Um homem foi visitar um sábio conselheiro e disse-lhe que estava passando por muitas dificuldades em seu casamento. Falou-lhe que já não amava sua mulher e que pensava em separação...
O sábio o escutou, olhou-o nos olhos e disse-lhe: Ame-a!
Mas já não sinto nada por ela! Retrucou o homem.
Ame-a! Disse-lhe novamente o sábio.
Diante do desconcerto do homem, depois de um breve silêncio, o sábio lhe disse o seguinte:
Amar é uma decisão. É dedicação e entrega. É ação...
Portanto, para amar é preciso apenas tomar uma decisão.
Quando você se decide a cultivar um jardim, você sabe que é necessário preparar o terreno, semear, regar, esperar a germinação e a floração.
Você sabe que haverá pragas, ervas daninhas, tempos de seca ou de excesso de chuva, mas se você está decidido a ter um belo jardim, jamais desistirá, por maiores sejam as dificuldades.
Assim também acontece no campo do amor. É preciso dedicação, cuidado, espera.
Assim, se quiser cultivar as flores da afeição, dedique-se. Ame seu par, aceite-o, valorize-o, respeite-o, dê afeto e ternura, admire-o e compreenda-o...
Isso é tudo...
Apenas ame!
* * *
O amor é lei da vida. Se não houvesse amor, nada faria sentido.
Busquemos, então, meditar sobre o que temos e o que não temos, sobre quem somos e sobre quem não somos, a respeito do que fazemos e do que não fazemos, guardando a convicção de que, sem a presença do amor naquilo que temos, no que fazemos e no que somos, estaremos imensamente pobres, profundamente carentes, desvitalizados.
A inteligência sem amor nos faz perversos.
A justiça sem amor nos faz insensíveis e vingativos.
A diplomacia sem amor nos faz hipócritas.
O êxito sem amor nos faz arrogantes.
A riqueza sem amor nos faz avaros.
A pobreza sem amor nos faz orgulhosos.
A beleza sem amor nos faz ridículos.
A autoridade sem amor nos faz tiranos.
O trabalho sem amor nos faz escravos.
A simplicidade sem amor nos deprecia.
A oração sem amor nos faz calculistas.
A lei sem amor nos escraviza.
A política sem amor nos faz egoístas.
A fé sem amor nos torna fanáticos.
A cruz sem amor se converte em tortura.
A vida sem amor... bem, sem amor a vida não tem sentido...
* * *
As flores que espalham aromas nos canteiros são mensageiras do amor de Deus falando nos jardins...
Os passarinhos que pipilam nos prados e cantam nos ramos são a presença do amor de Deus transparecendo nos ninhos...
As ondas gigantescas, que se arrebentam nas praias, mostram o amor de Deus engrandecendo-Se no mar, tanto quanto o filete transparente de águas cantantes, que beija a face da rocha, canta o amor de Deus, jorrando suave pela fenda singela.
A fera que ruge na selva, quanto os astros que giram na amplidão enaltecem o amor Divino, enquanto falam dessa cadeia que une os seres e as coisas da Casa de Deus.
A criança que sorri, feliz, quanto aquela que chora, no regaço materno ou num leito hospitalar, igualmente, reflete o amor distendendo esperança, conferindo oportunidades aos Espíritos, como dádivas de Deus.
O homem sábio, pelos conhecimentos que lhe robustecem o cérebro, e aquele que se enobrece no trabalho do bem, pela luz que lhe emana do íntimo, apresentam o amor de Deus, alevantando a vida.
Essas e outras facetas do amor é que fazem com que a vida tenha sentido...
Redação do Momento Espírita, com base em
história de autoria ignorada e no cap. 22 do livro
Rosângela, pelo Espírito Rosângela, psicografia de Raul
Teixeira, ed. Fráter.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 3 e no
CD Momento Espírita, v. 7, ed. Fep.
Em 15.7.2013.