Sendo o Amor o mais nobre sentimento de que é capaz um ser humano, evidentemente não consiste em mera simpatia romântica, e muito menos em atração sexual; consiste em algo muito mais profundo, consiste na afirmativa do Cristo:- Mestre qual é o maior mandamento da lei?- "Amareis o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, de toda a vossa alma e de todo o vosso espírito; é o maior e o primeiro mandamento. E eis o segundo, que é semelhante àquele: Amareis vossa próximo como a vós mesmos. ( S. Mateus, cap. 22, v, 34 a 40).
Se compreendêssemos a grandiosidade dessa máxima ensinada por Jesus, certamente a humanidade já não se lamentaria de tanta dor e sofrimento, já não se lamentaria tanto das vicissitudes da vida, por que a vida deslizaria tranqüila como as águas límpidas de um rio calmo; não haveria tantas mágoas e nem tantas lágrimas. A dor de cada um, o rio de lágrimas que corre na fronte dos mais desalentados, com certeza, são vestígios de desamor a si e ao próximo.
Amar ao próximo como a si mesmo, é a receita prescrita pelo divino Mestre, capaz de desarmar corações enfurecidos, capaz de transformar pensamentos desprovidos desse sentimento que se pode afirmar ser a maior carência do ser humano que o impossibilita de experimentar e aprender a amar; amar para ser feliz, amar para fazer o outro também feliz. Leo Buscaglia, autor de um livro que fala sobre a maior experiência da vida, que é o
AMOR, escreveu:-" Ninguém pode dar aquilo que não possui; para dar amor, precisamos ter amor. Ninguém pode ensinar aquilo que não sabe, para ensinar o amor, precisamos compreendê-lo. Ninguém pode conhecer aquilo que não estuda; para estudar o amor, precisamos viver no amor. Ninguém pode admitir aquilo a que não se entrega; para se entregar ao amor, precisamos estarmos vulneráveis a ele."
Estarmos vulneráveis ao amor, é vivermos de tal forma que as nossas atitudes e exemplos possam servirem de ponte recíproca para tantos quantos por ela trafeguem, ou seja, para consolidação na praticidade da regra de ouro, que é fazer ao outro somente o que gostaríamos que fosse feito a nós. Cumprida esta assertiva, ninguém jamais se queixaria de ninguém, porque sendo o aprendizado do amor, o maior desafio na vida do homem, e este tivesse de perecer por não absolvê-lo, a humanidade certamente inteira, pereceria, por falta de amor.
Mas, tendo sido a criatura humana, criada para ser feliz, e a felicidade consistindo na vivência e prática do amor, estamos todos fadados a conhecer, experimentar, praticar e viver a maior experiência e desafio da vida, que é o AMOR.
Ninguém, tão bem expressou o sentimento de amor do que Paulo de Tarso, o apóstolo dos gentios, em sua primeira Epístola aos Corintios, no cap.13, em bela forma poética.
Ainda que eu falasse línguas, a de todos os homens e a dos anjos, e não tivesse amor, seria como um sino ruidoso ou um címbalo estridente.
E ainda que eu tivesse o dom de todas as profecias e o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência, e ainda que eu tivesse toda a fé ao ponto de transportar montanhas, se eu não tivesse amor, eu nada seria.
E ainda que eu distribuísse toda a minha fortuna para alimentar os pobres, e que eu entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse amor, nada disso me adiantaria, por que o amor não é vaidoso, é benigno..., não é leviano e não se ensoberbece.
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