Pablo Picasso foi tanto genial, quanto polêmico. Suas posições políticas e ideológicas contrastavam com as cores e profundidade de sua obra. Confira a seguir alguns pensamentos do artista, que, assim como suas obras, retratam seu modo único de enxergar o mundo:
Sobre o desenho
''O desenho não é uma brincadeira. É muito grave e misterioso o ato de que um traço possa representar um ser vivo. Não apenas sua imagem, mas sobretudo aquilo que ele representa, aquilo que ele realmente é. Que maravilha! Não seria isso mais surpreendente do que todas as prestidigitações e 'coincidências' do mundo?''
Sobre as gravuras
''Você não imagina o trabalho que tive para fazer isso, porque é preciso desenhar cada letra de trás para frente.''
Sobre a guerra
''Eu não pinto a guerra, por que não sou o tipo de pintor que, como um fotógrafo, vai à cata de um tema. Mas não há dúvida de que a guerra existe nos meus quadros.''
Sobre a arte
''E que tudo seja igual e que tudo seja outra coisa.''
''A arte é uma mentira que nos faz compreender a verdade.''
Sobre o artista e seu tema
''O artista não é tão livre quanto se poderia crer. Isso também é verdade para os retratos que fiz de Dora Maar. Para mim, é uma mulher que chora. Durante anos, pintei-a sobre formas torturadas, não por sadismo ou por prazer. Eu apenas seguia a visão que se me impunha. Era a realidade profunda de Dora. Sabe, um pintor tem limites, e nem sempre são aqueles que se imagina.''
Sobre a fotografia
''Quando vemos o que pode ser expresso pela foto, nos damos conta de que tudo aquilo não pode mais ser preocupação da pintura... Por que o artista insistiria em realizar aquilo que, com a ajuda da objetiva, pode ser tão bem feito? Seria uma loucura, não? A fotografia chegou na hora certa para liberar a pintura de qualquer literatura, anedota e arte do tema. Em todo caso, um certo aspecto do tema pertence, daqui por diante, ao campo da fotografia... Não deveriam os pintores aproveitar sua liberdade reconquistada para fazer outra coisa? Seria muito curioso fixar fotograficamente, não as etapas de um quadro, mas suas metamorfoses. Talvez percebêssemos por quais caminhos o cérebro envereda para a concretização de seus sonhos. Entretanto, é realmente muito curioso observar que, no fundo, o quadro não muda, que a visão inicial permanece quase intacta, apesar das aparências. Muitas vezes vejo uma luz e uma sombra que pus no meu quadro e empenho-me em quebrá-las, acrescentando uma cor que crie um efeito contrário. Quando essa obra é fotografada, percebo que aquilo que havia introduzido para corrigir minha primeira visão desaparece, e que, definitivamente, a imagem dada pela fotografia corresponde a minha primeira visão, antes das transformações trazidas contra minha vontade.''
Sobre o artista
''O que você acredita que é um artista? Um imbecil que só tem olhos se for pintor, ouvidos se for músico, ou uma lira em todos os andares do coração se for poeta? Muito pelo contrário, ele é ao mesmo tempo um ser estético, constantemente em alerta diante dos dilacerantes, ardentes ou doces acontecimentos do mundo, refletindo-os na forma como realiza sua obra. Como seria possível desinteressar-se dos outros homens? Graças a qual indolência, dissociar-se de uma vida que eles lhe trazem de modo tão abundante? Não, a pintura não é feita para decorar apartamentos. É um instrumento de guerra ofensivo e defensivo contra o inimigo.''
Sobre o desenho
''O desenho não é uma brincadeira. É muito grave e misterioso o ato de que um traço possa representar um ser vivo. Não apenas sua imagem, mas sobretudo aquilo que ele representa, aquilo que ele realmente é. Que maravilha! Não seria isso mais surpreendente do que todas as prestidigitações e 'coincidências' do mundo?''
Sobre as gravuras
''Você não imagina o trabalho que tive para fazer isso, porque é preciso desenhar cada letra de trás para frente.''
Sobre a guerra
''Eu não pinto a guerra, por que não sou o tipo de pintor que, como um fotógrafo, vai à cata de um tema. Mas não há dúvida de que a guerra existe nos meus quadros.''
Sobre a arte
''E que tudo seja igual e que tudo seja outra coisa.''
''A arte é uma mentira que nos faz compreender a verdade.''
Sobre o artista e seu tema
''O artista não é tão livre quanto se poderia crer. Isso também é verdade para os retratos que fiz de Dora Maar. Para mim, é uma mulher que chora. Durante anos, pintei-a sobre formas torturadas, não por sadismo ou por prazer. Eu apenas seguia a visão que se me impunha. Era a realidade profunda de Dora. Sabe, um pintor tem limites, e nem sempre são aqueles que se imagina.''
Sobre a fotografia
''Quando vemos o que pode ser expresso pela foto, nos damos conta de que tudo aquilo não pode mais ser preocupação da pintura... Por que o artista insistiria em realizar aquilo que, com a ajuda da objetiva, pode ser tão bem feito? Seria uma loucura, não? A fotografia chegou na hora certa para liberar a pintura de qualquer literatura, anedota e arte do tema. Em todo caso, um certo aspecto do tema pertence, daqui por diante, ao campo da fotografia... Não deveriam os pintores aproveitar sua liberdade reconquistada para fazer outra coisa? Seria muito curioso fixar fotograficamente, não as etapas de um quadro, mas suas metamorfoses. Talvez percebêssemos por quais caminhos o cérebro envereda para a concretização de seus sonhos. Entretanto, é realmente muito curioso observar que, no fundo, o quadro não muda, que a visão inicial permanece quase intacta, apesar das aparências. Muitas vezes vejo uma luz e uma sombra que pus no meu quadro e empenho-me em quebrá-las, acrescentando uma cor que crie um efeito contrário. Quando essa obra é fotografada, percebo que aquilo que havia introduzido para corrigir minha primeira visão desaparece, e que, definitivamente, a imagem dada pela fotografia corresponde a minha primeira visão, antes das transformações trazidas contra minha vontade.''
Sobre o artista
''O que você acredita que é um artista? Um imbecil que só tem olhos se for pintor, ouvidos se for músico, ou uma lira em todos os andares do coração se for poeta? Muito pelo contrário, ele é ao mesmo tempo um ser estético, constantemente em alerta diante dos dilacerantes, ardentes ou doces acontecimentos do mundo, refletindo-os na forma como realiza sua obra. Como seria possível desinteressar-se dos outros homens? Graças a qual indolência, dissociar-se de uma vida que eles lhe trazem de modo tão abundante? Não, a pintura não é feita para decorar apartamentos. É um instrumento de guerra ofensivo e defensivo contra o inimigo.''
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