Um grupo de adolescentes, vinculado a determinada instituição religiosa, realizava, de tempos em tempos, uma campanha que chamavam Campanha do quilo.
Viviam numa cidade do interior do Estado e, em cada jornada, saíam pelas ruas, batendo de casa em casa, pedindo alimentos para, posteriormente, atenderem famílias carentes de certa região do município.
Todos se sentiam úteis e motivados, dando sua contribuição àqueles que tinham menos. Uma excelente iniciativa, que busca construir homens e mulheres com maior responsabilidade social e com senso de fraternidade.
Após se dividirem, naquele que era mais um dia de ação no bem, um grupo pequeno chegou em frente a uma casa e bateu à porta.
Demoraram para atender. Depois da segunda ou terceira tentativa, foram recebidos por uma senhora de meia idade, cabisbaixa, quase sem energias, com os olhos vermelhos – olhos de quem chorara muito.
Os jovens fizeram seu pedido, deram suas justificativas, e a moradora, sem nada questionar, pediu que esperassem um pouco.
Enquanto aguardavam, outra mulher se apresentou, mais jovem, também com o rosto marcado pelas lágrimas, mas extremamente incomodada.
Perguntou o que faziam ali, logo naquele momento! E que fossem embora – sem ouvir qualquer explicação dos meninos e meninas à porta.
Esses não souberam muito bem o que fazer, e continuaram ali, esperando.
Um deles até se atreveu a dizer: Mas aquela senhora disse que esperássemos aqui.
A mulher, enfurecida e sem paciência, respondeu: Este não é um bom momento! Precisamos de respeito! Ela acabou de perder o marido! Acabamos de voltar do enterro de meu pai, isto é, do marido dela!
Os jovens ficaram atônitos e sem jeito. Não esperavam por isso.
Quando estavam se retirando, mudos, a senhora apareceu à porta, com um grande saco de cinco quilos de açúcar.
Não havia deixado de ouvir a bronca da filha nos adolescentes, e então se pronunciou, dirigindo-se a ela:
Filha... Não existe sofrimento que nos impeça de ajudar alguém.
Todos ficaram em silêncio... O que dizer num momento desses?
Entregou a sua doação com as últimas forças que lhe restavam naquele instante, e os adolescentes se foram.
* * *
O relato é desses de deixar os olhos mareados e encher o coração de esperança.
Que desprendimento dessa boa alma... Justamente no momento em que mais precisava de ajuda, de consolo, ela ainda encontrou espaço no coração para ajudar.
O sofrer intenso não a impediu de pensar naqueles que precisavam de alimento, de amparo material.
Essa é uma das características do bem sofrer. Ele não nos fecha numa redoma de dor e egoísmo. Por saber sofrer, ele consegue inclusive considerar e entender a dor alheia com mais facilidade.
Ele não pensa que a sua dor é a única e a maior do mundo. Existem outras dores e outras almas precisando de auxílio.
Pensemos muito sobre esta lição:
Não existe sofrimento que nos impeça de ajudar alguém...
Pensemos nisso... Pensemos agora.
Redação do Momento Espírita.
Em 2.5.2013.
Olá tudo bem, Criei um blog para mim e gostaria de tê-la lá também. Fico aguardando sua visita e se puder me siga, ficarei muito feliz com sua presença. Estou te seguindo. Bjs
ResponderExcluirhttp://sonhosempontocruzeafins.blogspot.com.br/
obrigado pela visita e convite Gabriela!!!
Excluirjá fomos a seu blog e já estamos seguindo e divulgando!!!
abraxos