quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Por que mulheres e crianças têm prioridade em situações de emergência?


por Fred Linardi


“Em situações de emergência, crianças e mulheres são os mais propensos a sofrer abusos e explorações”, explica Halim Antônio Girade, coordenador da área de emergências da Unicef no Brasil. “Pessoas desse grupo são os primeiros a perder seus direitos em condições extremas, assim como os idosos, que também devem receber atendimento prioritário”. Um incidente que ilustra bem este problema é o furacão Katrina, que alagou a cidade de Nova Orleans, EUA, em 2005. Nos abrigos, mesmo abarrotados de gente, muitas mulheres sofreram abuso sexual. Já em países com guerras civis, é comum treinar crianças para entrar na guerrilha. Para manter os direitos deste grupo de pessoas, teoricamente mais frágeis e dependentes, existe a Declaração sobre a Proteção da Mulher e da Criança em Estados de Emergência e de Conflitos Armados, criada pela ONU em 1974 - o texto é reforçado pela Convenção sobre os Direitos da Criança, de 1989. No Brasil, a prioridade de atendimento em situações emergenciais é sempre de crianças, adolescentes e grávidas - por carregar uma criança no ventre. Só então é a vez de mulheres e idosos.


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