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Por Alexandre Rossi
É impressionante o poder que o som "clique" pode ter. Ainda pouco conhecido no Brasil, o método de ensinar animais com a ajuda de clicadas, conhecido como Clicker, conquista cada vez mais entusiastas. "É a forma mais carinhosa e divertida de adestrar", afirma o zootecnista e adestrador Alexandre Rossi, clicador há mais de dez anos e autor do livro Adestramento Inteligente, no qual aborda o assunto.
Ele se refere à extraordinária motivação que esse método consegue provocar. Premiação intensiva feita de um jeito peculiar e ausência de estímulos negativos, como o "não" repreensivo e trancos de guia, diferenciam essa técnica das demais.
"Durante as aulas no método Clicker não se usa a menor repreensão com o animal - ele simplesmente opta por ganhar o máximo de recompensas fazendo o que desejamos e deixando de lado o que não queremos", resume o adestrador norte-americano Gary Wilkes.
Até para o animal entender uma posição que o treinador quer ensinar - sentado ou deitado, por exemplo - não se puxam guias nem se pressionam partes do corpo.
O resultado dessa completa ausência de reprimendas e coerções, as sociada à alta expectativa de premiação, é o animal ficar muito motivado para o aprendizado.
Esse método introduz o clique como elemento-chave da motivação: um som curto e seco que se destaca entre os demais no ambiente, como o disparo de uma máquina fotográfica.
Trata-se de um reforço condicionado associado às recompensas mais desejadas, aquelas que mais proporcionem satisfação ao animal.
O mérito do Clicker é que seu clique-prêmio funciona nas mais diferentes situações. Peixes, aves e mamíferos, dóceis ou agressivos, desde o menor animal doméstico ao maior ser encontrado na natureza, todos aprendem mais depressa com as clicadas. As ovelhas, gansos, cães e o porco do filme Babe, um Porquinho Atrapalhado foram adestrados com esse método por Karl Lewis Miller, que também clicou para o cão São Bernardo do filme Beethoven e uma centena de hamsters que atuaram em O Professor Aloprado.
Nos Estados Unidos, muitos dos mais renomados adestradores já utilizam o clique.
O pioneiro visando à obediência e ao convívio entre donos e cães foi Gary Wilkes, em 1987.
Hoje dezenas de milhares de cães são treinados com o Clicker naquele país.
Além de adestramento básico, aprendem o avançado Schutzhund, esportes como o Agility, trabalhos como buscar e resgatar em desastres e acompanhar deficientes físicos.
Até o exército, referência mundial no uso de técnicas de adestramento, está interessado no método. "Ensinei cinco profissionais do Centro de Treinamento Canino do Exército Americano a adestrar para patrulhamento e detecção de bombas", exemplifica Gary Wilkes. "Acredito que até o fim desta década a grande maioria dos treinadores de cães terá adotado o método Clicker", prevê Morgan Spector, autor do livro Clicker Training For Obedience (Treinamento de Clicker para Obediência), considerado um guia completo sobre Clicker. "Os novos adestradores tendem a aderir ao método atraídos pela descontração das aulas."
Por Alexandre Rossi
É impressionante o poder que o som "clique" pode ter. Ainda pouco conhecido no Brasil, o método de ensinar animais com a ajuda de clicadas, conhecido como Clicker, conquista cada vez mais entusiastas. "É a forma mais carinhosa e divertida de adestrar", afirma o zootecnista e adestrador Alexandre Rossi, clicador há mais de dez anos e autor do livro Adestramento Inteligente, no qual aborda o assunto.
Ele se refere à extraordinária motivação que esse método consegue provocar. Premiação intensiva feita de um jeito peculiar e ausência de estímulos negativos, como o "não" repreensivo e trancos de guia, diferenciam essa técnica das demais.
"Durante as aulas no método Clicker não se usa a menor repreensão com o animal - ele simplesmente opta por ganhar o máximo de recompensas fazendo o que desejamos e deixando de lado o que não queremos", resume o adestrador norte-americano Gary Wilkes.
Até para o animal entender uma posição que o treinador quer ensinar - sentado ou deitado, por exemplo - não se puxam guias nem se pressionam partes do corpo.
O resultado dessa completa ausência de reprimendas e coerções, as sociada à alta expectativa de premiação, é o animal ficar muito motivado para o aprendizado.
Esse método introduz o clique como elemento-chave da motivação: um som curto e seco que se destaca entre os demais no ambiente, como o disparo de uma máquina fotográfica.
Trata-se de um reforço condicionado associado às recompensas mais desejadas, aquelas que mais proporcionem satisfação ao animal.
O mérito do Clicker é que seu clique-prêmio funciona nas mais diferentes situações. Peixes, aves e mamíferos, dóceis ou agressivos, desde o menor animal doméstico ao maior ser encontrado na natureza, todos aprendem mais depressa com as clicadas. As ovelhas, gansos, cães e o porco do filme Babe, um Porquinho Atrapalhado foram adestrados com esse método por Karl Lewis Miller, que também clicou para o cão São Bernardo do filme Beethoven e uma centena de hamsters que atuaram em O Professor Aloprado.
Nos Estados Unidos, muitos dos mais renomados adestradores já utilizam o clique.
O pioneiro visando à obediência e ao convívio entre donos e cães foi Gary Wilkes, em 1987.
Hoje dezenas de milhares de cães são treinados com o Clicker naquele país.
Além de adestramento básico, aprendem o avançado Schutzhund, esportes como o Agility, trabalhos como buscar e resgatar em desastres e acompanhar deficientes físicos.
Até o exército, referência mundial no uso de técnicas de adestramento, está interessado no método. "Ensinei cinco profissionais do Centro de Treinamento Canino do Exército Americano a adestrar para patrulhamento e detecção de bombas", exemplifica Gary Wilkes. "Acredito que até o fim desta década a grande maioria dos treinadores de cães terá adotado o método Clicker", prevê Morgan Spector, autor do livro Clicker Training For Obedience (Treinamento de Clicker para Obediência), considerado um guia completo sobre Clicker. "Os novos adestradores tendem a aderir ao método atraídos pela descontração das aulas."
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