sábado, 28 de fevereiro de 2015

Para aqueles que não podem ver


Aquela parecia ser apenas mais uma cerimônia de formatura de grau superior.
Muitas pessoas reunidas para celebrar a conquista de seus amores. Nomes gritados com empolgação. Convenções ritualísticas antigas, enfim, tudo que sempre se encontra nessas celebrações.
Excelentíssimos, ilustríssimos, discentes, docentes, todos estavam lá.
Os formandos, um a um, desciam de suas cadeiras organizadas em fileiras atrás da mesa principal. A cada nome, ouvia-se uma pequena algazarra de dez, quinze, vinte pessoas, homenageando aquele jovem, em meio ao grande público, que só prestava atenção quando ouvia o nome do formando que estavam prestigiando.
Seguia o cerimonial. Mais um nome chamado e um silêncio profundo.
A formanda demorou um pouco mais para chegar à mesa de autoridades. E o fez com o apoio de um auxiliar da empresa organizadora do evento.
Ela recebeu o diploma simbólico e o público, que até agora apenas esperava o momento de felicitar seus parentes, iniciou uma demorada salva de palmas.
As pessoas estavam surpresas: uma jovem com deficiência visual recebendo o grau de pedagoga das mãos do representante da universidade.
Pensamentos ganharam os ares do anfiteatro. Os mais objetivos e práticos pensavam: Como ela conseguiu? Como conseguiu estudar? Como fazia as provas?
Outros, cépticos e insensíveis, com a ideia de que ninguém consegue sucesso por merecimento próprio, pensavam: Ela deve ter recebido ajuda dos professores, que se apiedaram de sua condição. Ou devem ter facilitado sua vida para que ela pudesse conseguir.
Muitos estavam simplesmente com uma expressão de admiração em suas faces. Sensibilizados, compreendiam que aquilo era possível: uma deficiente visual se formar na universidade.
Sua comemoração, com o diploma nas mãos, foi vibrante, digna de uma autêntica vencedora.
Prosseguiu a cerimônia, iniciando-se as homenagens. Na homenagem a Deus, lá estava ela novamente, levantando-se e sendo guiada até o púlpito.
Havia um brilho especial em sua face. Uma alegria radiante vinda de um Espírito que enxergava melhor do que todos aqueles que estavam ali, que viam apenas com o sentido da visão.
Sua homenagem a Deus foi emocionante e singela.
Seus dedos passavam suavemente sobre os pequenos pontos em relevo da folha de discurso, pontos criados por um outro jovem, o francês Luís Braille, no século dezenove, e que se tornaram uma das janelas de acesso ao mundo para os deficientes visuais.
Suas palavras eram claras, sua dicção perfeita e sua mensagem divina. Ela agradecia a Deus por estar ao seu lado naquela conquista. Seu coração mostrava ao mundo o verdadeiro amor ao Criador, através de sua resignação e perseverança na existência.
Ela dizia, para aqueles que não podem ver, que tudo é possível se persistirem, se lutarem e não desanimarem.
E, sem palavras, apenas com sua presença, dizia que há muito mais beleza neste mundo do que podemos imaginar, e que sonhar sempre será preciso.
Ela dizia isso para aqueles que ali estavam e que ainda não haviam aprendido realmente a ver.

Redação do Momento Espírita.
Em 23.2.2015.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Go West - Pet Shop Boys

Minha mãe sempre amou música...
Na verdade, meus pais sempre amaram...
Nasci numa casa onde sempre havia música...
Minha mãe sempre gostou mais de músicas alegres e de qualquer geração...
Aqui vai uma das músicas que ela mais gostava...



Vá para o oeste

(Juntos) Nós seguiremos nosso caminho
(Juntos) Nós partiremos algum dia
(Juntos) Sua mão na minha mão
(Juntos) Nós traçaremos nosso plano

(Juntos) Nós iremos voar bem alto
(Juntos) Diremos adeus a todos os nossos amigos
(Juntos) Nós começaremos do zero
(Juntos) Isto é o que nós faremos:

(Vá para o oeste) Lá a vida é cheia de paz
(Vá para o oeste) A céu aberto
(Vá para o oeste) Onde o céu é azul
(Vá para o oeste) Isso é o que nós faremos:

(Juntos) Nós amaremos a praia
(Juntos) Nós aprenderemos e ensinaremos
(Juntos) Mudaremos nosso ritmo de vida
(Juntos) Nós trabalharemos e teremos sucesso

(Eu amo você) Eu sei que você me ama,
(Eu quero você) Como eu poderia discordar?
(E é por isso que) Eu não protesto
(E você diz) você fará o resto

(Vá para o oeste) Lá a vida é cheia de paz
(Vá para o oeste) A céu aberto
(Vá para o oeste) Baby, você e eu
(Vá para o oeste) Esse é nosso destino
(Vá para o oeste) Verão ou inverno
(Vá para o oeste) Nós ficaremos bem
(Vá para o oeste) Onde o céu é azul
(Vá para o oeste) Isso é o que nós faremos:

Lá, onde o ar é livre
Nós seremos (nós seremos) o que quisermos ser
Agora, se nós persistirmos
Nós encontraremos (nós encontraremos) nossa terra prometida!

(Eu sei que) Existem muitos caminhos
(Para viver lá) No sol ou na sombra
(Juntos) Nós encontraremos o lugar
(Para nos assentarmos) Onde existe muito espaço

(Não olhe para trás) e o lugar lá atrás no leste
(Lutando) Lutando apenas para banquetear
(E Nós ficaremos) Prontos para sermos dois
(Então é isso que) Nós vamos fazer
(oh, o que nós faremos é...)

(Vá para o oeste) Lá a vida é cheia de paz
(Vá para o oeste) A céu aberto
(Vá para o oeste) Onde o céu é azul
(Vá para o oeste) Isso é o que nós faremos

(Lá a vida é cheia de paz) Vá para o oeste
(A céu aberto) Vá para o oeste
(Baby, você e eu) Vá para o oeste
(Esse é nosso destino) Vamos, vamos, vamos, vamos

(Vá para o oeste) Lá a vida é cheia de paz
(Vá para o oeste) A céu aberto
(Vá para o oeste) Onde o céu é azul
(Vá para o oeste) Isso é o que nós faremos

(Vamos, vamos, vamos, vamos vá para o oeste)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Pessoas têm mais empatia com cães vítimas de maus-tratos


Um estudo atesta que as pessoas sentem maior empatia com cachorros vítimas de maus-tratos que com humanos adultos na mesma situação. Segundo o autor da pesquisa, Jack Levin, da Universidade Northeastern (nos EUA), não é necessariamente o sofrimento animal que nos comove mais que o humano. Crianças geram a mesma empatia que filhotes e cães adultos, o que indica que os peludos são vistos como dependentes e vulneráveis em qualquer fase da vida. Para o estudo, foram coletadas opiniões de 240 pessoas com idades entre 18 e 25 anos.

Texto Camila Rodrigues


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Acredito que cada caso é um caso, mas se observarmos bem, a pesquisa está mostrando que as pessoas estão indo pelo caminho certo...
Afinal, um cachorro é totalmente indefeso...
E infelizmente, os maus tratos ainda são em grande número...
O que mostra que ainda existem muitas pessoas covardes pelo mundo afora....
Afinal, maltratar um ser indefeso como um cachorro ou uma criança, só pode vir de um covarde...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Burakumin


Outro dia, jantando com duas colegas de meu departamento num restaurante perto da minha universidade em Osaka, eu perguntei se elas sabiam alguma coisa sobre os Burakumin. As duas me olharam, literalmente lívidas. “Onde você ouviu falar dessa gente?” Elas me perguntaram. Na conversa que se seguiu, eu aprendi um pouquinho mais sobre os Burakumin, e confirmei o que estudiosos japoneses e internacionais dizem sobre a atitude da maioria dos japoneses em relação aos Burakumin.

Minhas colegas, digo logo de vez, são ótimas pessoas, e ótimas professoras; as duas têm ampla experiência em países do exterior, e falam outras línguas além do japonês e do inglês. Em outras palavras, elas são pessoas educadas e viajadas. Mas, quando o assunto é Burakumin, a reação das duas, que não conseguiam nem sequer pronunciar a palavra em um tom normal de voz, é igual à da maioria dos japoneses.

Mas o que quer dizer Burakumin? Simplesmente, os Burakumin são os párias do Japão. Não párias no sentido de “parasitas.” Os Burakumin são párias no sentido de que eles são considerados ‘impuros,” “inferiores,” e não devem misturar-se à sociedade “normal.” Eu me lembro ter estudado que, na India de muitos anos atrás, uma classe semelhante existia—os “intocáveis,” chamados Dalits--e consistia das pessoas cuja classe não tinha lugar nos corpo da divindade, e portanto estavam “fora.” Os Burakumin do Japão são os exilados dentro de seu próprio país.

Mas quem são estas pessoas Burakumin? Têm alguma doença? Alguma marca física? Não. Os Burakumin—também chamados Eta – são étnica e culturalmente japoneses como todos os outros (pesquisadores calculam que há por volta de 3 milhões de Burakumin no Japão, mas este número é vago, porque muitos escondem sua origem). A única coisa que os marca é a discriminação, que ocorre diariamente, de várias formas, desde um escritório em que o empregado é demitido quando o chefe descobre que ele é Burakumin, ou o candidato ao emprego não é aceito, pela mesma razão, ou uma mensagem de email insultando a pessoa Burakumin, ou grafiti nas paredes das casas. Até pátio de escola não escapa, porque crianças se juntam para fazer troça com a criança Burakumin, fazendo sinais com quatro dedos, imitando animais andando no chão. Como foi que tudo isso começou? Como é possível que um país como o Japão, que a gente acha tão civilizado, tão avançado, ainda mantenha uma tradição bárbara como essa? Há versões diferentes sobre como tudo começou, e há já muitos livros, assim como artigos científicos sobre o assunto. [1] Eu vou dar aqui um breve relato.

Em um artigo chamado “An Inquiry Concerning the Origin, Development, and Present Situation of the Eta in Relation to the History of Social Classes in Japan”—“Uma pesquisa sobre a origem, o desenvolvimento e a situação presente dos Eta em relação à história das classes sociais no Japão”—Shigeaki Ninomiya diz que há três teorias principais sobre a origem dos Burakumin. Uma é que eles são descendentes dos aborígenes, dos povos primitivos do Japão, que foram dominados pelos que vieram posteriormente do continente. Outra teoria diz que os Burakumin são descendentes de imigrantes filipinos e coreanos. Finalmente, a última teoria é a que se chama a teoria “etori,” que vamos discutir com mais detalhe. (Ver Ninomiya em Transactions of the Asiatic Society of Japan 10, páginas 47 a 154).

Os japoneses, como todos os seres humanos, têm que comer. E, se nem só de pão vive o homem, nem só de peixe vive o homem tão pouco, e alguns gostam de comer carne. Sempre gostaram. Aqui no Japão, assim como aí no Brasil, alguém tinha que matar, limpar, preparar os animais para consumo. Os Burakumin assumiram esta tarefa, há muitos séculos atrás. Com o tempo, estas pessoas passaram a ser encarregadas também de trabalhar com os corpos das pessoas mortas, e com a preparação deles para os ritos funerários. Nesta fase, de acordo com alguns estudiosos, os Burakumin tinham uma função de importância dentro do sistema dos templos shintoístas especialmente porque só eles podiam preparar os cadáveres. No meio do século XVIII, Atsutane Hirata (1776-1842), o reformador do Shintoísmo, escreveu que os Burakumin eram inerentemente impuros e interiores, que deveriam ser separados do resto da sociedade, e que deveriam ser impediddos de entrar nos templos. Tal foi feito.

Com a entrada do Budismo no Japão no século VI D.C., a noção da poluição associada à morte já presente no Shintoísmo, mais a proibição do consumo de certos animais, provocou ainda mais a separação dos Burakumin. Eles passaram a ser mantidos em bairros ou vilas — Buraku (que significa “vila” em japonês) — e vistos como seres sujos e potencialmente poluidores. Em Kyoto, no ano de 1715, e em Tokyo, no ano de 1719, foram feitas pesquisas sobre as populações de Burakumin, consultando-se os registros de família. Desta pesquisa resultou uma lista das pessoas que pertenciam a esta classe.

Para se compreender a importância destes registros de família até hoje no Japão, basta lembrar dois fatores. O primeiro, tem que ver com o famoso e infame ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori, que buscou guarida no Japão depois de causar perdas, danos e mortes no seu país de nascimento. Como o nome dele consta do registro da família Fujimori, e este registro está guardado em algum templo no Japão, Alberto Fujimori pôde fazer uso do fato de que, pra todos os efeitos, ele é “japonês,” e pode ficar no país por tempo indefinido, pelo resto da vida, ao que tudo indica.

O segundo fator é que ainda é usada a tal lista dos Burakumin no Japão. A lista feita no século XVII foi atualizada por detetives particulares, e, mais uma vez, foram consultados os registros de família. Mais de duzentas companhias japonesas compraram esta lista para poderem identificar os Burakumin e excluí-los dos empregos. Segundo algumas fontes, também famílias compram esta lista ou contratam estes detetives para pesquisar a origem dos namorados das filhas e das namoradas dos filhos. [2]

Então, uma prática tão antiga como esta de separar uma classe de pessoas e fazê-la assumir a posição mais inferior na escala social ainda permanece no Japão do século XXI. É preciso esclarecer que uma medida oficial foi tomada: o governo japonês declarou, em 1871, no Edito de Emancipação Meiji (Ordem número 61), que abolia os o status oficial dos Burakumin e os re-nomeava shin heimin (novas pessoas comuns). Mas esta medida não foi acompanhada por nenhuma ajuda financeira ou educacional, e não houve nenhuma mudança na maneira que as religiões shinto-budistas encaravam os membros do grupo de “novas pessoas comuns.” Isto significou que os Burakumin continuaram sofrendo discriminação, não podendo participar livremente de atividades religiosas, ocupando os níveis mais pobres da sociedade. A maioria não freqüentava escolas, e portanto não aprendia a ler nem escrever, e isso perpetuava sua situação de subalternidade.

No começo do século XX, o movimento para a libertação dos Burakumin começou, influenciado por movimentos semelhantes na Coréia e na Rússia. Mas, com o início da segunda guerra mundial, os membros da comunidades Burakumin voltaram à estaca zero, e passaram a sofrer talvez ainda mais discriminação que antes, porque haviam ousado expressar-se. Depois da guerra, com o Japão destroçado, outra vez sofreram os Burakumin, que além da miséria que todos sofriam, tinham ainda que enfrentar a discriminação facilitada pela infame lista que os impedia de conseguir melhores empregos. Muitos deles tentaram e conseguiram sair da comunidade, e até hoje tentam esconder sua origem.

Frisando o que já deve estar claro: não há nenhuma razão física, emocional, racial, mental, ou cultural para a discriminação contra os Burakumin. O que os destaca é o fato de que seus antepassados eram forçados a lidar com animais e preparar cadáveres, e eles tinham que além de tudo pagar impostos mais altos que todos os demais japoneses. Ainda hoje, os Burakumin estão geralmente empregados em empresas de processamento de carne, e são das pessoas mais pobres do Japão. E, também ainda hoje, muitas crianças Burakumin são molestadas por colegas na escola, e chamadas de nomes relacionados a animais.

É importante realçar, entretanto, que alguns dos artistas mais importantes da história do Japão foram — e são — Burakumin. Entre eles, houve vários artistas e criadores do teatro noh, assim como de kabuki, e de kyogen. Entre os escritores, sempre se menciona Mishima (autor de, entre outros, O templo do pavilhão dourado, traduzido ao inglês como The Temple of the Golden Pavillion), e atualmente Kenji Nakagami, que faz questão que se saiba que ele é Burakumin. Mas Nakagami é uma exceção. A maioria dos Burakumin não podem se dar ao luxo de exibirem a marca da discriminação, pela simples razão que, se fizerem isso, perdem emprego, e a possibilidade de se casarem com pessoas de for a do grupo.

Voltando à história do meu jantar com minhas colegas da faculdade: depois de passado o primeiro choque causado pelo meu interesse pelo assunto, elas tentaram me convencer (enquanto falavam bem baixinho e olhavam pra ver se das mesas vizinhas ninguém estava nos escutando) que, mesmo na nossa universidade, há professores “desta classe.” Quem são eles? eu perguntei. Elas não puderam responder. Como vocês sabem que eles são Burakumin, se eles são iguais a todos os demais japoneses? Elas também não souberam responder. Talvez, numa cultura que abomina todo o que é diferente, esta existência às vezes fantásmica dos Burakumin funciona como uma forma de controle social. A classe seria, então, como o abismo do qual todos, mesmos os que vêm dela, fogem horrorizados, mas ao qual todos retornam, como que hipnotizados, afinal, ninguém pode ter certeza absoluta, mesmo com a famosa lista. Quando eu saí do restaurante com as colegas, eu fiquei imaginando se uma delas é Burakumin. Talvez elas estivessem pensando o mesmo uma da outra. Quem sabe até de mim? Embora eu seja claramente “gaijin”—estrangeira—nunca se sabe. . .

Este pensamento me fez lembrar do brilhante filme “Blade Runner,” em que há, além dos seres humanos, uma classe de gente “sintética,” os “replicants,” que foram criados para trabalhar em lugares perigosos na galáxia, e agora estão querendo voltar à Terra. Eles têm sentimentos, memórias, e o mesmo corpo físico que todos os humanos: é quase impossível saber com certeza quem eles são. Na última cena do filme, um dos detetives representado por Edward James Olmos se volta para o personagem representado por Harrison Ford. Este último se apaixonou por uma mulher lindíssima, e descobriu que ela é uma replicant. Os replicants morrem logo. Os replicants estão sendo eliminados, por ordem do governo. Harrison Ford sabe disso. Ela pode morrer a qualquer momento. E ele está arriscando tudo pra ficar com ela, mesmo que seja contra a lei. O companheiro detetive entende. Olves se volta para Harrison Ford e diz, referindo-se à mulher, “É uma pena que ela não vai durar.” E remata, “Mas, afinal, quem vai?” Transpondo este momento para a situação dos Burakumin do Japão, podemos dizer sobre qualquer pessoa aqui, “É uma pena que ela seja Burakumin.” Mas, afinal de contas, no fundo, no fundo, quem não é?

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NOTAS

* Professora de Espanhol e English Communication na Mukogawa Women's University, em Nishinomiya, no Japao; autora de Mazzaropi, o artista do povo - EDUEM, 2000
[1] Como este assunto é pouco conhecido no Brasil, aproveito a oportunidade para sugerir alguns títulos aos que se interessam e querem saber mais. Recomendo especialmente George DeVos e Hiroshi Wagatsumo, Japan’s Invisible Race: Caste in Culture and Personality (Berkeley: University of California Press, 1966), Michael Weiner, ed., Japan’s Minorities; The Illusion of Homogeneity (London/New York: Routledge, 1997), Jean-François Sabouret, L’Autre Japon, les burakumin (Paris: La Descouverte/Maspers, 1983), Suehiro Kitaguchi, An Introduction to the Buraku Issue; Questions and Answers ( Richmond, Surrey; Curzon, 1999), e The Reality of Buraku Discrimination in Japan (Osaka; Buraku Liberation Research Institute Publications, 1994).
[2] Além dos Burakumin, as famílias também não admitem que os filhos e filhas se casem com coreanos ou chineses—cujas famílias muitas vezes estão no Japão há muitas gerações, mas ainda não têm a cidadania japonesa, diga-se de passagem. O mero nascer no Japão não faz ninguém japonês, daí a importância dos registros de família (como o sabem os descendentes de japoneses que puderam reclamar a sua “cidadania” porque os nomes de suas famílias constam aqui no Japão).

EVA PAULINO BUENO

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Um pouco sobre a saúde de minha mãe e como tudo aconteceu


Cada um tem uma forma de extravasar sua dor...
Eu tenho o costume de escrever...
A origem desse blog deu-se por causa do Cão.
Quando ele teve suas patinhas traseiras paralisadas por causa de sete hérnias de disco, pesquisei muito na Internet na época sobre o assunto.
Só encontrei artigos falando sobre a causa e o tratamento, nada pessoal, nenhum testemunho, nenhum relato... Assim, decidi abrir um blog e falar sobre minha experiência...
Sendo que é a postagem que mais tem comentários aqui no blog...
Clique aqui e veja a postagem.
Então, não preciso dizer que o objetivo maior do Blog, é tentar passar para as pessoas, ajudar de alguma forma, através de minhas experiências pessoais.
Para aliviar um pouco a dor vou escrever um pouco sobre o que estava acontecendo com a saúde de minha mãe e espero realmente que muitos leiam e vejam o que pode acontecer por causa de uma doença que muitos não se preocupam como deveriam...
Minha mãe foi diagnosticada como diabética aos 35 anos.
No começo, ela começou a fazer a dieta recomendada e tomar os medicamentos.
Mas, com o passar do tempo, ela simplesmente largou tudo...
Se achava a mulher maravilha, que nada iria acontecer com ela.
Também confesso que os problemas familiares contribuíram para que ela não pensasse em nada, além deles...
Os anos foram se passando.
Com os filhos crescidos e os problemas resolvidos, ela insistia em não ir ao médico, só pensava em trabalhar...
Eu, daqui do Japão sempre insistia para que ela fosse ao médico e sei que meu irmão, que morava com ela, também falava a mesma coisa...
Mas, minha mãe era tão teimosa como seus filhos... Tivemos a quem puxar... rs
Aos 62 anos as coisas complicaram de vez...
Para quem não sabe, a diabete é uma doença traiçoeira...
Ela dá seus sintomas, mas a pessoa geralmente vive anos achando que é um mal estar ou coisa do tipo.
Suas complicações aparecem muitos anos depois geralmente e quando chegam, chegam de uma forma que geralmente não há como consertar digamos assim.
Clique aqui e veja este artigo bem interessante que explica sobre a diabete.
A primeira complicação que ela teve, foi a paralisação dos rins, Nefropatia diabética, e ai teve que começar a fazer hemodiálise dia sim, dia não, até que mudou para outra clínica que fazia três vezes por semana.
Clique aqui e saiba mais sobre a Nefropatia diabética.
Quem conhece hemodiálise, sabe o quanto é complicada, dolorosa e algumas coisas mais...
No começo ela sofreu muito para se adaptar, mas com o passar do tempo, ela se acostumou.
Ela sempre amou muito a vida e como sabia que era necessário fazer as seções para que pudesse viver...
Mas, não é fácil, além das seções, sua vida muda completamente. Seus hábitos tanto alimentares como os do dia a dia como de todos a sua volta.
Após algum tempo, sua vista começou a ficar ruim, até que ela perdeu totalmente a visão...
Ela teve uma doença chamada Retinopatia Diabética que não tem cura, não tem jeito.
Clique aqui e saiba mais sobre essa doença.
Então, como podem ver, a diabete é uma doença que começa a destruir seu corpo aos poucos, sem você perceber...
Por isso há a necessidade de fazer o possível para evitá-la ou quando for diagnosticado com ela, cuide-se, porque o futuro pode ser triste...
Quem se cuida, pode viver uma vida normal, sem problemas.
Claro que cada caso é um caso, mas seguir as orientações médicas, é muito importante para seu próprio bem estar.
Minha mãe tinha outras doenças e a diabete acabou por complicá-las...
Quem faz hemodiálise, sabe que a máquina acaba forçando o coração, sendo que muitos pacientes acabam falecendo durante as seções, ainda ligados a máquina.
Minha mãe era hipertensa além de tudo.
E o que causou a morte de seu corpo físico, foi um AVC hemorrágico.
Disse a médica que ela teve um dos piores, foi na parte de trás do cérebro...
O sangue se espalhou por várias partes do cérebro e ela teve morte cerebral instantânea.
Clique aqui e leia sobre o AVC Hemorrágico.
Para quem não sabe, eu lutei muito para trazê-la para cá, pois não tinha condições de ir para o Brasil, nem mesmo para visitá-la.
Mas, nesses 4 anos, sempre estivemos juntos em alma.
Acompanhei suas dores, seus medos, suas tristezas e alegrias, pois sempre conversávamos por telefone e ela me contava tudo, ou quase tudo.
Tinha coisas que não me contava para que eu não me preocupasse, mas nossa ligação sempre foi tão grande, que eu não sei como, sabia que o que estava acontecendo.
Não tudo, não com certeza absoluta, mas sentia que algo estava errado e insistia até que ela falasse.
Os últimos anos dela não foram fáceis e ela não se revoltou apenas porque confiou sempre em Deus.
Mas, não estava sendo fácil.
O marido dela estava ao lado dela quando aconteceu o AVC e ele me contou que quando ela começou a não conseguir falar ela disse: "será que vou ficar sem falar também?!"...
Eu não sou nenhum santo, nenhum ser de luz, nenhum bom samaritano, mas sofro quando vejo qualquer ser vivo sofrer, imaginem como me sinto sabendo sobre a pessoa que mais amo nesse mundo?!
Por isso que decidi escrever essa postagem.
Se você tem diabete ou conhece alguém que tenha, pense bem no que deve ou não fazer...
Minha mãe se achava a mulher maravilha e olha o que aconteceu com ela...
Era uma mulher totalmente independente, por toda a vida foi e nos seus últimos anos, o que a mais a revoltava, era o fato de depender de tudo e de todos.
Ninguém reclamou, muito pelo contrário, todos ajudaram sempre com muito amor e carinho, mas é algo para se pensar...
Nessa postagem existe vários links para se ler, aprender e pensar bem sobre o que pode ou não acontecer com você ou alguém próximo.
Pense bem, porque é muito difícil e doloroso ver alguém que amamos passar por coisas assim...
Abraxos.


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Vá com Deus Minha Mãe Amada...


A primeira lembrança que tenho de alguém nesta vida é de minha mãe.
Ela uma vez me perguntou o porque que adoro tanto uma foto dela em especial e disse que é porque é aquele rosto, daquela foto, que tenho como minha primeira recordação.
Fui o primeiro filho dela e ela era totalmente inexperiente.
Minha mãe era muito inocente e não sabia de muita coisa a respeito de sexo, de onde nascem os bebês e tudo mais.
Sua mãe faleceu quando ela tinha apenas 18 anos e suas irmãs nunca a ensinaram sobre isso.
Fiquei sabendo anos depois, que quando eu estava para nascer, ela ainda não sabia por onde eu ia sair...
Isso mostra bem quem era minha mãe, uma pessoa totalmente ingênua...
Não confundam ingenuidade com ignorância...
Ela sempre fora uma pessoa muito culta, apenas desconhecia a sexualidade, a maldade...
Quando eu tive a minha primeira prisão de ventre e muitos gazes, ela chegou a escrever uma carta para mim, dizendo que estava desesperada, não sabia o que estava acontecendo, mas que ia me levar ao hospital e estava orando para que tudo desse certo...
Acho que peguei essa mania com ela de escrever...
Minha mãe foi maravilhosa e muito exigente também.
Ela me educou rigidamente.
Postura, talheres e etc...
Porém, me deu uma vida de fantasia...
Não havia um sábado ou domingo que não houvesse passeio.
Durante a semana, sempre indo ao parque da Água Branca, no Bairro das Perdizes, onde morei até meus quatro anos.
Depois, Ibirapuera, quando mudamos para o Itaim Bibi.
Final de semana era em parques, zoológicos, o famoso PlayCenter, cidades como Itu, Embu das Artes e etc...
Era sempre eu e ela....
Quando eu tinha meus 2, 3 anos, ela tinha crises enormes de enxaqueca e pedia para eu ficar quietinho, porque ela precisava deitar.
Eu ficava mexendo no cabelo dela até que ela adormecesse.
Minha mãe foi uma mãe presente em toda minha infância...
Eu a admirava...
Mesmo não entendendo da vida, eu a via fazendo tudo para o meu bem estar, do meu pai, de nossa família.
Ela chorava às vezes, contava sua tristezas e angústias para mim, mesmo eu não entendo bem o que estava acontecendo.
Era uma leoa quando alguém tentava mexer comigo...
Ela me ensinou a gostar das pessoas pelo que elas são por dentro, tratar todos bem, ajudar sempre que possível qualquer pessoa...
Me ensinou a nunca desistir, batalhar sempre, sempre ser honesto.
Ela sempre falava que podemos enganar qualquer pessoa, mas nunca Deus, que sempre estava olhando tudo que fazemos...
Ela sempre tentou me ajudar, a me mostrar tudo que podia, para que eu não sofresse como ela sofreu...
Nasceu caçula de uma família de imigrantes japoneses, onde a diferença dos irmãos mais velhos, passava dos 10 anos, sendo que tinha sobrinhos da idade dela.
Fora mimada pela mãe que já não tinha saúde e pelo pai que queria que ela fosse diferente, estudasse.
Minha avó não a ensinou a lavar, passar ou cozinhar como fez com as outras filhas, o que causou infelizmente um grande atrito entre as irmãs e minha mãe.
Apanhava das irmãs e tudo mais...
Quando a mãe dela faleceu, tudo piorou.
Uma de suas irmãs mais velhas, já casada e com filhos, fora morar em São Paulo e meu avô pediu para que ela levasse minha mãe junto para que estudasse. Deu dinheiro para isso, uma fortuna na época.
Mas, parece que a irmã a colocou para estudar numa escola para aprender a cortar cabelo em vez disso, afinal naquela época, ou era isso ou era costura, imagina colocar a "dondoquinha" para estudar...
A irmã decidiu ir para o Sul do país e minha mãe se recusou a ir junto, ficou na casa de uma "obasan", dona de um salão, vivendo a troco de uma cama e comida.
A irmã, simplesmente virou as costas a ela e nem a família contou, sendo que todos, sem exceção, tinham uma vida financeira muito boa.
Mas, minha mãe também se recusava a voltar a morar com eles e os motivos, devem ficar aonde estão, no passado.
Ela conheceu Dona Balbina Sant'anna, que virou sua madrinha de casamento e minha de batizado.
Vó Bina, como era chamada por mim, não tinha filhos e acabou adotando praticamente minha mãe.
Senhora da sociedade, fina, educada e muito bem financeiramente, decidiu reeducar minha mãe nos princípios ocidentais, que minha mãe desconhecia.
Continuou a trabalhar no salão e voltou a estudar.
Depois de alguns anos conheceu meu pai e se casou.
Não foi feliz no casamento.
Fez tudo para dar certo, lutou muito, mas não deu certo.
Largou meu pai, e foi a luta com seus dois filhos.
Minha mãe sempre exigiu muito de mim, sempre contou comigo e confesso que muitas vezes isso me desgastou.
Mas, sempre fomos amigos, amigos mesmo além de mãe e filho.
Contávamos tudo um para o outro sempre.
Passamos na minha adolescência uma fase bem tumultuada, é verdade, pois ambos estávamos passando por grandes problemas.
Ela com o fim do casamento e se vendo com dois filhos e eu na fase mais chata que um ser humano pode passar rs
Mas, sempre estávamos juntos.
Eu não conheço mulher no mundo mais lutadora do que ela.
Não conheço nenhuma mãe melhor do que ela.
Não conheço exemplo melhor do que o dela...
Quem conheceu a Dona "Toyo" sabe o quanto ela amava a vida, o quanto lutou por ela nesses últimos anos...
Foi com ela que aprendi que a distância física não importa...
Ela se sentia mais perto de mim, mais conectada a mim do que a qualquer pessoa e eu idem...
Nos falamos no domingo, ela estava muito bem...
Me disse que estava preocupada porque estava sonhando muito comigo...
E eu não tive coragem de dizer a ela o porque....
Eu estava bem, mas sabia que ela iria partir, pois já tinha sido avisado...
A partida do Cão e dela já tinham sido programadas e estavam ligadas...
Eu sei que ela terminou sua missão aqui na Terra, que agora vai ser assistida por espíritos amigos, que estão muito felizes com sua chegada, mas não é fácil.
Mas, eu não quero sentir só tristeza e dor, porque ela é uma mulher incrível e merece ser lembrada de maneira alegre e pela grande mulher que foi aqui nesta Terra!
Mas, confesso, não está sendo fácil perder as duas pessoas que mais amo em questão de dias...
 

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Funções secretas do seu celular que você não sabia


Emergência I

O número universal de emergência para celular é 112!
Se você estiver fora da área de cobertura de sua operadora e tiver alguma emergência, disque 112 e o celular irá procurar conexão com qualquer operadora possível para enviar o número de emergência para você, e o mais interessante é que o número 112 pode ser digitado mesmo se o teclado estiver travado.
Experimente!

Emergência II

Você já trancou seu carro com a chave dentro? Seu carro abre com controle remoto? Bom motivo para ter um celular. Se você trancar seu carro com a chave dentro e a chave reserva estiver em sua casa, ligue pelo seu celular, para o celular de alguém que esteja lá. Segure seu celular cerca de 30 cm próximo à porta do seu carro e peça que a pessoa acione o controle da chave reserva, segurando o controle perto do celular dela. Isso irá destrancar seu carro, evitando de alguém ter que ir até onde você esteja, ou tendo que chamar socorro. Distância não é impedimento. Você pode estar a milhares de quilômetros de casa, e ainda assim terá seu carro destrancado.

Emergência III *3370#

Vamos imaginar que a bateria do seu celular esteja fraca. Pra ativar, pressione as teclas: *3370#
Seu celular irá acionar a reserva e você terá de volta 50% de sua bateria. Essa reserva será recarregada na próxima vez que você carregar a bateria.

Emergência IV *#06#*

Para conhecer o número de série do seu celular, pressione os seguintes dígitos: *#06#* Um código de 15 dígitos aparecerá. Este número é único. Anote e guarde em algum lugar seguro. Se seu celular for roubado, ligue para sua operadora e dê esse código. Assim eles conseguirão bloquear seu celular e* o ladrão não conseguirá usá-lo de forma alguma*. Talvez você fique sem o seu celular, mas pelo menos saberá que ninguém mais poderá usá-lo.”

sábado, 21 de fevereiro de 2015

A escolha acertada



Foi durante a guerra civil chinesa, que sucedeu ao conflito mundial da Segunda Guerra.
Wong e sua esposa Lee, com as quatro filhas, tinham urgência em sair da China, rumo a Hong Kong. Ele era um ilustre professor procurado pelas forças que oprimiam o país.
Enquanto ele tentava conseguir um meio de transporte que, a muito dinheiro, os pudesse levar para o campo, à casa de um tio, onde se poderiam ocultar, tentando salvar as próprias vidas, Lee tentava acalmar as pequenas.
Ela precisava cuidar da bagagem, porque não eram poucos os que se aproveitavam para saquear os incautos. As crianças, assustadas, em meio à movimentação intensa, choramingavam, agarradas às suas vestes.
Num tempo que pareceu eterno, o marido chegou com um jinriquixá, uma espécie de carrinho, puxado por um homem. Enquanto ele providenciava a acomodação das malas, embrulhos e valises no pequeno transporte, um outro se aproximou.
Vislumbrando a chance de um bom dinheiro, ofereceu-se para levar a família ao seu destino por um valor menor.
O professor Wong, homem prático, aceitou. Porém, a esposa disse que não era correto dispensar o homem que antes fora contratado. Afinal, ele perdera seu tempo, andara até ali puxando seu veículo e merecia respeito.
Falou de forma tão incisiva que o marido aceitou suas ponderações e lá se foram, no transporte mais caro.
Quase ao final da viagem, um impasse. O tio de Wong morava do outro lado do canal, e o condutor do jinriquixá não ousou atravessá-lo.
O casal dividiu a bagagem entre si e as pequerruchas e venceram a pé a ponte.
Chegando à casa do tio, se acomodaram, alimentaram as filhas e as deitaram. Duas horas se haviam passado. Então, Lee se deu conta de que faltava uma mala.
Exatamente aquela em que havia escondido todo o dinheiro que haviam conseguido juntar, antes da fuga.
E agora? Pôs-se a chorar, abraçada ao marido.
Como continuar a fuga? Como dar continuidade à vida, sem nada a não ser as roupas e quatro bocas famintas para alimentar?
Alguém bateu à porta. Todos se olharam temerosos. Seriam andarilhos salteadores? Talvez guerrilheiros que lhes haviam descoberto a fuga?
O tio, procurando demonstrar uma calma que longe estava de sentir, abriu a porta. A punição por acolher fugitivos era a morte.
E ali estava o condutor... com a mala. Ao ver que fora esquecida em seu transporte fizera um longo trajeto de volta, ousara atravessar a ponte, somente para entregar a uma família fugitiva a mala, com o seu conteúdo intacto.
Todos ficaram parados, sem reação, pelo inusitado do momento. Um gesto de honestidade em meio à confusão que vivia o país e onde muitos somente pensavam em tomar dos outros, à força, o que pudessem.
Lee ajoelhou-se e agradeceu a Deus, que lhe havia inspirado fazer a viagem com aquele homem, apesar do preço mais elevado.
* * *
A gratidão e a honestidade se revelam nos corações bem formados.
Mesmo em meio ao caos, o homem guarda na intimidade valores reais dos quais lança mão, em momentos precisos.
Por vezes, um simples gesto pode redundar em muitas bênçãos. Como o de Lee, em manter a fidelidade ao contrato verbal acertado com um desconhecido, em meio à angústia e quase pavor, que alcançou ressonância em outro coração, quiçá, tão perseguido e maltratado como o dela mesma.

Redação do Momento Espírita, com base em fato, narrado pela filha do Professor Wong, Shou Wen Allegretti.
Em 18.2.2015.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Palavra “aperreado” tem origem na colonização espanola e nos ataques aos nativos utilizando cães


Espanhóis fizeram o uso de cães para massacrar índios durante o período de colonização

Escrito por Samantha Kelly
Jornalista do Portal do Dog

Como uma boa nordestina, já escutei muitas vezes e declarei outras tantas estar aperreada ou com aperreio, com o intuito de expressar um sentimento de impaciência, agonia, ansiedade ou para referir a uma situação difícil.

Apesar de seu significado atual, a palavra na verdade tem origem na colonizaçao espanhola da América do Sul em um contexto perverso, reflexo cru e real das barbaridades que os nativos sofreram e que nós, atualmente, aprendendo uma versão romantizada da história, não temos acesso.

Aperreado tem origem na palavra perro, que em espanhol significa cachorro. Aperreamiento (aperreamento em português), então, significaria literalmente ser alvo do ataque de cães. O surgimento da palavra veio da prática odiosa de atiçar cães ferozes contra os nativos, com o intuito de assustá-los ou, mais especificamente, para serem devorados vivos.

Acredita-se que os primeiros cães que chegaram da Europa vieram com Cristovão Colombo, em sua segunda viagem, no ano de 1493. Localmente, a região já contava com os cães das mais variadas cores e tamanhos, e um em particular que de tão manso, ganhou o apelido de “cão mudo”. Eram conhecidos na língua náuatle (também conhecida como asteca) pelos nomes de techichi ou itzcuintli, e já haviam sido domesticados pelos índios para serem companhia das crianças. Apesar de serem encontrados em abundância, o fato de sua carne ser consumida causou sua eventual extinção.

Cães espanhóis que entraram para a história como heróis, sendo até mesmo foco central de lendas, como Becerrillo, Leoncillo, Amadis e Bruto, fizeram parte dessa matança, que foi acentuada na Venezuela, Peru e Colômbia.

É possível nos transportarmos para o que de fato pode ter sido o massacre com os relatos de Bartolomeu de las Casas (1474-1566), um frei dominicano espanhol famoso por denunciar as brutalidades cometidas por seus compatriotas. Dentre os mais chocantes relatos, o frei afirma que os espanhóis mantinham uma espécie de açougue, no qual penduravam pedaços de índios para oferecer aos cães como alimento.

O açougue humano. Obra de Theodor de Bry.

Evidenciando a importância dos cães nessa jornada sangrenta, os trabalhos visuais de Theodor de Bry mostram em diversos episódios, claramente, os ataques caninos. De Bry nunca visitou a América do Sul e suas obras eram baseadas nos relatos dos exploradores.

Lâmina XI. Obra de Theodor de Bry.

Uma vez que o processo de colonização já estava mais estabelecido, os cães começaram a perder o protagonismo que adquiriram no começo do século, com alguns sendo oferecidos a população. Por não saber o que fazer com os cães, muitos foram soltos e se tornaram selvagens. A partir de então, por muito tempo, travou-se uma guerra contra os animais, que atacavam aldeias e comiam o gado.

A mudança veio para alguns cães, que foram reabilitados e reintroduzidos na sociedade, agora usados para a proteção, como na cidade de Lima, e para o auxílio na caça.


*Dica de Socialista Morena, baseado na pesquisa de Alfredo Bueno Jiménez, com o trabalho “Os cachorros na conquista da América – História e Iconografia” (leia aqui).

Fonte: Portal do Dog

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Serviço Funerário para Cachorros e Gatos em Nagoya-Shi ( Japão )


Como sabem, a 11 dias meu primogênito, o Cão, partiu para nossa morada verdadeira.
Quem mora no Japão, sabe que aqui não se enterra um corpo, se crema.
E com nosso filhotes de pelo, não seria diferente.
Cada cidade possui um crematório para animais.
Com certeza, a Clínica Veterinária da sua cidade, vai informar o telefone e endereço do local quando você precisar.
Mas, o importante é saber que nem todos os dias há cremação.
Por isso, há a necessidade de ligar antes.
No meu caso, no dia do falecimento do Cão, não era nenhuma data religiosa, então havia cremação.
O lugar é muito bonito, muito verde, pelo menos o aqui de Nagoya.
Onde você é atendido, existe ao lado, vários carrinhos onde você deve deixar o corpo do pequeno.
Após isso, aguarde na fila para ser atendido.
A pessoa que irá te atender, irá pedir para você preencher um papel com seus dados e do seu pequeno.
Feito isso, irá te perguntar ser quer ou não que se celebre uma missa para o pequeno.
O preço está incluso.
Depois se você vai querer comprar um caixão ou não.
Depois se você vai querer que as cinzas sejam depositadas no local ou se você quer levar para casa.
Se você optar por levar para casa, deve escolher a urna e o preço varia.
No meu caso, achei melhor as cinzas serem depositadas num local que eles possuem próprio para isso.
Assim, mesmo sabendo que meu filho não está lá, posso ter um local para visitar, fazer uma homenagem...
O preço também varia dependendo de sua escolha.
Você pode ficar ou não até o corpo ser cremado...
 O site para mais informações do Templo de Cremação de Animais aqui em Nagoya é esse:


Espero que esta postagem ajude caso alguém necessite.
Eu, sinceramente não sabia nada sobre esse assunto e minha sorte foi ter bons amigos junto a mim nesse momento que realmente foi muito dolorido...

Abraxos.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Os cães sabem o que estamos sentindo através das nossas expressões faciais

Muitas pessoas afirmam que seus cachorros sabem quando elas estão tristes. E agora um estudo confirmou que os cães conseguem distinguir o que estamos sentindo apenas olhando nossas expressões faciais.

Não é à toa que o cão é considerado o melhor amigo do homem e essa descoberta ajuda a explicar a forte ligação que existe entre cachorros e humanos.

De acordo com os cientistas, os cães têm uma habilidade impressionante para compreender nossas emoções.

Os cachorros conseguem diferenciar rostos felizes dos bravos. 
(Foto: Reprodução / Daily Mail UK)

Os pesquisadores da Universidade de Medicina Veterinária em Viena fizeram testes com 24 cachorros. Para realizar os experimentos comportamentais, foram mostrados diversos rostos aos cachorros em um touch screen.

Eles descobriram que os cachorros conseguem diferenciar com precisão fotos de rostos felizes e bravos.

E, de acordo com Ludwig Huber, autor do estudo, os cães são capazes de reconhecer as expressões faciais de qualquer pessoa, não apenas de seus tutores.

Nossos companheiros de quatro patas associam rostos felizes com um significado positivo e, rostos bravos como algo negativo. E mesmo quando os pesquisadores incentivavam os cães a escolherem os rostos bravos através de petiscos, eles relutavam.

A habilidade dos cães para identificar nossas emoções é incrível. 
(Foto: Reprodução / Daily Mail UK)


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Resultado de um escritório cheio de gatos: diminui o estresse e aumenta produtividade


Isso mesmo, imaginem um escritório com gatos passando por todos os lugares, embaixo das mesas, pelos nossos pés e subindo nas prateleiras.

Isso já é uma realidade em uma cidade que talvez não esperássemos que tivesse uma iniciativa como essa: Tóquio. Por ser uma cidade super povoada e com pouco espaço para bichos de estimação e muita restrição a criação de pets em apartamentos, talvez esse não seria o primeiro nome que pensaríamos para abrigar essa postura.

Mas, acreditando em uma resposta positiva dos funcionários, uma empresa japonesa implantou a ideia de permitir que seus colaboradores possam interagir com animais de estimação com mais frequência: um local de trabalho povoado de felinos.



Os escritórios da Ferray Corporation, uma empresa de soluções de internet, tem hoje nove adoráveis gatos resgatados que estão autorizados a circular livremente durante todo o dia. O mais bacana é que os funcionários tem relatado diminuição do nível de stress desde que os bichanos estão na área.

É claro que um monte de gatos andando solto na empresa não livra a empresa de imprevistos, como desligar computadores, riscar a parede, rasgar papéis ou ainda atrapalhar a digitação enquanto eles insistem em deitar em cima do teclado do computador.

Até a comunicação entre os colaboradores melhorou, pois eles tem assunto de sobra pra falar relacionado aos bichanos! E consequentemente todos os outros assuntos fluem mais facilmente. 


E se algum funcionário quiser adotar um felino, a empresa ainda banca um “vale-gato” no valor equivalente a R$ 110 para cobrir as despesas do animal.

E a empresa admite: a qualidade mais destacada dos candidatos para trabalhar por lá é amar os gatos, e depois as outras competências.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Repensando propósitos


 Gêngis Khan

Alguém escreveu que a astronomia é uma experiência que forma o caráter e ensina a humildade.
Certamente, não há melhor demonstração da tolice das vaidades humanas do que se observar um mapa astronômico em que o nosso planeta aparece como um minúsculo ponto.
E basta se estudar um pouco a História da Humanidade para se ter ainda mais a dimensão da tolice das nossas ambições.
Lemos a respeito dos grandes conquistadores e nos perguntamos: De que lhes valeu tantos crimes, em nome de conquistas de territórios e submissão de povos?
Lembramos de Temujin, que comandou a Mongólia, sucedendo ao pai. Bastou uma vitória militar e o povo o declarou Gêngis Khan, que quer dizer imperador universal.
Para fazer jus à homenagem, ele saiu em uma campanha militar, que durou vinte e cinco anos. Conquistou os tártaros e a China. Depois, as hordas mongóis varreram a Rússia, detonaram o Império Persa, engoliram a Polônia, a Hungria e ameaçaram a Europa como um todo.
Temujin morreu aos sessenta e cinco anos. Foi sucedido por seu filho Ogedei e, por algum tempo, as conquistas continuaram. Mas, depois, o Império começou a se esfacelar e as hordas mongóis tomaram o rumo de casa.
Recordamos de Alexandre, o grande, o mais célebre conquistador do mundo antigo. Tornou-se rei aos vinte anos, após o assassinato de seu pai.
Sua carreira é muito conhecida. Conquistou um império que ia dos Balcãs à Índia, incluindo o Egito e o atual Afeganistão.

Alexandre, o Grande

Foi o maior e mais rico império que já existiu. Morreu antes de completar trinta e três anos, não se sabe se por envenenamento, malária, febre tifoide ou alcoolismo.
Não se discutem os benefícios das campanhas, pois Gêngis Khan uniu as tribos mongóis e tornou conhecidos do Ocidente os povos do Oriente, enquanto Alexandre, admirador das ciências e das artes, transformou Alexandria em centro cultural, científico e econômico, por trezentos anos.
No entanto, de que lhes valeu tanto sangue derramado, tantas terras conquistadas? A morte lhes encerrou as carreiras e seus impérios bem cedo se esfacelaram.
Isso nos remete a reflexionarmos a respeito de nós mesmos. O que estamos fazendo para alcançar nossa realização pessoal?
Estamos agindo de forma ética, correta, ou buscamos destruir quem esteja à frente, exatamente como faziam os grandes conquistadores?
Certo, não nos servimos do assassinato físico, mas quantos sonhos alheios teremos destruído, em nosso propósito de ascensão?
Os verdadeiros valores são morais. Esses não são destruídos pelo tempo e nem são amaldiçoados pela memória dos que foram derrotados, no decorrer da nossa jornada de conquistas.
Pensemos nisso: os verdadeiros objetivos da vida são transcendentais.
Afinal, a vida neste planeta é transitória. Rapidamente se esvai. O importante é o que levaremos em nossa bagagem individual, dentro d’alma.
Pensemos nisso e, aproveitando os dias que se nos oferecem à frente, estabeleçamos um planejamento estribado no amor.
Assim, por curta ou longa que seja nossa existência, sempre seremos lembrados como quem semeou a boa semente, em algum canteiro do mundo.
E, um dia, conforme a promessa de Jesus, transitaremos do planeta Terra para uma outra abençoada mansão do Pai, neste imenso Universo em expansão.

Redação do Momento Espírita.
Em 13.2.2015.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Living For Love - Madonna - Letra e Tradução


Living For Love

First you loved me and I let you in
Made me feel like I was born again
You empowered me, you made me strong
Built me up and I can do no wrong

I let down my guard, I fell into your arms
Forgot who I was, I didn't hear the alarms
Now I'm down on my knees, alone in the dark
I was blind to your game
You fired a shot in my heart

Took me to heaven and let me fall down
Now that it's over, I'm gonna carry on
Lifted me up, and watched me stumble
After the heartache, I'm gonna carry on

Living for love
I'm living for love
I'm not giving up
I'm gonna carry on

Living for love
I'm living for love
Not gonna stop
Love's gonna lift me up

Love
Lift me up
(Love's gonna lift me up)
Love
Lift me up

I could get caught up in bitterness
But I'm not dwelling on this crazy mess
I found freedom in the ugly truth
I deserve the best and it's not you

You broke my heart, but you can't bring me down
I was falling apart, was lost, now I'm found
I picked up my crown, put it back in my head
I can forgive, but I will never forget

Took me to heaven and let me fall down
Now that it's over, I'm gonna carry on
Lifted me up, and watched me stumble
After the heartache, I'm gonna carry on

Living for love
Living for love
I'm not giving up
I'm gonna carry on

Living for love
I'm living for love
Not gonna stop
Love's gonna lift me up

Love
Lift me up
(Love's gonna lift me up)
Love
Lift me up
(Love's gonna lift me up)
Lift me up

(Love's gonna lift me up)
Up, up, up, up
Now lift me up, up, up, up
Love's gonna lift me up

(Love's gonna lift me up)
Up, up, up, up
Now lift me up, up, up, up
Love's gonna lift me up
Now lift me up
Now lift me up, up, up, up

Living for love
Living for love
I'm not giving up
I'm gonna carry on

Living for love
I'm living for love
Not gonna stop
Love's gonna lift me up

"Man is the cruelst animal
At tragedy, bullfight and crucifixions he has felt best on Earth"

Vivendo Para o Amor

Primeiro você me amou e eu te deixei entrar
Fez com que eu me sentisse renascida
Você me apoderou, me fez forte
Me levantou e eu não podia fazer nada errado

Eu abaixei minha guarda, caí em seus braços
Esqueci quem eu era, não ouvi os alarmes
Agora estou de joelhos, sozinha no escuro
Eu estava cega em seu jogo
Você acertou meu coração

Você me levou ao paraíso e me deixou cair
Agora que isso acabou, vou continuar
Você me levantou e me viu tropeçar
Depois da mágoa, vou continuar

Vivendo para o amor
Vivendo para o amor
Eu não estou desistindo
Eu vou continuar

Vivendo para o amor
Eu estou vivendo para o amor
E não vou parar
O amor vai me levantar

Amor
Me levantar
(O amor vai me levantar)
Amor
Me levantar

Eu poderia ser sido apanhado pela amargura
Mas não vou ficar presa a essa bagunça louca
Eu encontrei liberdade na terrível verdade
Eu mereço o melhor e não é você

Você partiu meu coração, mas não pode me entristecer
Estava destruída, estava perdida, agora me encontrei
Peguei minha coroa, coloquei de volta na cabeça
Posso perdoar, mas nunca vou esquecer

Você me levou ao paraíso e me deixou cair
Agora que isso acabou, vou continuar
Você me levantou e me viu tropeçar
Depois da mágoa, vou continuar

Vivendo para o amor
Vivendo para o amor
Eu não estou desistindo
Eu vou continuar

Vivendo para o amor
Eu estou vivendo para o amor
E não vou parar
O amor vai me levantar

Amor
Me levantar
(O amor vai me levantar)
Amor
Me levantar
(O amor vai me levantar)
Me levantar

(O amor vai me levantar)
Levantar, levantar, levantar, levantar
Agora me levante, levante, levante, levante
O amor vai me levantar

(O amor vai me levantar)
Levantar, levantar, levantar, levantar
Agora me levante, levante, levante, levante
O amor vai me levantar
Agora me levante
Agora me levante, levante, levante, levante

Vivendo para o amor
Vivendo para o amor
Eu não estou desistindo
Eu vou continuar

Vivendo para o amor
Vivendo para o amor
Eu não vou parar
O amor vai me levantar

"O homem é o animal mais cruel
Na tragédia, em touradas e crucificações ele se sentiu superior na Terra"

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Metal lendário de Atlântida é encontrado em navio naufragado na Sicília


Segundo Platão, o oricalco era extraído somente das minas perdidas de Atlântida 
(Foto: Reprodução)

Platão descreve Atlântida em seu diálogo Crítias como um lugar que “cintila com a luz vermelha do oricalco”, metal que segundo o filósofo revestiria todo o interior do templo de Poseidon na lendária ilha. O pensador grego acrescenta ainda que a substância seria a segunda mais valiosa, atrás apenas do ouro, e que só podia ser extraída das minas localizadas no território perdido.

Se ele vem ou não de Atlântida obviamente não se sabe, mas o fato é que até hoje apenas pequenas quantidades de oricalco haviam sido encontradas. Surpreendentemente, mergulhadores da Sicília acabam de descobrir 39 barras compostas pela misteriosa liga em um navio que naufragou por volta do ano 550 a.C. na região de Gela, no sul da ilha italiana.

Equipe de mergulhadores que localizou a embarcação naufragada 
(Foto: Reprodução)

“Nada similar jamais havia sido encontrado”, disse Sebastiano Tusa, da agência marítima local, ao Discovery News. “Nós conhecíamos o oricalco de textos antigos e de alguns objetos ornamentais”, conta. Entre os estudiosos, o consenso é que se tratava de uma liga metálica semelhante ao bronze, obtida através da reação entre minério de zinco, carvão e cobre. Mas sua composição, bem como sua origem, continuam incertas e sendo debatidas por estudiosos.

Os gregos antigos acreditavam que a invenção desta liga específica remetia ao herói mitológico Cadmo, e grande parte da fama e do mistério que perduram até hoje se devem justamente a Platão, que no século IV a.C. incluiu a substância na obra Crítias e a relacionou com a Atlântida.

Navio que carregava o oricalco e naufragou a 300 metros do porto de Gela há 2600 anos 
(Foto: Reprodução)

A embarcação que carregava a valiosa carga parece até ter recebido alguma espécie de maldição dos deuses antigos: após partir de alguma suposta localidade da Grécia ou Ásia Menor, o naufrágio ocorreu quando estava a meros 300 metros do porto de Gela, devido a uma tempestade.

Depois de analisadas com uma técnica chamada de fluorescência de raios X, as 39 barras revelaram ser compostas por 75-80% de cobre, 15-20% de zinco e também por pequenas quantidades de níquel, chumbo e ferro. De acordo com Sebastiano Tusa, a descoberta chama a atenção para a importância da cidade no cenário econômico e cultural do Mediterrâneo da época. “O achado confirma que cerca de um século após sua fundação em 689 a.C., Gela veio a se tornar uma cidade rica, com oficinas de artesanato especializadas na produção de artefatos valiosos”, afirma.


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Por que os gatos amam caixas?

Seguro: talvez. Confortável: NÃO! (Foto: Creative Commons)

Quem tem gato sabe: você pode comprar um arranhador ou uma bolinha, mas nada vai deixar o bichano mais feliz do que uma simples caixa abandonada. Isso mesmo, uma caixa. Qualquer modelo: de sapato e de móveis, pequenas e grandes. O importante é ser um caixa. Mas por que essa preferência, quase viciante, de gatos por caixas? Esse é mais um mistério que nem mesmo a ciência consegue desvendar por completo.

É óbvio que as caixas proporcionam uma proteção extra para os bichanos. Eles podem ficar ali por horas dormindo ou bolando uma emboscada para seus pés. Mas não é possível que seja apenas por isso! Graças a bioveterinários especializados em comportamento felino, hipóteses concretas foram formuladas, e podem te assustar: talvez seu gato não apenas goste de caixas, mas realmente precise delas.

Entender a mente felina é bem complicado. Afinal, os gatos burlam testes de inteligência, diferentemente de outros animais. Mas as pesquisas dizem que os bichanos sentem conforto e segurança em lugares fechados e apertados. Essa é a provável explicação do amor de gatos pelas ~confortáveis caixas.

Outro estudo, realizado pela veterinária holandesa Claudia Vinke, revelou que os gatos precisam de caixas para ficarem menos estressados. Vinke separou caixas em um abrigo para gatos e notou que os felinos recém-chegados eram os primeiros a se abrigarem, por se sentirem em perigo. Depois, a veterinária analisou os animais e percebeu que os gatos das caixas estavam com menores níveis de estresse.

A verdade é que todos gatos se escondem quando se sentem ameaçados ou estressados, inclusive os selvagens. A diferença é que os gatos domésticos não têm árvores para subirem, e então se escondem em caixas de sapatos. Abaixo um vídeo de amor entre gatos e caixas:


Fonte: Revista Galileu