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O Design contemporâneo transmite quase sempre uma imagem do bonzinho e bem comportado. As vezes até enjoa a sua opção politicamente correta por obedecer as regras estabelecidas pela academia e pela opção defensiva-apelativa das industrias dos objetos de uso. Regras do mercado e do lucro. Enquanto isso os designers independentes penam para sobreviver nesse capitalismo selvagem, opressivo e planetario. Existe até uma chamada “teoria do Design” ou “do produto” para definir as regras do bom comportamento e do sucesso do produto. Tudo tem que ser bem desenvolvido, definido, correto, vendido, propagado, aceitavel e por vai a coisa. Ninguem se revolta, pouquissimos negam as regras e poucos verdadeiramente ousam. Todos querem fazer diferente do que os outros fazem, por uma questão puramente egocentrica e baseada em visões pessoais equivocadas. Outros vão além e fazem do Design uma atividade de espetáculo teatral ou arte conceitual; dá no mesmo.
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São os velhos jargões que aprendemos e que até hoje são sustentados pelos academicos “bem comportados” da turma do Design certinho.
Mas o lance é que o Design é uma atividade humana tão ampla que não fica só no limite dos usados jargões e então o erro fica amigo do acerto, a beleza é amante da feiura e a loucura tem como companheiro o siso.
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As imagens dizem tudo. Quer dizer, quase tudo, porque confundem mesmo...
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Perfeita a sua crítica ao design contemporâneo. Essa visão vesga dos designers da moda, aliás, não é, infelizmente, uma deformação restrita ao setor. Infecta todas as áreas que lidam com a criação, inclusive as artes. Pobre do artista que ainda acredita na liberdade artistica. Ou melhor, pobre da Humanidade que já não sintoniza a magia da criação que os verdadeiros artistas captam com suas antenas sensibilíssimas.
ResponderExcluirE os efeitos colaterais desse movimento "mesmicista", estático é, creio, a esterilização em massa de profissionais criativos e pepnsantes em todo mercado de trabalho. Como é difícil hoje em dia encontrar, por exemplo, um médico que exerça a medicina. Servidos por sem-número de equipamentos e exames sofisticadíssimos, o medico distancia-se cada dia mais do paciente ao abandonar, por demodé (tanto quanto a própria palavra demodé), os instrumentos amais simples e poderosos de que sempre dispôs: a observação e a sensibizidade. Examinar os olhos do paciente, por exemplo, e poder descobrir na hora que ele está sofrendo de anemia profunda deve ter se tornado uma prática antiestética, de mau gosto, o supra sumo da cafonice. Melhor pedir um hemograma completo e adiar e encarecer o diagnóstico, porque é muito mais chique, né?
Enfim, essa uma questão complexa demais para ser tratada num comentário de postagem.
Obrigado pelo texto oportuníssimo - e pela ilustração com essas magníficadas peças do Michel, deliciosmente surpreendente, transgressor, surrealista.
Um abraço
Simplesmente amei seu Post falando da Madonna minha diva e a influência de Leonora Carrington em seu clipe, amei demais essa leitura do clipe, espero que Maddie um dia veja hehehehe, ficou perfeito !!
ResponderExcluirEstava procurando por Leonora e caí aqui...ótima surpresa!!
parabéns, seu blog tem muito conteúdo de qualidade.
Tuca, adoramos seu comentário...
ResponderExcluirEle completa nosso post e mostra que há pessoas inteligentes na internet... rs
Nós é que agradecemos seu comentário!!!
Abraxos
Obrigado Malu!!!
ResponderExcluirFicamos felizes que tenha gostado!!!
Volte sempre!!!