por Victor Bianchin
Existem duas explicações para aquela lágrima escorrer após uma boa gargalhada. A primeira é emocional: choramos porque estamos alegres. Ao soltar uma gargalhada daquelas, desencadeamos uma reação no sistema límbico, região do cérebro que controla as emoções.
A outra explicação é fisiológica. Algumas pessoas têm no rosto uma distribuição incomum dos nervos. Por causa disso, quando abrem a boca para rir (ou mesmo para bocejar), o conjunto de nervos que liga a mandíbula às glândulas salivares acaba estimulando a glândula lacrimal.
O hipotálamo é uma das regiões cerebrais que compõem o sistema límbico. Ao detectar a emoção de alegria, ele ordena a produção da acetilcolina, um neurotransmissor que viaja pelo sistema nervoso parassimpático, conectado à glândula lacrimal.
Isso acontece porque tanto os nervos quanto as glândulas lacrimais estão conectados ao sistema nervoso parassimpático, parte do sistema nervoso que estimula atividades relaxantes em glândulas e músculos.
Os dois fenômenos podem ocorrer tanto sozinhos como em conjunto. Nos dois casos, a glândula lacrimal recebe os impulsos do sistema nervoso e entra em ação, produzindo lágrimas que se acumulam no lago lacrimal, até que transbordam, fazendo a gente chorar.
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