sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Plantas que curam: ALHO - Allium sativum


Descrição : Herbácea com raiz constituída de pequenos dentes ou bulbinhos, de flores brancas, amarelas ou vermelhas. Aroma forte, folhas estreitas e raízes profundas. Da famíliaLiliaceae.Também conhecido como alho-comum, alho-da-horta, alho-hortense, alho-manso. O alho é uma planta perene, com um caule florido, ereto e alto que pode chegar a quase 1 metro de altura. A planta produz flores de cores rosa-clara até a roxa, que flores­cem no início do verão. A colheita do alho é geralmente feita no final do verão. O bulbo do alho é composto por folhas escamiformes (os 'dentes' de alho) que contém o odor característico do alho e é a parte comestível da planta - usado na culinária e para fins medicinais. Habitat: Originário da Ásia ocidental e Europa. História: Há cerca de 5,000 anos o alho tem sido usado medicinalmente, sendo considerado por médicos e profis­sionais de saúde uma das plantas medicinais mais versá­teis e eficazes.
O nome 'Allium' vem da palavra celta 'ali', que significa picante ou acre. O alho era considerado um artigo de troca valioso no Egito antigo, seu uso, para dar vigor e resistên­cia contra doenças aos construtores das pirâmides, foi descrito nas inscrições da grande pirâmide de Queops. Na índia era utilizado no tratamento de mordeduras de ser­pentes e para tumores abdominais. Todos os grandes físi­cos clássicos tais como Aristófanes, Dioscorides, Hipócrates e Galeno prescreveram Allium sativum L contra doenças que iam desde desordens intestinais até ao enve­lhecimento e degeneração prematura. O historiador roma­no Plínio enumera sessenta e uma doenças contra as quais o alho tinha ótimos efeitos tais como asma, distensões e dores de dentes. Os usos populares do alho são variados -já usado para o tratamento da lepra em seres humanos e até para o controle de desordens de coagulação em cavalos. Na idade média, os médicos prescreviam a erva para curar a surdez. Os índios americanos usaram o alho como um remédio para dores de ouvido, flatulência e o escorbuto. Durante a 1a. Guerra Mundial, era o antibiótico do exército inglês.

Plantio : Multiplicação: reproduz-se por dentes (parte do bulbo); Cultivo: plantio em canteiros com bastante húmus, com espaçamento de 0,25 X 0,25m. Faz-se o uso de cobertura morta para conservação da umidade. Irriga-se diariamente por infiltração; Colheita: Colhem-se os bulbos quando a planta estiver seca. Seque-os à sombra e amarre-os em réstias. Conserve-os em local seco, arejado e com pouca luz. O seu plantio deve ocorrer no smeses de março e abril, ae acolheita quando as folhas começam a ficar amareladas.

Modo de Conservar : A planta toda de ve ser arrancada, as hastes amarradas em feixes e colocadas para secar ao sol. A cabeça deve ser armazenada em ambiente seco e arejado, ao abrigo da luz solar.

Origem : Ásia Ocidental e toda a Europa.

Propriedades :amebicida, antiagregante plaquetário, antiasmática, antibiótico, antifúngica, antigripal, anti-hipertensiva, antiinflamatório, antimicrobiana, anti-reumática, anti-séptica, antitóxica intestinal, antitrombóbita, antiviral, digestiva, bactericida, bactericida intestinal, carminativa, depurativo do sangue; desinfetante, digestiva, diurética, emoliente, estimulante, excitante da mucosa estomacal, expectorante, febrífugo, hepatoprotetora, hipoglucemiante, hipolipemiante (inibe a síntese de colesterol e triglicerídeos), hipoviscosizante (reduz a viscosidade plasmática); odontálgica, rubefasciente enérgico, sudorífera, vasodilatadora periférica, vermífuga (solitária e ameba).

Princípios Ativos: ácido alfa-aminoacrílico; ácido fosfórico livre; ácidos sulfúrico; ajoeno (produzido por condensação da alicina); açúcares (fructose, glucose); alil; alil-propil; aliína (que se converte em alicina); aliinase; aminoácidos (ácido glutamínico, argenina, ácido aspártico, leucina, lisina, valina); citral; desoxialiina; dissulfeto de dialila; dissulfeto de dietila; felandreno; galantamina; geraniol; heterosídeos sulfurados; insulina; inulina; linalol; minerais (manganês, potássio, cálcio, fósforo, magnésio, selênio, sódio, ferro, zinco, cobre); nicotinamida; óleo essencial (muitos componentes sulfurosos, dentre eles: disolfuro de alil, trisolfuro de alil, tetrasolfuro de alil); óxido dialildissulfeto; polissulfeto de dialila; prostaglandinas A, B e F; proteínas; quercetina; sulfetos de vinil; trissulfeto de alila; vitaminas (A, B6, C, ácido fólico, pantotênico, niacina).
100 g de alho contém aproximadamente:
Água: 59 g;
Calorias: 149 kcal;
Lipídios: 0.5 g;
Carboidratos: 33.07 g;
Fibra: 2.1 g;
Manganês: 1672 mg;
Potássio: 401 mg;
Enxofre: 70 mg
Cálcio: 181 mg ;
Fósforo: 153 mg;
Magnésio: 25 mg;
Sódio: 17 mg;
Vitamina B-6: 1235 mg;
Vitamina C: 31 mg;
Ácido glutamínico: 0,805 g;
Argenina: 0,634 g;
Ácido aspártico: 0,489 g;
Leucina: 0,308 g;
Lisina: 0,273 g;

Indicações :acne, afecções da pele, afecções nervosa e histérica, ácido úrico, afecções genitourinárias (cistite, ureterite, uretrite, pielonefrite, urolitíase), afecções respiratórias (abscessos pulmonares, asma, bronquite, coqueluche, defluxo, enfisema, faringite, gripe, pneumonia, resfriado, tuberculose), angina, arteriopatias, arteriosclerose, artrite, calcificação das artérias, cálculo na bexiga, calos, caspa, catarro, coadjuvante em tratamentos de diabetes, cólera, colesterol alto, dermatomicose, diabetes, diarréia, difteria, distúrbios intestinais, doenças cardíacas, dores de cabeça, dores de dente, dores de ouvido (+surdez), edemas; enfermidades do fígado, dos rins e da bexiga, enxaqueca, escorbuto, esgotamento, estimulação do sistema imunológico, falta de apetite, febre, ferimentos (prego enferrujado, espinho, madeiras, vidros e materiais plásticos), gangrena pulmonar, gota, hemoptise, hemorróidas, herpes, hidropisia, hiperglicemia, hiperlipidemias, hiperqueratose, hiperuricemia, hipocondria, histeria, impingem, impurezas na pele, infecções bacterianas, infecções fúngicas, insônia, intoxicação nicotínica, manchas da pele, melancolia, menopausa, micose, nefrite, nervosismo, obesidade, palpitações cardíacas, paralisação do fígado e do baço, parasitose intestinal, paludismo, parodontopatias, picadas de insetos (coceira e dor), pressão alta, pressão baixa, prevenção de disenterias amebianas, prevenção de tromboembolismos, prisão de ventre, problemas circulatórios, retinopatia, reumatismo, rouquidão, sarda, sarnas, sensação de medo, sífilis, sinusite, tifo, tinha, tosse, triglicerídeos altos, tumores, úlceras, varizes, vermes, verrugas.

Modo de Usar - tempero de carnes, peixes, verduras, legumes; como ingrediente de sopas, suflês, bolos salgados;
- ungüentos: misturar a polpa do alho amassado em óleo de oliva. Este ungüento de ser aplicado sobre o local, protegendo-o com gaze: calos.
- insônia- esmagar um dente de alho em uma xícara de leite quente. Deixar em infusão por 10 minutos e após beber.
- cataplasma .html">cataplasma : espremer alguns dentes de alho, colocando sobre uma lã quente. Aplicar sobre a região afetada: reumatismo, tumores. Colocado ao longo da coluna espinhal e em cima do tórax de crianças, é muito útil em pneumonia; colocado em cima da região da bexiga, tem demonstrado eficácia na descarga de urina quando a retenção é devido a bexiga paralisada; Colocar sobre verrugas ou calos por 12 noites consecutivas para eliminá-los.
- decocção de alguns dentes de alho amassados em leite açúcarado. Deixar ferver por um minuto. Tomar 2 a 3 colheres ao dia: vermes;
- inflamação na garganta: um dente de alho batido, sumo de limão e uma colher de mel de abelha. Mistura-se e aplica-se na região interna da garganta;
- óleo e infusão: insônia, hipertensão, tuberculose, resfriados, tosse, bronquite, feridas infecciosas, reduz o colesterol ruim.
- maceração de um ou dois dentes de alho amassado em um copo com água. Tomar um copo três vezes ao dia: gripe, resfriado, tosse, rouquidão;
- tintura: moer uma xícara (cafezinho) de alho dentro de um recipiente contendo 5 xícara de álcool 92º GL, deixar em maceração por 10 dias, coar. Tomar 10 gotas em meio copo de água três vezes ao dia, para problemas do aparelho respiratório (gripes, etc.). Para hipertensão utilizar uma colher de chá da tintura em meio copo de água três vezes ao dia ou comer dois dentes de alho pela manhã;
- vermífugo: comer três dentes de alho pela manhã em jejum durante sete dias ou em infusão, com leite. Toma-se três ou quatro vezes ao dia.
- amassar um dente de alho em uma colher de sobremesa de azeite de oliva morno. Dores de ouvido: pingar três gotas no ouvido e tampar com algodão. Bebido combate a prisão de ventre, estimula a secreção dos sucos gástricos e intestinais, favorecendo a digestão.
- arteriosclerose: comer na alimentação 3 dentes de alho crus picados, 3 vezes por semana, durante 3 meses.
- um dente de alho grande, pica-se e coloca-se no liquidificador com um copo duplo de leite desnatado. Deixar de molho 10 minutos para então bater. Após bater, deixar repousar por alguns minutos e depois colocar no copo e tomar. Fazer isso todos os dias de preferência em jejum ou antes de dormir. Pode-se usar em lugar do leite suco de limão.
- alho assado colocado em dente cariado detém a dor;
- alho cru: 1 a 4 dentes ao dia;
- misturar partes iguais de suco de alho, óleo de amêndoas doces, glicerina. Pingado no conduto auditivo cura vários casos de surdez;
- maceração de 100 gramas de alho em 400 gramas de álcool. Tomar uma colher de média antes de dormir: problemas circulatórios;
- sarna: esfregar a parte afetada com alho triturado em azeite de oliva;
- problemas circulatórios: 10 g de tintura, três vezes ao dia;
- tomar 6 gotas ao dia de extrato fluído. Diurético: elimina líquidos corporais, em casos de reumatismo, hidropisia, edemas, e problemas na bexiga;
- tomar 7 gotas de óleo essencial ao dia: processos infecciosos do aparelho respiratório e digestivo (estimula o fígado, a vesícula e o pâncreas);
- desinfetante de mordeduras ou picaduras de animais, insetos e afecções da pele: molhar a zona afetada com uma gaze molhada em tintura de alho (doze noites consecutivas);
Receitas especiais:
A) xarope expectorante de alho e gengibre:
. Faça uma mistura de 250 ml de gengibre ralado e 250 ml de alho amassado e coloque em um litro de vidro bem limpo, ocupando aproximadamente metade do espaço;
. Adicione 100 ml de pinga, uísque ou conhaque;
. Complete com mel de abelhas deixando apenas o espaço para a rolha.
. Lacre a rolha com cera, resina ou breu e guarde em um armário escuro por cerca de seis meses.
. Tomar uma colher de sopa duas a três vezes ao dia;
B) Extrato para todos os males relacionados, especialmente para os aparelhos circulatório e respiratório e para desintoxicação:
. Bater no liquidificador 350 g de alho descascado com 250 ml de aguardente alemã;
. Colocar na geladeira, em um vidro bem tampado, por 12 dias;
. Coar em um tecido fino, espremer bem;
. Colocar em um vidro escuro ou protegido contra a luz com papel alumínio e conservar na geladeira;
. Após mais dois dias, colocar parte em um recipiente conta-gotas de mais ou menos 50 ml (conservar também na geladeira. Ao acabar o conteúdo do conta-gotas, higienizá-lo e enchê-lo novamente, repetindo este procedimento até acabar todo o produto);

Toxicologia : Contra indicado para pessoas com problemas estomacais e de ílceras. Inconveniente para recém-nascidos e mães em amamentação e, ainda em pessoas com dermatites. Em doses elevadas pode provicar a dor de cabeça, de estomago, dos rins e até tonturas.

Efeitos colaterais e precauções: Em altas doses, pode causar irritação gástrica, náuseas e odor no hálito e na pele. Embora o alho seja usado exten­sivamente para finalidades culinárias com essencialmen­te nenhum efeito colateral, a segurança do uso de extratos concentrados por um período prolongado é desconhecida. A ingestão de uma dose única de 25 ml do extrato fresco. Não há nenhum estudo que tenha avaliado o efeito do alho e seus extratos em pessoas que requerem um controle restrito da glicose no sangue, mas o potencial para interações sérias deve ser lembrado.

Aromaterapia : repelente de morcegos e mosquitos.

Farmacologia do alho.

Posologia: Dosar o alho é complicado devido a sua volatilidade e a instabilidade dos componentes importantes e por causa de produtos como "alho desodorizado," extratos "envelheci­dos", e óleos destilados.
As doses de bulbos frescos usados nos ensaios clínicos para o hiperiipidemia ou ateroesclerose variam entre 2 a 4 g/dia e o consumo diário de 2 a 12 mg de aliei na também foi proposto.
Porque o alho é um género alimentício extensamente con­sumido, sua dosagem permanecerá uma questão de tole­rância pessoal.
Óleo de alho: 0,03 a 0,12ml até 3 vezes ao dia. Extrato seco: 100 a 250mg por supositório para oxiúros. Tintura: 2 a 4ml até 3 vezes ao dia diluídos em água. 2 a 3 dentes em infuso até 3 vezes ao dia. Crianças tomam de 1 /6 a 1 /3 das doses de acordo com a idade.

Interação medicamentosa: Não interfere com o Alprazolam, Dextrometorfan e Rrionavir. Saquinavir - reduz a concentração plasmá-tica do saquinavir. A co-administração de suplementos de alho diminui aáreasobacurva de concentração plasmáticaversus tempo do saquinavir em 51 %, e reduz em 49% o nível de vale do saquinavir (8 horas após a administração do saquinavir), e também diminuiu a concentração plasmática máxima da droga-em54%; Varfarina: Nenhum estudo relatou uma interação entre a administração da varfarina e ingestão do alho. Há relatos de inibição da agregação das plaquetas em indivíduos que consomem o alho, esta ação pode aumentar o risco de sangramento quando combinada com a varfarina. Relatos de casos de indivíduos que ingeriram alho foram associados com o hematoma espinal epidural espontâneo, prolongação do tempo de coagulação com aumento do san-gra-mento e hemorragia. Em contraste, um estudo duplo-cego e placebo-controlado em 14 homens, não encontrou nenhum efeito do alho na agregação das plaquetas. do alho causou queimação na boca, esôfago e o estôma­go, náusea, transpiração, e tontura. A segurança de múl­tiplas doses desta quantidade não foi definida. Raramente, a ingestão pode também causar uma reação anafilática.

A exposição tópica a dentes de alho esmagados, crus por 3 a 5 minutos resultou em uma dermatite de contato tóxica. Adicionalmente, a exposição repetida à poeira do alho pode induzir reações asmáticas. A alergia à poeira do alho, apresentada pela tosse, dificuldade em respirar, pressão torácica, obstrução e produção de secreção nasal, espir­ros, coceira nos olhos e olhos lacrimejantes, é relativamente rara.

Resumo clínico: Usos etnofarmacológicos: amebicida, anti-agregante plaquetário, antibiótico, fungicida, anti-gripal, desinfetan-te, antiviral, antiasmático, antiinflamatório, anti microbiano, anticéptico, bactericida e bactericida intestinal, carminativo, antitóxico intestinal, vermífugo, digestivo, excitante da mucosa estomacal, vasodi-latador periférico, hipolipemiante, hipoviscozante, rubefsciante enérgico, anti-reumáíioo, febrífugo, hepaoprotetor, expecíorante.

Fonte: http://www.plantasquecuram.com.br

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