam e também os que não desalentam, pois enxergam nos outros brasileiros seus irmãos de caminhada.
Estamos juntos, num mesmo contexto político-social, por uma razão especial. Nascemos onde precisamos nascer, seja por compromisso com esta terra ou por missão bendita, que nos coloca a serviço do bem em solo brasileiro.
Os que não emudecem são os que fazem sua parte, seus deveres de cidadão consciente, e só assim exigem seus legítimos direitos.
Não se acobardam diante das lutas, dos desafios frequentes e necessários, pois sabem que toda vitória exige estudo, trabalho e dedicação.
Por isso ensinam... Ensinam o amor nos lares e nas ruas: amor à família, ao próximo, ao Brasil.
Os que servem à Pátria são os que pacificam a si mesmos, tornando-se missionários do amor, do entendimento, como um Ruy Barbosa, como um Ildefonso Pereira Correia, um Chico Xavier, e tantos outros.
Será que estamos servindo nossa Pátria?
Pensemos nisso...
Redação do Momento Espírita com base no livro Obras
completas de Ruy Barbosa, tomo 1, ed. Baraúna.
Em 20.04.2012.
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