terça-feira, 10 de julho de 2012

Fé e trabalho


O trabalho é lei da vida.

Sem atividade, o corpo definha e o Espírito se amolenta.

Para demonstrar a importância do labor, em dado momento Jesus afirmou:

Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também.

O Evangelho constitui um roteiro de vida equilibrada e saudável, não apenas um repositório de máximas de moral.

Saber-se útil é essencial à psicologia humana.

A criatura sem atividade produtiva carece de sentido existencial.

Tende a adoecer, física e psicologicamente.

Entretanto, o gosto por prolongados descansos persiste marcante na Humanidade.

Mesmo entre os religiosos, por vezes, o trabalho é tido à semelhança de uma punição.

Muitos afirmam desejar morrer para descansar.

Ou sinalizam, de variadas formas, considerar a morte uma forma de descanso.

O ócio seria um prêmio, um objetivo a ser perseguido.

Ocorre que essa linha de pensamento não encontra base na doutrina de Jesus.

A Espiritualidade Superior afirma não possuir interesse na incorporação de devotos famintos de um paraíso feito de preguiça.

Na Terra, mesmo a erva tenra deve produzir consoante objetivos superiores.

Os pequenos animais, guiados pelo instinto, cumprem o papel que lhes cabe.

Nessa linha, o que não deverá produzir a magnífica inteligência do Espírito encarnado?

Grande é a tarefa depositada nas mãos dos homens cuja inteligência é iluminada pela fé.

Fica-lhes muito mal reclamar da vida e desejar trabalhar o mínimo possível.

Seu papel é o de agentes da Providência.

Necessitam laborar com alegria para que o mundo se torne melhor.

Precisam ensinar os ignorantes, amparar os indigentes e os caídos.

Esse convívio com seres de valores diferentes não constitui uma punição ou uma desgraça.

O solo do planeta representa o abençoado círculo em que podem e devem colaborar com o Senhor da Vida.

Trata-se de seu educandário e de sua oficina.

Algum dia, lograrão assimilar bem a lição do serviço fraterno.

Então, terão acesso a mundos mais depurados e felizes porque estarão habilitados a neles desempenhar tarefas mais sofisticadas.

A porta Divina não se abre a Espíritos que não se sublimaram pelo trabalho incessante.

A plenitude íntima é condição própria de quem aprendeu a cooperar com Deus, no serviço ao próximo.

A figura de Jesus não pode ser invocada para justificar anseios de repouso prematuro.

Ele apenas atingiu as culminâncias da ressurreição após subir ao Calvário.

Ainda antes, ensinou e exemplificou o bem, de modo incansável.

Dentre suas lições, avulta a da fé que remove montanhas.

Então, não adianta reclamar ingresso em mundos felizes, antes de melhorar o planeta em que se habita.

Para seguir rumo a instâncias luminosas, é preciso acender a própria luz.

Ocorre que a luz do coração somente se acende em amor fraternal, à frente do serviço.



Redação do Momento Espírita, com base no cap. 2 do livro No
Mundo Maior, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco
Candido Xavier, ed. Feb.
Em 21.06.2012.

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