A frase não é inédita. Já a ouvimos muitas vezes. Contudo, parece que, a pouco e pouco, as pessoas começam a se convencer dessa verdade.
Pesquisa realizada, nos Estados Unidos, pelo Instituto Gallup, demonstra que 95% das pessoas afirmam sentir bem-estar com o exercício regular da filantropia.
Filantropia entendida como qualquer atividade que vise promover o bem-estar do semelhante.
Independe de dinheiro e pode estimular outros à realização de ações a benefício de alguém.
Exemplos existem muitos. Como o da atriz brasileira que, durante quase duas décadas, frequentou o presídio do Carandiru, desativado em 2002.
Ali ela criou o projeto Talentos aprisionados, promovendo cursos de teatro, dança, artes plásticas e literatura.
Ao descrever seu trabalho, ela o qualifica de recompensador, não só para quem ela ajudou, mas para si mesma.
Há quem diga que as pessoas praticam filantropia para aliviar a própria consciência, sem resolver a raiz do problema de quem, pretensamente, estariam auxiliando.
Nesse ponto, lembramos a frase de Madre Teresa de Calcutá: Se você não pode alimentar 300 pessoas, alimente apenas uma.
Assim, saber que uma criança, por exemplo, está abrindo um presente doado por alguém, pode não ser suficiente mas faz bem.
Fez uma criança feliz, mesmo que por breves momentos. Por um curto período, ela soube que sonhos podem se tornar realidade. E voltará a sonhar. E cultivar esperança.
E a pessoa, com certeza, partilhou daquela felicidade.
Por vezes, as pessoas se questionam se podem doar algo sem sair de casa. E a resposta é afirmativa.
Há muitas maneiras de se engajar em campanhas contra a fome, a doença, propondo-se à doação de valores, itens não perecíveis, roupas, medicamentos.
Contudo, quem, além de doar alguma coisa, doa a si mesmo, vai ao encontro do outro, melhor ainda se sente.
Uma história emocionante é de uma dona de casa que, em três anos, coletou e doou mais de 4.500 litros de leite materno para bebês órfãos na África.
Podemos ter ideia de quantas vidas terá salvo, com seu gesto? E como ela deve se sentir feliz, realizada?
* * *
Se você é dos que já se doa no trabalho, em casa, com familiares e acha impossível se doar mais, acredite, é possível.
Este é um convite para você se engajar nessa rede sem fronteiras, pelo bem.
Isso porque desejamos que você possa sentir a felicidade, o bem-estar por fazer o bem.
E se você não sabe o que fazer, onde começar, principie olhando a sua rua, os seus vizinhos, o seu bairro.
Verifique o que falta, quem tem necessidades.
Indague no seu templo religioso, no clube que frequenta.
Tenha certeza: sempre existe alguém, bem próximo a você, envolvido no bem. E você poderá ser mais um, nessa fieira de bondade.
Redação do Momento Espírita, com base no artigo
Com a caridade na agenda, de Rodrigo Turrer,
publicado na revista Época de 04.01.2010.
Em 10.08.2010.
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