Descrição : Outros nomes populares - Cacau-da-bahia, cacau-do-brasil, cacau-verdadeiro, chocolate, massaroca, vagem de cacau. Origem - Florestas tropicais das Américas Central e Sul, incluindo a Amazônia brasileira. Assim que os frutos do cacaueiro são colhidos, são enviados para o armazém onde os partem e privam as sementes da maior parte da polpa que os envolve. Para preparar as "favas" utiliza-se, em geral, o processo da fermentação, mas as técnicas variam de local para local. Usa-se lançar as sementes em celhas de madeira apropriadas, com o fundo perfurado, onde sofrem fermentações provocadas por microorganismos (leveduras, bactérias e fungos) e durante as quais a polpa aderente se liquefaz e escoa pelos orifícios existentes no fundo dos fermentadores. De início atuam as leveduras (Saccharomyces theobromae e outras) que produzem uma fermentação alcoólica. Por fim operam as bactérias, as quais, as mais importantes, podem provocar uma fermentação acética que deve evitar-se ou limitar-se. Identificaram-se também vários fungos, mas não prejudicam o produto final. Esta operação é muito delicada e dela depende a qualidade do cacau. Diz-se que nem sempre decorre da mesma forma, consequentemente, da mesma roça saem cacaus com qualidades variáveis. As favas secam-se por fim em secadores. Durante a liquefação da polpa realizam-se transformações químicas nas sementes. O sabor torna-se menos acre e desenvolve-se um aroma especial devido a uma essência contendo linalol e seus ésteres, mas cujo precursor se desconhece. Também as metilxantinas se libertam das suas combinações naturais com os compostos tânicos e devido à atividade de oxidases estes transformam-se no "vermelho de cacau" insolúvel. Conhecem-se outros métodos de preparação do cacau que conduzem a resultados diferentes. Utilizou-se também um processo no qual se fermentavam as sementes em pequenas poças cavadas em solos argilosos permeáveis, em circunstâncias particulares. Obtinham-se assim os chamados cacaus terrosos. Recomendou-se também estabilizar as sementes pelo vapor de água sobreaquecido, designava-se o produto de cacau verde. Por fim submete-se o cacau a um outro tratamento, a uma ligeira torrefação mas contínua: as circunstâncias podem variar e delas dependem as qualidades do produto. Este tratamento modifica o aroma, melhorando-o, eliminam-se em particular os ácidos voláteis formados durante o processo fermentativo, decompõem-se os princípios adstringentes, etc. Ainda, destaca-se o tegumento e por tal motivo separam-se com maior facilidade, os cotilédones, utilizados na preparação do cacau. O tratamento pelo calor modifica em particular os glúcidos e tanóides, pois promove o aumento das quantidades das substâncias solúveis e dos flobabenos insolúveis. Se porém, for moderado o aquecimento, conserva-se o conteúdo de bases púricas e alteram-se as gorduras apenas no seu aroma. Assim depois de torradas as sementes destacam-se em aparelhos especiais os tegumentos friáveis e depois os germes, ficando portanto, reduzidas só aos cotilédones, que são moídos em moinhos especiais (os germes só se empregam em cacaus de qualidades inferiores). Submete-se o pó em seguida a pressão em prensas hidráulicas aquecidas e de modo a desengordurá-lo parcialmente. Depois de moído e tamisado obtém-se o pó de cacau. Os chamados cacaus solúveis ou simplesmente cacau, resultam de produtos desengordurados que sofreram tratamentos químicos especiais. Deste modo operam-se transformações como a peptonização das proteínas, tornando-a solúveis, solubiliza-se o vermelho de cola, formam-se sabões que tornam mais estável a suspensão do pó na água quente, enfim alterou-se também a sua cor, tornada mais escura. O chocolate é uma mistura de cacau com açúcar, manteiga de cacau, substâncias aromáticas (baunilha, canela, etc), leite em pó e outros constituintes.
Propriedades : adstrigente, amarga, desinfetante, emoliente, nutriente, tônico. Indicações : afecção pulmonar, anemia, diarréia, disenteria, dor de ouvido, febre, inflamação, malária, malária, otite, sapinho da boca de criança, terçol.
Indicação : Emprega-se particularmente no fabrico de cacau e de chocolate. O cacau e o chocolate são utilizados nas convalescenças como alimentos energéticos. Na farmácia utilizam-se como corretivos de cheiro e do sabor em certas fórmulas medicamentosas. As propriedades farmacológicas e terapêuticas relacionam-se com as quantidades respectivas de teobromina e de cafeína, produzem ações diurética e vaso-dilatadora, que devem principalmente à teobromina; estimulante nervosa e cardiocinética pela cafeína. A ação vaso-dilatadora da teobromina (alcalóide cristalino) sobre os vasos coronários e renais justifica o emprego como diurético e preventivo, mais que curativo, dos ataques anginosos. Sua prescrição contudo é de competência médica. A teobromina é um diurético, do tipo direto, muito enérgico. Dose diária: 1 a 3g. A polpa serve para preparar doces e geléias e as sementes para fabricar o vinho de cacau e diversos licores, alguns medicinais. Tônico e adoçante, o cacau estimula as funções do aparelho urinário e combate as nefrites, as bronquites e certas doenças do coração. É empregado nas fraquezas orgânicas e no esgotamento físico. A popular manteiga de cacau, obtida na indústria farmacêutica pela moagem das sementes da planta, produz bons resultados quando empregadas nas asperezas da pele causadas pelo frio e nas rachaduras dos lábios e dos bicos dos seios. Ou seja empregada em aplicações comuns aos tópicos lenitivos.
Principios Ativo : Gordura (50 a 57%), Teobromina (1 a 3% - bases púricas), Cafeína (0,16 a 0,4%), Esteróis Substâncias proteicas, Vitaminas do grupo B (tiamina, lactoflavina, piridoxina, biotina, pantotenato de cálcio, nicotinamida, ácido fólico, vitamina B12), Traços de vitamina D, Açúcares (glucose, sacarose, rafinose, estaquiose), Mucilagens, Pectinas, Amido, Esteróis Óleo essencial ( 0,001%), Ácidos livres (valérico, caprílico, cáprico), Ésteres de ácidos gordos inferiores, Substâncias proteicas ( 11,18 a 12,65%), Epicatequina, Flavonóides, Procianidinas, Aminas, Adenina (0,055%), Guanina (0,01%), Teofilina, porém em quantidade muito pequena, Taninos ( 5 e 8,48%), Vermelho de cacau. A gordura conhecida como manteiga de cacau é constituída principalmente dos glicerídeos dos ácidos esteáricos, palmíticos, mirístico, oleico e linoleico.
Modo de Usar : Além de ser um fruto comestível muito apreciado para sorvete, doces e ao natural.
Contra-indicações/cuidados: não encontrados na literatura consultada. Porêm nenhuma planta deve ser consumida em excesso e nenhum tratamento deve ser feito sem orientação médica.
Efeitos colaterais: não encontrados na literatura consultada. Porêm nenhuma planta deve ser consumida em excesso.
Aromaterapia : Regenerador e cicatrizante, Fixador de perfumes. Astenia Sesual, desânimo, stress, equilibrador endócrino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário