A fome anda de mãos dadas com os quilos a mais. E não só porque se ingere mais comida, como você vai ver a seguir
por Thais Cavalheiro
Você leva a primeira garfada à boca e começa a mastigar. Que delícia! O prazer de saborear um bom prato, porém, faz acelerar o ritmo da comilança. Eis a grande armadilha: não esperar pelo menos 20 minutinhos para que o cérebro entenda que você já está satisfeito. Só quando cai a ficha lá na massa cinzenta, é que entra em cena o PYY, o hormônio da saciedade. “Está mais do que comprovado: quem mastiga com calma, em vez de encarar as refeições como um rali de velocidade, certamente come porções menores”, informa o pesquisador Hiroyasy Isso, que investiga assuntos relacionados à obesidade no Departamento de Medicina da Universidade de Osaka, no Japão.
Em outras palavras, é uma questão de comportamento, conforme aponta seu estudo. Juntamente com seus colegas de equipe, Hiroyasy Isso recrutou 1.122 homens e 2.165 mulheres com idades entre 30 e 69 anos. Passou, então, a indagar sobre seus hábitos à mesa, levando em conta também o índice de massa corporal de cada um deles. Os estudiosos descobriram que praticamente a metade dos varões e um pouco mais da metade das voluntárias só paravam de comer após se sentirem completamente saciados. Em comum, eles compatilhavam este perfil: eram o que se pode chamar de comedores rápidos.
A etapa seguinte foi comparar esses dois grupos com os participantes que não iam com tanta sede ao pote, por assim dizer. Resultado: os homens e as mulheres que comeram até não ter mais um pingo de vontade tinham duas vezes mais probabilidade de chegar ao sobrepeso. Esse risco aumentava três vezes entre os que comiam até a satisfação total e ainda por cima o faziam rapidamente. “A combinação desses dois tipos de comportamento têm efeito considerável no ganho de peso”, conta Isso.
Nem só as atitudes à mesa, no entanto, explicam essa relação. “Sabemos que há um mecanismo genético que nos leva a comer além da conta como forma de garantir um suprimento de energia enquanto ela está disponível”, continua o cientista japonês. E ele finaliza: “Também contribui para o consumo desnecessário de calorias o fato de que muita gente hoje em dia come distraído, sem prestar atenção no que está pondo no prato.”
Bem, se você se identifica com esses casos, compare seu comportamento à mesa com o dos seus amigos ou familiares e responda francamente:
1. Você continua mordiscando petiscos ou pães do couvert depois de terminar a refeição só para acompanhar os outros?
2. Você mantém guloseimas à vista no escritório ou na sala de casa?
Bem, responder sim a uma só pergunta já indica que é preciso mudar de comportamento, sob pena de disparar o ponteiro da balança ladeira acima. E quanto ao peso da genética nessa história, ninguém aqui vai subestimá-la, mas já se sabe que o estilo de vida é capaz de ativar no nosso corpo os genes que previnem várias doenças – a obesidade entre elas. Mais um motivo para adotar hábitos saudáveis!
por Thais Cavalheiro
Você leva a primeira garfada à boca e começa a mastigar. Que delícia! O prazer de saborear um bom prato, porém, faz acelerar o ritmo da comilança. Eis a grande armadilha: não esperar pelo menos 20 minutinhos para que o cérebro entenda que você já está satisfeito. Só quando cai a ficha lá na massa cinzenta, é que entra em cena o PYY, o hormônio da saciedade. “Está mais do que comprovado: quem mastiga com calma, em vez de encarar as refeições como um rali de velocidade, certamente come porções menores”, informa o pesquisador Hiroyasy Isso, que investiga assuntos relacionados à obesidade no Departamento de Medicina da Universidade de Osaka, no Japão.
Em outras palavras, é uma questão de comportamento, conforme aponta seu estudo. Juntamente com seus colegas de equipe, Hiroyasy Isso recrutou 1.122 homens e 2.165 mulheres com idades entre 30 e 69 anos. Passou, então, a indagar sobre seus hábitos à mesa, levando em conta também o índice de massa corporal de cada um deles. Os estudiosos descobriram que praticamente a metade dos varões e um pouco mais da metade das voluntárias só paravam de comer após se sentirem completamente saciados. Em comum, eles compatilhavam este perfil: eram o que se pode chamar de comedores rápidos.
A etapa seguinte foi comparar esses dois grupos com os participantes que não iam com tanta sede ao pote, por assim dizer. Resultado: os homens e as mulheres que comeram até não ter mais um pingo de vontade tinham duas vezes mais probabilidade de chegar ao sobrepeso. Esse risco aumentava três vezes entre os que comiam até a satisfação total e ainda por cima o faziam rapidamente. “A combinação desses dois tipos de comportamento têm efeito considerável no ganho de peso”, conta Isso.
Nem só as atitudes à mesa, no entanto, explicam essa relação. “Sabemos que há um mecanismo genético que nos leva a comer além da conta como forma de garantir um suprimento de energia enquanto ela está disponível”, continua o cientista japonês. E ele finaliza: “Também contribui para o consumo desnecessário de calorias o fato de que muita gente hoje em dia come distraído, sem prestar atenção no que está pondo no prato.”
Bem, se você se identifica com esses casos, compare seu comportamento à mesa com o dos seus amigos ou familiares e responda francamente:
1. Você continua mordiscando petiscos ou pães do couvert depois de terminar a refeição só para acompanhar os outros?
2. Você mantém guloseimas à vista no escritório ou na sala de casa?
Bem, responder sim a uma só pergunta já indica que é preciso mudar de comportamento, sob pena de disparar o ponteiro da balança ladeira acima. E quanto ao peso da genética nessa história, ninguém aqui vai subestimá-la, mas já se sabe que o estilo de vida é capaz de ativar no nosso corpo os genes que previnem várias doenças – a obesidade entre elas. Mais um motivo para adotar hábitos saudáveis!
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