domingo, 8 de janeiro de 2012

Plantas que Curam: BARBATIMÃO - Stryphnodendron barbatiman


Descrição : Planta da família das leguminosas, também conhecida como paricarana, ibatimô e uabatimô. O barbatimão é uma árvore da família das Leguminosas. Tem casca adstringente e rica em tanino. Também denominada uaba-timó. É uma planta bela e de alto porte. A sua casca é áspera; possui folhas palmadas, pequeninas, flores miúdas, em bolotas axilares terminais. O fruto é uma vagem que contém1 sementes parecidas com os grãos de feijão. Em medicina emprega-se a casca, sob a forma de decocção, contra afecções escorbúticas, blenorragia, diarreia, hemorragia e leucorréia. Externamente pode ser aplicada com efeitos benéficos sobre as úlceras.
Partes utilizadas : Casca e folhas.

Princípios Ativos: taninos condensados, substâncias monoméricas (flavan-3-óis) e proantocianidinas (entre elas 8 tipos de prodelfinidinas e 8 prorobinetinidinas), substâncias tânicas (20 a 30%), taninos (18 a 27%), alcalóides não determinados, amido, matérias resinosas, mucilaginosas, matéria corante vermelha, ácido tânico, estrifno, açúcar solúvel, flavonóides, flobafenos.

Propriedades medicinais: adstringente, anti-hemorrágica, anti-séptica, antibacteriana, antiblenorrágica, antidiabética, antidiarréica, antiescorbútica, antileucorréica, cicatrizante, coagulante sangüíneo, diurética, emética, hipotensora, oftálmica, tônica.

Indicações: casca: úlceras, feridas, impigens, doenças da pele, afecções da garganta, corrimento vaginal, leucorréia, gonorréia, catarro uretral e vaginal; colite, diarréia, escorbuto, anemias, hemoptises, hemorragia uterina, gastrite, úlcera gástrica, câncer, afecções hepáticas, diabetes. Folhas: tônica, hérnia, depurativa.

Contra-indicações/cuidados: Sementes são venenosas. Em caso de ingestão deverá ser feito o esvaziamento gástrico, com sonda nasogástrica em sifonagem e tratamento sintomático.

Modo de usar:
- Uso externo: cascas reduzidas a pó e aplicadas no local ou decocção de1 colher de sopa da casca em 1 litro de água morna, para uso sob a forma de banhos, gargarejo, lavagens vaginais e uterinas, úlceras, impingens, etc. Adstringente, tônico, hemostático, antidiarréico, catarros uretrais e vaginais, leucorréia, feridas, adstringente das gengivas.
- Uso interno: Casca, folha por infusão.
- decocção: ferver 20 g da casca em 1L de água. Dosagem normal (3 a 5 xícaras /dia).
- Dosagem bem leve (1 xícara /dia), em casos de úlcera do estômago e duodeno.
- Tintura, tomada pela manhã, diluída em um pouco de água, alternando-se com a tintura de carqueja, à noite, para casos de asma, bronquite asmática. O tratamento poderá se estender até 12 meses no caso de asma crônica.
- Outros usos: Curtume para o tratamento de couro. No passado, foi usado pelos índios na produção de tinta vermelha.
Posologia: Adultos: 10 a 20ml de tintura da casca divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água 4g de cascas secas (1 colher de sopa para cada xícara de água) em decoccto até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs , para uso interno em escorbuto, diarreias, hemoptise, doenças genitais, inflamação de garganta; A tintura pode ser usada topicamente nas peles oleosas ou em banhos de 50ml diluídos em 1 litro de água morna nas hemorragias uterinas e corrimentos; O pó das cascas pode ser usado topicamente nas feridas.
Farmacologia: Não foram encontrados estudos sobre sua farmacologia, mas a quantidade de taninos encontrados na planta já justificam suas indicações terapêuticas. As propriedades medicinais das espécies pertencentes às famílias das leguminosas, cesalpiniáceas e mimosáceas são semelhantes: usa-se externamente a casca reduzida a pó por suas propriedades secantes, antiinflamatórias e cicatrizantes. Internamente, como tónico, emprega-se o cozimento das cascas. Toxicologia: Vide efeitos colaterais. Sem toxidade nas doses recomendadas.

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