terça-feira, 23 de junho de 2009

SAKÊ


A bebida alcoólica está presente desde a antigüidade . Conta-se que no Egito, há 5 mil anos, Deus Osíris concedeu às pessoas o conhecimento sobre a cerveja. Na mitologia japonesa também temos as divindades Ookuninushi no mikoto e sukuna hikona no mikoto como Deuses do Sakê. Diz a história que, na segunda metade do século oito, foram admitidos em Heiankyo (atual Kioto) os encarregados de produzir sakê para o Palácio Imperial.
O sakê era uma importante oferenda nas atividades religiosas e com isso surgiu o costume de saboreá-lo nestas ocasiões. Também foi muito utilizados em festividdes ligadas à agricultura, em casamentos e despedidas. O sakê refinado tornou-se popular na Era Edo, segunda metade do século 18, e seu consumo anual foi de 1,8 milhão de tonéis, sendo que a população de Edo era de 1 milhão de pessoas. Isto implica em um consumo diário de 541,11cm³ por habitante.

Para produzir uma sakê refinado de bom sabor é necessário um arroz de qualidade, boa água, tonel também de boa qualidade como o fabricado como o pinheiro de Yoshino, um competente especialista em fabricação, temperatura propícia para a fermentação, entre outras condições. Por isso, desde a Era Edo já eram famosos os Kikumasam une de Nada (atual província de Hyogo) e Gekkeikan de Fushimi (Kioto).
Há dois tipos de sakê refinado: o karakuchizakê (sakê seco com teor alcoólico acima de dois graus) e o amakuchizakê (sakê doce). Dizem que em épocas de prosperidade, proporcionalmente à estabilidade do momento, a preferência recai sobre o karakuchi, cujo paladar não cansa o consumidor e, em épocas de recessão, passa a ser maior a procura por amakuchi, que traz saciedade com uma quantidade menor.
Parece que atualmente o amakuchizakê está em alta. Indispensável nas festividades e nas horas de lazer, o sakê era também apreciado nos comes e bebes nas platéias, durante a apresentação de teatros como o Kabuki. Inclusive hoje, os assalariados se dirigem após o expediente para beber em bares e barracas ambulantes para dissipar o estresse gerado no trabalho.

O número de mulheres que apreciam sakê também tem crescido a cada dia, inclusive sabe-se que há cada vez mais mulheres que bebem em casa, as denominadas "Kichen dorinkaa" (as que bebem na cozinha). No Brasil, com a difusão da culinária japonesa, tem aumentado o número de brasileiros que degustam o masuakê (sakê em copo quadrado) para acompanhar sushi ou sashimi. Parece que o atsukan (sakê aquecido) ainda não entrou na moda.
Dizem que a bebia alcoólica é o melhor dos remédios e , atualmente, com a informação de que o polifenol contido nos vinhos traz benefícios para a saúde, sua venda aumentou bruscamente; especialmente a importação de vinhos franceses.

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