terça-feira, 12 de maio de 2009

Carta à minha Mãe

Quis visitar-te o anônimo jazigo
Em que a humanidade em paz se nos revela.
Contemplo a cruz, antiga sentinela
Erguida ao lado de um cipreste amigo.


Busco a memória e vejo-te comigo;
Estamos sob o verde de aquarela,
Teu sorriso na túnica singela
É luz brilhando neste doce abrigo.


Recordo o ouro, Mãe, que não quiseste,
Subindo para os sóis do lar Celeste
Para ensinar as trilhas da ascensão...


Venho falar-te, em prece enternecida,
Do amor imenso que me deste à vida,
Nas saudades sem fim do coração.


Esta carta é pra minha segunda Mãe, Maria Helena que partiu deixando muitas saudades.

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