Filhos do tempo
São filhos do tempo, são filhos das ruas
Que passam a tarde toda mendigando
Sob o olhar da noite, lá pelas duas
Num toldo então estão cochilando
São filhos do tempo, são filhos da fome
Pelas calçadas buscam sempre um pão
Os restos das feiras é o que se come
Uma boa refeição é pura ilusão
Em toda parte, guardando o seu carro
Qualquer trocado vira pura curtição
Com pouca idade, já fumam um cigarro
E buscam outros modos de emoção
São filhos do tempo, são os nossos filhos
Não esqueçam que amanhã serão pais
Sem algum rumo, andando pelos trilhos
De tanto sofrer, já não choram mais
Sempre em bandos, mas sem lealdade
A sobrevivência pode ser um pistolão
Existe a maldade e se vive a crueldade
A sua realidade é somente a solidão
Quando adoecem, são filhos da morte
São nossos filhos, são nosso futuro
Sem medo de lutar com o mais forte
Há tempos perderam o coração puro
São filhos do tempo, filhos da intolerância
E vivem soltos nas ruas sem esperanças
Ganham preconceitos, perdem a infância
Assim é que crescem nossas crianças
São filhos do tempo, são filhos das ruas
Que passam a tarde toda mendigando
Sob o olhar da noite, lá pelas duas
Num toldo então estão cochilando
São filhos do tempo, são filhos da fome
Pelas calçadas buscam sempre um pão
Os restos das feiras é o que se come
Uma boa refeição é pura ilusão
Em toda parte, guardando o seu carro
Qualquer trocado vira pura curtição
Com pouca idade, já fumam um cigarro
E buscam outros modos de emoção
São filhos do tempo, são os nossos filhos
Não esqueçam que amanhã serão pais
Sem algum rumo, andando pelos trilhos
De tanto sofrer, já não choram mais
Sempre em bandos, mas sem lealdade
A sobrevivência pode ser um pistolão
Existe a maldade e se vive a crueldade
A sua realidade é somente a solidão
Quando adoecem, são filhos da morte
São nossos filhos, são nosso futuro
Sem medo de lutar com o mais forte
Há tempos perderam o coração puro
São filhos do tempo, filhos da intolerância
E vivem soltos nas ruas sem esperanças
Ganham preconceitos, perdem a infância
Assim é que crescem nossas crianças
Poema escrito pelo amigo Luciano Sasaki.
Nenhum comentário:
Postar um comentário