quinta-feira, 25 de junho de 2009

Adoração a Deus


Em seu Evangelho, o apóstolo João relata, com sentimento e poesia, o encontro de Jesus com a mulher samaritana.

No longo diálogo, percebe-se que Jesus conhece a intimidade daquela alma sofredora e perturbada, enquanto ela mesma somente aos poucos vai se dando conta da condição de Jesus, à medida que ouve Suas palavras.

Acredita-O um profeta. Mas Israel tinha tantos profetas.

No desdobramento das falas, o Mestre lhe informa acerca da verdadeira adoração ao Criador, que dispensa lugares geográficos, mas que busca o íntimo das criaturas.

A mulher ouve e entende, mas não consegue perceber a autoridade naquelas palavras.

É como se ela pensasse: o que Tu me dizes é interessante, é importante mesmo, mas aguardo o Messias, o Cristo, que virá, e, quando Ele vier, nos anunciará todas as coisas.

* * *

Muitos de nós somos como a samaritana. Guardamos as palavras de Jesus na memória, sem Lhe darmos o verdadeiro crédito, como à espera de uma confirmação.

Contudo, os ensinos de Jesus seguem claros e disponíveis a todos os que os queiram entender em Espírito e Verdade.

Para o Cristo, a adoração ao Pai não é importante se dê aqui ou ali, em algum templo luxuoso, em lugar minúsculo ou em plena natureza.

Em síntese, a alma humana também compõe a natureza, e é a alma humana a que tem condições de pensar em Deus.

Por isso mesmo, não há lugar mais apropriado para a adoração ao Criador do que a intimidade do ser.

Para adorar a Deus não há necessidade de nada material: nem símbolos, nem flores, nem velas, cânticos ou palavras. Nem mesmo posturas especiais.

Basta o coração que sente e a mente que pensa, fechando o circuito entre a criatura e o Criador.

* * *

Porque a samaritana esperasse a chegada do Messias, para tudo confirmar, o Mestre apresentou-Se a ela não como mais um profeta de Israel, mas como sendo o próprio Messias esperado com tanta ansiedade: Eu o Sou, Eu que falo contigo.

Especial momento aquele, de insuperável sublimidade.

Jesus é assim mesmo: o Caminho da verdadeira vida.

Quando nos demoramos em dúvidas, ou quando damos passos indecisos, Ele se mostra de diversas maneiras, em nossas existências, afirmando-Se o Cristo de Deus, o Messias.

Eu o Sou, Eu que falo contigo.

E os que temos ouvidos de ouvir, podemos perceber-Lhe a voz terna, assegurando-nos o constante ensino.

* * *

O episódio de Jesus com a samaritana, ocorreu num mês de dezembro ou janeiro.

No Seu diálogo, Jesus selou o ensino acerca da verdadeira adoração ao Pai com estas palavras: Virá a hora em que adorareis ao Pai, não neste monte, nem em Jerusalém, mas em Espírito e Verdade, pois Deus é Espírito e os que O adoram, em Espírito e Verdade é que devem adorá-Lo.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 14 do livro
Quem é o Cristo?, pelo Espírito Camilo, psicografia de
J.Raul Teixeira, ed, Fráter.
Em 19.06.2009.

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