Eles seguiam pela estrada: três moças e um rapaz. Dirigiam-se a uma localidade, onde se realizava um encontro de jovens espíritas.
Seguiam com o coração em festa. De repente, um barulho enorme: uma das rodas caiu em um buraco, acendendo, de imediato, o aviso eletrônico de pneu furado.
Conduzido o veículo para o acostamento, iniciaram o processo da troca do pneu. Nesse instante, dois malfeitores saem do matagal próximo e caminham em sua direção.
Ao mesmo tempo, aparece na estrada a caminhonete da guarda municipal de cidade próxima. Aproximam-se e logo percebem a movimentação suspeita dos dois homens.
Um dos guardas vai ao encontro deles, enquanto o outro protege o grupo. Os homens se esquivam e fogem.
Na sequência, os guardas auxiliam a troca do pneu e se propõem a escoltá-los até uma borracharia, a fim de ser providenciado o conserto do pneu furado.
Uma, duas, três, quatro. Todas fechadas. As horas da noite avançam, quase alcançando a madrugada. Os dois guardas rodam à frente da caravana, sempre com a maior boa vontade.
Então, o rapaz lê na parte traseira da viatura o lema da guarda municipal: Guardar, Proteger e Servir – GPS.
GPS: um aparelho indispensável nos dias modernos, que não conseguia naquele momento ajudar a caravana, ali se transformou em três verbos que traduziam como dois fiéis cumpridores do dever exercem seu ofício, vivenciando integralmente o lema, nas atitudes que demonstraram no atendimento aos jovens.
Finalmente, uma borracharia aberta. Região simples, mas assinalada por periculosidade. Os dois guardas prosseguem na vigilância.
De dentro da borracharia surge um homem sujo de graxa, franzino, cabelos grisalhos, com sorriso e disposição de garoto.
Seu nome? Salvador! Que nome adequado, que soou como música aos ouvidos dos caravaneiros após as peripécias vividas.
Enquanto aguardavam o veredito sobre a situação do pneu, eles aproveitam para conhecer melhor seus anjos de guarda, indagando seus nomes e de suas atribuições: Valmir Pinto e André Diniz.
Aos agradecimentos respondem, de forma tranquila, que isso lhes constitui dever e pedem que, unicamente, espalhem que a guarda é composta, em sua maioria, apesar de notícias contrárias, vez ou outra, por homens de bem que estão ali para: Guardar, Proteger e Servir.
O conserto não foi possível. Foi preciso comprar um novo pneu. Valmir e André conduzem os viajantes até um hotel, a viatura sempre como escolta, as luzes vermelhas piscando sem parar, salientando aqueles três verbos adesivados na traseira: Guardar, Proteger e Servir.
Que noite e madrugada intensas! E todas as siglas e nomes, para os integrantes da caravana tiveram seus significados transformados em lições práticas nessas quase cinco horas de peregrinação: GPS (Guardar, Proteger, Servir), Salvador, Valmir e André. Tudo e todos foram instrumentos da Providência Divina.
Com gratidão infinita ao Alto em seus corações, os jovens conseguem ter algumas poucas horas de sono antes de prosseguirem viagem, rumo ao seu destino, no dia seguinte.
Em suas mentes, a certeza: Jesus vela por suas ovelhas. E sabe mover pessoas e circunstâncias para as livrar de problemas de maior monta.
Ele é, sim, o Bom Pastor de todos nós.
Redação do Momento Espírita, a partir de fato ocorrido com caravana a caminho da CONJERGS – Confraternização de Jovens Espíritas do Rio Grande do Sul, RS, em data de 20.10.2014.
Em 2.12.2014.
Que história boa.
ResponderExcluirA gente não deve perder a esperança!