Não é segredo para ninguém que a série de George R. R. Martin é essencialmente sangrenta, violenta e cheia de traições e vinganças. Mas Martin bebeu da fonte de muitos eventos da história da humanidade para se inspirar. O Buzzfeed listou nove eventos históricos quenão ficam devendo em nada em termos de sanguinolência e perversidade para GoT. Confira:
O JANTAR NEGRO (ESCÓCIA, 1440)
Mesmo para Game of Thrones, o Casamento Vermelho foi especialmente sangrento. Traição, e morte de um monte de personagens importantes, como Robb Stark e Catelyn. Mas a vida real também teve um episódio tão assustador quanto: o "Jantar Negro", que ocorreu na Escócia em 1440... com crianças. Os supostos guardiões do rei James II, de apenas 10 anos, convidaram William Douglas, líder de um importante clã escocês, de 16 anos, e seu irmãozinho para um jantar no castelo. Depois do banquete, os protetores do rei colocaram a cabeça de um touro negro sobre a mesa – o símbolo de morte e massacre nos tempos medievais. O pobre rei implorou por misericórdia a seus guardas, mas William e David foram decapitados em plena festa. Macabro.
LANCASTERS vs. YORKS (INGLATERRA, 1455–87)
A rivalidade entre Lannisters e Starks é fichinha perto da rivalidade entre essas duas famílias da nobreza britânica. Os York e os Lancaster passaram décadas brigando pelo trono inglês; esse conflito é conhecido como a Guerra das Rosas, que teve algumas das batalhas mais sangrentas da história. Entre elas, está a batalha de Wakefield, que culminou na morte de quase todo mundo do lado York, inclusive seu líder. E como sutileza não é o forte de George R. R. Martin, o fim dessa história é igual ao que aconteceu com Ned Stark: Richard foi decapitado e teve sua cabeça presa aos portões de York para todo mundo apreciar – inclusive os corvos.
EDWARD DE LANCASTER (INGLATERRA, herdeiro do trono entre 1453–71)
Todo mundo amava odiar Joffrey, um dos personagens mais perversos de Westeros. Espere então para conhecer Edward de Lancaster, que aos 13 anos assumiu o trono inglês. Entre os hobbies do monarca, estavam a decapitação, levar o país à guerra e atacar seus amigos, do nada, com lanças e espadas. Um mimo.
A MURALHA DE ADRIANO
Acha a Muralha de Game of Thrones apavorante? Pois saiba que em 122 d.C., os romanos construíram um gigantesco muro para manter os "bárbaros" longe de onde hoje é a Escócia. É claro que o lugar era sombrio e cheio de horrores; um dos momentos mais memoráveis da Muralha de Adriano foi a Grande Conspiração de 367, quando soldados romanos cometeram traição e permitiram que algumas tribos do norte atravessassem o muro rumo à Inglaterra. Pilhagens, incêndios, mortes e estupros foram algumas das consequências da "visitinha" dos bárbaros.
A GUERRA DE CEM ANOS (1337-1453)
Após a morte do rei Robert, Westeros entra em conflito total, levando cinco homens a disputadores pelo trono. Obviamente, a sanguinolência é garantida. Mas ainda não é pior do que a Guerra de Cem Anos que ocorreu na Europa (e que na verdade durou 116). Foi um conflito tenebroso entre a Inglaterra e a França, em que todo mundo achava que merecia governar o território francês. A guerra aconteceu em solo firme e também nos mares, levando centenas de milhares de pessoas à morte – inclusive Joana D'Arc, de apenas 17 anos, que foi queimada na fogueira.
GUERREIROS MONGÓIS (séculos 13 e 14)
Se você acha os Dothraki impressionantes, vai gostar de saber que a história já teve guerreiros tão sanguinolentos e violentos quanto eles; os mongóis eram uma tribo nômade que espalhou o terror entre a Ásia e a Europa. Existe até uma lenda que diz que depois de invadirem a China, as ruas da capital ficaram "engorduradas" com a pele e a gordura de suas vítimas. Na Rússia, após matarem impiedosamente quase todo mundo, permitiram que algumas de suas vítimas sobrevivessem para que espalhassem a palavra: "os mongóis estão chegando". Para matar.
CHARLES VI, O REI LOUCO (FRANÇA, século 14)
Aerys costumava ser um rei justo, mas enlouqueceu no meio do caminho e se tornou um psicopata. Mais ou menos o que aconteceu com Charles VI, que era popular, charmoso e amado. Foi então que ficou misteriosamente doente, perdeu seu cabelo e dentes, e pirou na batatinha. Um dos primeiros episódios de sua loucura foi matar, sem aviso, quatro de seus cavaleiros enquanto todos passeavam tranquilos em um dia de sol. Em outro momento, Charles se convenceu de que era feito de vidro, e insistia em vestir peças de ferro em suas roupas para evitar que as pessoas o quebrassem.
A FAMÍLIA SAWNEY BEAN (ESCÓCIA, século 16)
Como se precisasse de mais sangue e horror, Game of Thrones também tem canibais, é claro. Os Thenns se alimentam de "corvos", ou seja, dos homens da Guarda da Noite. E temos um exemplo parecido no mundo real: o clã escocês Sawney Bean era conhecido por suas atividades canibalísticas. Para se alimentarem, se escondiam em arbustos e atacavam os passantes. Bebiam seu sangue, roubavam seus pertences e guardavam as partes do corpo para fazerem lanchinhos mais tarde. Além disso, seu método favorito de procriação era o incesto. Prontos e embalados para participar de GoT.
OS PRÍNCIPES NA TORRE (INGLATERRA, século 15)
Em GoT, após a morte de Ned Stark, seus filhos são caçados pelos traidores e tentam ser mortos. Ambos desaparecem e são dados como mortos. Algo parecido aconteceu na Inglaterra (e talvez você já esteja repensando visitar o país): Edward, de doze anos, e Richard, de nove, eram os únicos filhos do rei Edward IV. Quando o monarca morreu, seu tio Richard III (o mesmo que terminou enganchado nos portões de York, como falamos lá em cima), trancou os garotos em uma torre para "protegê-los" até a coroação do filho mais velho. Mas, de alguma forma totalmente inocente, Richard "perdeu" os garotos e não teve outra opção senão se tornar rei. Se o tio realmente matou os meninos ou eles simplesmente desapareceram, nunca saberemos.
Fonte: Revista Galileu
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