Conheça a história do tradicional macarrão japonês, hoje um símbolo reconhecido em todo o planetaEm um único dia, 234 milhões de pessoas no mundo matam a fome em apenas três minutos, tempo necessário para preparar um lámen instantâneo, símbolo do fast food japonês - e por que não - da própria cultura pop. Sua simplicidade e praticidade garantiram-lhe o imponente título de invenção mais importante do século 20, segundo uma pesquisa do Fuji Institute.
No Brasil, o produto ficou conhecido como miojo devido à marca de mesmo nome, produzido inicialmente pela Ajinomoto e, mais tarde, pela Nissin, devido a uma sociedade entre as duas empresas. No Japão, a Nissin Products foi presidida por Ando até um ano antes de sua morte.
Evolução
O hábito de comer o lámen já faz parte da vida dos japoneses desde o século 17. O primeiro lámen feito no Japão foi preparado por um cozinheiro chinês para o samurai Mito Komon. Mas só depois de sofrer adaptações é que o macarrão caiu para sempre no gosto popular. Hoje existem até grupos de fãs chamados Ramen Kenkyuukai.
O hábito de comer o lámen já faz parte da vida dos japoneses desde o século 17. O primeiro lámen feito no Japão foi preparado por um cozinheiro chinês para o samurai Mito Komon. Mas só depois de sofrer adaptações é que o macarrão caiu para sempre no gosto popular. Hoje existem até grupos de fãs chamados Ramen Kenkyuukai.
Como o preparo é diferente em cada província, os fanáticos percorrem o país para experimentar as versões regionais. Alguns conseguem identificar até os temperos usados no macarrão, que possui características próprias e condimentos únicos. No início do século 20, o lámen já era comercializado na rua por vendedores que pilotavam carrinhos de madeira, que deram lugar às vans nos dias de hoje. Atualmente, existem cerca 30 mil barraquinhas de lámen espalhadas pelas ruas do país – sem contar os restaurantes.
Consumi ruidoso
Um ocidental que entra em um lamenya (restaurante especializado em lámen) é capaz de ficar escandalizado - ou cair na gargalhada - com a sinfonia desafinada dos clientes. É uma regra fazer barulho para sorver o macarrão. Isso ocorre porque o lámen deve ser consumido muito quente para realçar o sabor.
Um ocidental que entra em um lamenya (restaurante especializado em lámen) é capaz de ficar escandalizado - ou cair na gargalhada - com a sinfonia desafinada dos clientes. É uma regra fazer barulho para sorver o macarrão. Isso ocorre porque o lámen deve ser consumido muito quente para realçar o sabor.
Invenção
Tamanha unanimidade fez com que o Japão tenha não apenas um, mas dois museus temáticos de lámen. Um deles fica em Ikeda, terra natal do criador do lámen, Momofuku Ando, e recria as etapas que o levaram a elaborar seu consagrado invento no final dos anos 50.
Tamanha unanimidade fez com que o Japão tenha não apenas um, mas dois museus temáticos de lámen. Um deles fica em Ikeda, terra natal do criador do lámen, Momofuku Ando, e recria as etapas que o levaram a elaborar seu consagrado invento no final dos anos 50.
Seu mérito foi aproveitar um produto de inegável apelo popular, mas que exige tempo de preparo, e transformá-lo em um astro mundial instantâneo. Hoje, o mercado de macarrão instantâneo é um dos setores mais concorridos da economia japonesa. Cerca de 600 novos produtos são lançados anualmente no país.
A concorrência acirrada no segmento não vem de hoje. No início da década de 70, Ando revolucionou, novamente, o mercado com a criação de uma das variedades de maior sucesso até hoje: o Cup Noodles. Em pouco tempo, novos concorrentes entraram na disputa do mercado do lámen instantâneo.
Estima-se que só no Japão, sejam consumidos 5,44 bilhões de lámens instantâneos por ano. Isso quer dizer que cada japonês come o prato pelo menos uma vez por semana. É por isso que as lojas de conveniência fornecem água quente em garrafas térmicas. Assim, é possível o cliente prepará-lo na hora - e comer em pé.
Créditos: Made In Japan
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