sábado, 27 de novembro de 2010

Medicamento reduziria 43% contágio de HIV

 
Um estudo internacional revelou que indivíduos não infectados que tomam medicamentos de combate ao HIV têm menos chances de contrair o vírus.

A descoberta poderia mudar as estratégias de combate à AIDS no mundo. Segundo estimativas da Organização Munidial de Saúde, existem mais de 33milhões de pessoas infectadas no mundo pelo vírus.

O estudo, chamado iPrEx (Profilaxis Preexposicion or Prexposure Prophylaxis Initiative) mostrou que indivíduos com alto risco de contágio de HIV que tomaram doses diárias de medicamento (emtricitabine e tenofovir (FTC/TDF)) tiveram 43,8% menos contágio que aqueles do grupo de controle, que tomaram placebo.

A descoberta, publicada no New England Journal of Medicine, é a primeira evidência de que esse método de prevenção, chamado de profilaxia pré-exposição, reduz a infecção nas pessoas.

No total, 2.499 indivíduos pertencentes a grupos de alto risco de contágio de HIV participaram do estudo em seis países. Todos eles receberam aconselhamento intensivo sobre sexo seguro, pacotes de camisinhas e tratamento contras outras doenças sexualmente transmissíveis. Metade das pessoas também recebeu os medicamentos, enquanto metade recebeu placebo.

No total, 64 contaminações por HIV ocorreram entre os 1248 participantes que receberam o placebo, enquanto 36 ocorreram naqueles 1251 que receberam o medicamento. A redução do risco foi de 43,8%, e inclui todos os pacientes, até mesmo os que não tomaram a pílula todo dia.

O estudo notou também que os medicamentos foram mais eficientes entre aqueles que tomaram os remédios regularmente. Entre aqueles que tomaram as pílulas em 50% ou mais dias, o risco caiu 50.2%. Entre aqueles que usaram a pílula em 90% ou mais dias, a redução da taxa de infecção foi de 72.8%.

O estudo iPrEx é apoiado por diversos países, como Quênia, Uganda, Botsuana e Reino Unido, pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, pela Agência Internacional de Desenvolvimento dos EUA, pelo Instituto Nacional de Saúdo dos EUA, o Fundo Stephens AIDS e a fundação Bill & Melinda Gates.

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