sábado, 10 de abril de 2010

Dirigir mal pode ser genético


Cientistas da Universidade da Califórnia – Irvine descobrem relação entre um gene e a falta de habilidade ao volante.

Na verdade, trata-se de uma variação, presente em 30% da população americana, que limita a quantidade de uma proteína que atua no cérebro durante atividades.

Em pessoas sem a variante do gene, essa proteína ajuda a memória e faz com que as células do cérebro funcionem melhor. Quando uma pessoa está envolvida em algo especifico, a proteína é liberada na área do cérebro ligada àquela atividade, o que ajuda o corpo a responder aos impulsos nervosos.

Estudos anteriores já haviam mostrado que, em pessoas com a variação, uma parte menor do cérebro era estimulada. Nelas, a recuperação após um derrame também é pior. Dadas essas diferenças, os cientistas da UCI decidiram estudar o comportamento motor de indivíduos que possuem o gene variante.

Dirigir foi a atividade escolhida por ser algo comum, praticado por grande parte das pessoas, e que possui uma curva de aprendizado.

O teste consistia em dar voltas em um simulador programado com curvas bastante difíceis. O teste foi gravado e, quatro dias depois, repetido pelos mesmos 29 participantes, dos quais sete possuíam a variante do gene. Em tese, as pessoas deveriam se lembrar do percurso realizado anteriormente.

Os resultados mostraram que as pessoas com uma variação específica de um gene foram 20% pior do que pessoas sem ela e se lembraram bem menos do percurso – além de se esquecerem mais rápido do que haviam aprendido.

Os números foram confirmados no segundo teste e o estudo publicado na Cerebral Cortex.

A variante, no entanto, não é de todo ruim. Aqueles que a possuem mantém a mente afiada por mais tempo quando são afetados por doenças como Parkinson, Huntington e esclerose múltipla.

Fonte: http://info.abril.com.br/noticias/

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