sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Plantas que Curam: BORRAGEM - Borago officinalis



 



Descrição : Planta da família das Borragináceas, também conhecida como Foliagem, borracha-chimarrona. As flores fornecem um corante azul muito bonito. Uma bebida refrescante pode ser feita com borragem no verão. Ela freqüentemente cresce em regiões próximas a apiários, pois tem uma quantidade de néctar que as abelhas apreciam muito. Excelente planta melífera. As flores azuis podem ser desidratadas com sílica, para depois serem coladas em grinaldas de flores naturais desidratadas. Seu nome vem da antiga língua dos celtas, Borrach que significa coragem. Há literatura que considera este nome proveniente do latim Borra. Os relatos antigos dizem que esta planta tem a capacidade de espantar a melancolia e trazer coragem, além de fazer as pessoas felizes e trazer um coração confiante. Os romanos também apreciavam muito a borragem. Plinius, um naturalista romano (23 a 79 DC) disse: "Eu, borragem, trago sempre a felicidade". Tabernaemontanus escreveu em seu livro de plantas medicinais na Idade Média: -"Hoje em dia, tomando-se cinco folhas de borragem, afasta-se toda a sujeira do sangue".


Parte usada : Folhas, sumidades floridas.

Habitat: E uma erva nativa da Europa que foi disse-minada extensamente em outras areas. Historia: Seu uso e mencionado por Plínio (61 a,c.), por Dioscorides (40 a.c.), e por Galeno (129 a.c.). As folhas da borragem foram usadas na Europa como condimento e tambem como medicamento desde a Idade Media; As folhas e flores sao adicionadas ao vinho e ao suco de limao para fazer as bebidas popu-lares 'claricot' (similar a sangria) e 'cool tankard' (uma bebida celtica feita com vinho, agua, limao, agucar e borragem).

Origem : Mediterrâneo.

Propriedades : Gota, afecções respiratórias (bronquites, tosses), escassez de urina, reumatismo, transtornos menstruais, furúnculo

Indicação : Seu uso medicinal data da Idade Média, quando se acreditava que exercia um efeito mágico sobre o corpo e a mente. Utilizado hoje apenas pela medicina popular, pois a medicina científica aconselha apenas seu uso externo devido a recente descoberta da presença de alcalóides tóxicos nas suas folhas.

Na medicina tradicional de hoje é considerada emoliente, depurativa, sudorífica, diurética e laxativa. É também considerada antiinflamatória. Suas flores são empregadas na forma de infusões como expectorante e contra certas afecções do fígado e coração. Indicada contra tosse, reumatismo. Hoje se sabe que a borragem estimula as supra-renais, favorecendo a produção de adrenalina, o hormônio que prepara o corpo para situações de tensão. As folhas carnosas e ásperas podem empregar-se como tônico da supra-renal, no caso de stress, ou seqüelas de terapia com esteróides. O óleo extraído das sementes pode ser empregado como alternativa ao óleo de prímula, para transtornos menstruais e reumáticos. Para aumentar a sudorese, empregam-se as flores, e as folhas para uma ação diurética. Uma atividade refrescante lhe é atribuída. Uma folha fresca abaixará a temperatura da boca, desta forma é útil em febres. Cultivada em hortas, esta erva é muito apreciada pois suas folhas são empregadas por séculos em saladas. Pelo fato de possuir potássio, é indicado para pessoas que precisam de uma dieta sem sal. Pode ser usado externamente como compressa em pele irritada ou inflamada.

Principios Ativo : Mucilagem, tanino, nitrato de potássio, sais (potássio, cálcio), alantoína, óleo essencial, saponina, óleo fixo, ácido salicílico, Vitamina C.

Modo de Usar : Depurativo - infusão: em 1 litro de água fervente colocar em infusão 20g de cada uma das seguintes ervas: borragem, agrião, dente-de-leão, fumaria, chicória-silvestre, cerefólio. Coar, adoçar e beber o líquido na dose de 3 a 4 cálices ao dia, a começar pela manhã em jejum. Vinho depurativo - Colocar um punhado de sumidades floridas frescas de borragem em 1 litro de vinho de boa qualidade, deixar macerar por cerca de uma semana, coar e consumir em calicezinhos antes das refeições. Gota, furúnculo - cataplasma : cozinhar um punhado de folhas secas de borragem em pouquíssima água. Quando esta tiver evaporado, estender as folhas sobre uma gaze, espremê-la para fazer sair todo o líquido, e aplicar o cataplasma bem quente sobre a parte dolorida. Reumatismo - decocção: em 1 litro de água, ferver por meia hora 10 g de folhas secas de borragem, filtrar, adoçar com mel e beber 3 a 4 xícaras ao dia. Tosse - decocção: 40g de folhas em 1 litro de água, ferver por um quarto de hora, coar, adoçar e beber em 2 ou 3 vezes durante o dia. infusão: 15g de folhas e flores de borragem em 1 litro de água. Deixar macerar por três quartos de hora. Filtrar, adoçar com mel e beber o líquido em xícaras, na dose de 1 xícara a cada 2 ou 3 horas. Esta infusão é emoliente e refrescante e é benéfica nas tosses secas e persistentes.

Toxicologia : Novas descobertas sobre sua composição química, como alcalóides isopirrolizidínicos, supinina, licopsamina, intermedina, ambilina e thesuinina tornam, segundo alguns estudiosos, esta planta imprópria para consumo. Segundo determinação do Ministério da Saúde, divulgada após a descoberta destes alcalóides no confrei, todas as plantas que contenham estes alcalóides só devem ser usados em aplicações locais, isto é , externamente. Estes tem ação tóxica e sua ingestão pode levar ao aparecimento tardio de cirrose hepática ou câncer do fígado. Este alcalóide está em maior quantidade nas folhas frescas do que nas folhas secas. Deve-se tomar um cuidado ao fazer preparações com a borragem. Deve-se filtrar muito bem para que se eliminem os pelos, visto que engolidos, podem causar irritações no estômago.

Posologia: 1 a 3 g/dia de oleo da semente de borragem.para adultos, em uso interno como preventive de deficiencies, naTPM, displasia mamaria, depressao, hiperatividade infantil e cirrose hepatica; 1 g/dia para criangas; O conteudo de acido gama linolenico do 6leo esta entre 20% e 26%; Tintura.

Precaucoes: Embora nenhuma evidencia direta esteja djsponfvel, e recomendado cuidado a pacientes com epilepsia, pois ha relatos de redugao do ponto de desencadeamento de crises convulsivas com o uso do oleo de primula. Superdosagem:
Em doses (muito) elevadas pode causar intoxicagao pete presenga dos alcaloides pirrolizidmicos; Recomenda-se manter a dosagem indicada.

Dica Culinária : Muito utilizado em saladas, suas folhas são saborosas. A borragem confere às saladas um sabor fresco, ligeiramente salgado e parecido com o do pepino, além de melhorar seu aspecto. Tempera-se com endro e cebola. Suas flores de muito graciosas que são pode-se fazer um confeito muito bonito. Mergulha-se a flor na clara de ovo e depois no açúcar de confeiteiro e deixa-se secar. Desde a Antiguidade suas flores são adicionadas ao vinho e podem também entrar na composição de bebidas alcoólicas, dando-lhe um efeito estimulante. Charles Dickens, autor inglês do século XIX, era apaixonado por este ponche, e oferecia a seus amigos americanos a sua receita particular, quando estes o visitava.

Ponche Charles Dickens
• 2 copos (500ml) água
• 1/2 copo (120ml) açúcar
• 2 colheres de sopa (30ml) de raspas de limão
• 1/4 copo (60ml) flores de borragem
• 2 copos (500ml) de sherry - vinho de Xerez
• 1 copo (240ml) brandy - conhaque
• 4 copos (1 litro) cidra de maçã
Despeje a água fervente sobre o açúcar, raspas de limão e borragem. Deixe agir por 10 minutos. Coe e adicione o conhaque, o Xerez e a cidra.

Flores de borragem cristalizadas
• 1 copo (240ml) flores de borragem
• 1/2 colher (chá) (2,5ml) água fria
• 1 clara de ovo
• açúcar granulado
Lave as flores de borragem e remova o excesso de umidade com papel toalha. Misture a clara de ovo e água, bata bem. Mergulhe as flores na mistura e então no açúcar. Coloque em papel manteiga para secar. Acondicione não por muito tempo em vasilha muito bem fechada, longe de umidade

Farmacologia: No óleo de primula o AGL e o triglicerol estao unidos na posigao sn-3, mas no oleo da semente da borragem estSo unidos na posigao sn-2, o que explica a bio-disponi-bilidade inferior de AGL no oleo da semente da boraragem comparado com o oleo de primula; Por causa da ocorren-cia de alcaloides pirrolizidinicos toxicos em outros mem-bros da famflia boraginaceae, os alcaloides das folhas, sementes e oleo da semente de borragem foram investiga-dos cuidadosamente.
A presenga dos alcaloides pirrolizidmicos insaturados nas folhas, flores e sementes da borragem sugerem um potencial risco de hepatotoxicidade, embora a quantidade total de alcaloides na planta seja baixa -menos de 0.001%, ebnas sementes maduras e de aproximadamente 0.03%; A atividade antioxidante da borragem foi atribuida ao acido rosmarinico; O acido linoleico e um acido graxo com18 carbonos, conside-rado um nutriente essencial porque so e obtido atra-ves da dieta; A enzima d-6-desaturase converte o acido linoleico em acido gama-linoleico, a enzima taxa-limitante desta cadeia de reagoes; Dois carbonos sao adicionados ao acido gama-linoleico, formando o acido dihomogama-linolenico (ADGL), que contem 20 carbonos e e um metabolite importante para a sintese de prostaglandinas antiinflamatorias da serie 1 (por exemplo, PGE1) e ao acido 15-(S)-hidroxi-8,11,13-eicosatrienoico (15HETrE) em diferentes tipos de ce-lulas; Teoricamente - suplementacao com acido gama-linoleico, pode pular a etapa limitante da biosintese destas prostaglandinas, aumentando a disponibilida-de destes moduladores antiinflamatorios. Outras cir-cunstancias patofisiologicas tambem podem alterar a conversao do acido linoleico para acido gama-linoleico. Fontes comerctais de acido gama-linoleico incluem o oleo da semente de borragem, o oleo de primula e o oleo de semente de cassis, assim tambem como o oleo do fungo Mucor javanicus. Clonagem e introdugao da enzima delta-6-desaturase em plantas que não a possuem naturalmente foi proposta como um meio de aumentar a quantidade do acido gama-linoleico na dieta.

Estudos ciêntíficos e clínicos sobre a borragem.

Fonte: http://www.plantasquecuram.com.br

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