terça-feira, 21 de abril de 2009

Perfeccionismo.

O desejo de ser perfeito gera uma eterna insatisfação com aquilo que somos, com nossa própria vida, e é um dos principais obstáculos para a felicidade. Se refletirmos seriamente acerca das expectativas e desejos que nutrimos a nosso respeito, poderemos nos surpreender ao constatar que a maioria deles se baseia em padrões estabelecidos pelos outros, inicialmente por nossa família e mais tarde pela sociedade.
Aqueles que nunca estão satisfeitos com seu próprio modo de ser olham para seus problemas com uma lente de aumento, ampliando-os enormemente e cobrando-se por não conseguirem corresponder àquilo que, imaginam, o mundo espera deles. Para que nos libertemos dessa armadilha, da qual muitos se tornam verdadeiros prisioneiros, devemos aceitar nossas limitações como algo inerente à espécie humana. Aceitar que podemos ser felizes mesmo com nossas imperfeições é o primeiro passo para o desenvolvimento de nossa auto-estima. Amar-se é a condição essencial para que os outros também nos amem. Se não nos considerarmos dignos de admiração e respeito, nos colocaremos diante do mundo numa condição de inferioridade, nos contentando com as migalhas de atenção que nos oferecerem, como se não fôssemos dignos de algo melhor. Sempre que o sentimento de insatisfação nos dominar, devemos buscar em nosso interior as raízes deste descontentamento, identificar o momento em que foram plantadas em nossa mente e o que fez com que se tornassem verdades absolutas. Somente o questionamento permanente de nossa negatividade pode desarmar as estruturas em que ela se apóia e trazer à tona a Luz que habita nosso ser. Sem isto, continuaremos cobrando-nos um padrão de perfeição ilusório, que é determinado pelo ego, e que, portanto, jamais poderá ser atingido.
“Amado Osho, Eu estou constantemente me criticando e julgando as outras pessoas. Isso me faz sentir dividido e tenso, e eu não posso estabelecer um contato verdadeiro com as pessoas, ou a natureza. Eu quero abrir o meu coração e não sei como fazer isso. Por favor, Você pode dizer algo sobre isso?

... este é o nosso mundo... onde todos estão se julgando errados e julgando aos demais como errados. Como você pode ser amoroso, amigável, confiante? Como você pode abrir o seu coração? Você ficará isolado, ficará completamente fechado, viverá em um mundo que você condena e o mundo o condenará.

Não é esta uma bela situação, mas você tem que compreender; perguntar-me: “Como abrir o meu coração?” Não é a pergunta verdadeira. A verdadeira pergunta é saber como você conseguiu fechá-lo. Pare de julgar. Seja o que for que esteja fazendo, se você gosta do que faz, faça-o. Não existe a questão do julgamento: nenhuma outra pessoa tem o direito de dizer que o que você está fazendo está errado. Se você gosta de fazê-lo, não está ferindo ninguém, não está perturbando ninguém... Mas este é um mundo esquisito...

... Pouco a pouco a pessoa tem de se afirmar, deixar claro sua posição. A menos que eu passe por cima do direito de outra pessoa... – “Se eu estou fazendo algo de que estou gostando e que não veja ser prejudicial de modo algum, então, eu não permitirei a ninguém me julgar, porque não se trata apenas da questão deste ato, trata-se de uma questão de toda a minha vida”. Você está me ensinando uma muito sutil doença de julgamento. E, quando eu condeno a mim mesmo, como posso deixar alguém sem condenação?

... Primeiro, naturalmente, você julga a si mesmo de todo modo. Nenhum homem é perfeito, e nenhum homem jamais pode ser perfeito - a perfeição não existe -, assim, o julgamento é muito fácil. Você é imperfeito, assim, há coisas que mostram sua imperfeição. E, depois, você fica com raiva, com raiva de si mesmo, com raiva do mundo todo: “Por que eu não sou perfeito?”.
Depois, você olha apenas com uma só idéia: descobrir imperfeições em todo mundo. E depois, você quer abrir o seu coração... naturalmente... porque, a menos que você abra o seu coração, não há nenhuma celebração em sua vida; sua vida é quase morta. Mas você não pode fazê-lo diretamente: você terá de destruir toda essa educação, desde suas verdadeiras raízes.
Assim, a primeira coisa é esta: pare de se julgar. Ao invés de julgar, comece a aceitar-se com todas as suas imperfeições, todas as suas debilidades, todos os seus erros, todos os seus fracassos. Não peça a si mesmo para ser perfeito - isso é, simplesmente, pedir pelo impossível e, depois, você se sentirá frustrado. Você é um ser humano, afinal de contas.

... Assim, a primeira coisa é uma profunda aceitação de você mesmo.

... a primeira coisa é esta: não se julgue. Aceite humildemente sua imperfeição, seus fracassos, seus erros, suas faltas. Não há nenhuma necessidade de fingir outra coisa. Seja você mesmo: É assim mesmo que eu sou, cheio de medo.

“Eu não posso andar na noite escura, não posso ir lá na densa floresta”. O que há de errado nisso? - É humano.

Uma vez que você se aceite, você será capaz de aceitar os outros, porque você terá uma clara visão interior de que eles estão sofrendo da mesma doença. E a sua aceitação deles, os ajudará a aceitarem-se.
Nós podemos reverter todo o processo: se aceite. Isso o torna capaz de aceitar os outros. E porque alguém os aceita, eles aprendem a beleza da aceitação pela primeira vez - quanta tranqüilidade se sente! - e eles começam a aceitar os outros.

... O julgamento é feio - ele fere as pessoas. Por um lado, você vai machucando, ferindo-as; e por outro lado, você quer o amor delas, seu respeito. Isso é impossível.
Ame-as, aceite-as e, talvez, seu amor e respeito possam ajudá-las a mudar muitas de suas fraquezas, muitas de suas falhas - porque o amor lhes dará uma nova energia, um novo significado, uma nova força. O amor lhes dará novas raízes para se erguerem contra os ventos fortes, um sol quente, a chuva forte.

Se apenas uma única pessoa o ama, isso o faz tão forte que você nem pode imaginar. Mas, se ninguém o ama neste vasto mundo, você fica simplesmente isolado; então, você pensa que é livre, mas você está vivendo numa cela isolada em uma cadeia. É que a cela isolada é invisível; você a carrega consigo.
O coração abrirá por si mesmo. Não se preocupe com o coração. Faça o trabalho preparatório.

OSHO, The Transmission of the Lamp.

Esta mensagem foi mandada pela minha amiga Glauce... Uma amiga verdadeira de tantos anos. Esta amizade é o exemplo que nem o tempo, nem a distância são mais fortes do que os laços de amor e amizade, pois estamos longe a quase 11 anos, mas unidos por esse laço. Amiga, muito obrigado por sua amizade, muito obrigado por existir!!! Te adoroooooooooooooooooooooooooooooooo de montão!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Saudades dos nossos passeios!!!!!!!!!!

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